Shopping tradicional da Região Metropolitana de São Paulo fechou suas portas após quase 20 anos e ainda gera dúvidas sobre uma possível falência do empreendimento
Um dos maiores shoppings populares da Região Metropolitana de São Paulo encerrou definitivamente suas atividades ainda em janeiro de 2024.
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Trata-se do fim do Marechal Plaza Shopping, localizado no coração de São Bernardo do Campo, o qual surpreendeu lojistas e clientes, alimentou especulações sobre uma possível falência e escancarou a vulnerabilidade de empreendimentos que, até então, pareciam inabaláveis.
Essa medida forçou dezenas de comerciantes a deixar seus espaços e acendeu alertas sobre o impacto econômico e urbano na região.
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Diante dos fatos, a partir de informações divulgadas pelo portal Diário Grande ABC, a equipe especializada em economia do TV Foco traz todos os detalhes do que fez o mesmo sucumbir e os impactos do seu fim.
Tinta tudo para dar certo!
O Marechal Plaza Shopping inaugurou suas operações em dezembro de 2004, numa área estratégica da Rua Marechal Deodoro, principal polo comercial da cidade:
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- Idealizado por irmãos empresários de origem italiana, o centro de compras nasceu com a proposta de modernizar o varejo da região.
- A obra levou dois anos e meio para ser concluída, e os próprios donos acompanharam o projeto em cada detalhe — do acabamento do piso às cores das paredes.
O investimento transformou o espaço num ponto de referência para consumidores e comerciantes.
Durante quase duas décadas, o shopping:
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- Atraiu fluxo constante de visitantes;
- Disputou público com o Central Plaza Shopping, localizado a poucos quilômetros dali.
No entanto, a pandemia da Covid-19 alterou drasticamente o cenário.
Decisão abrupta e lojistas despejados:
Ainda no fim de 2023, a administração do Marechal comunicou oficialmente que encerraria as operações. O aviso pedia que os lojistas entregassem as chaves até 20 de janeiro de 2024.
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Sem detalhar os critérios da decisão, a Urbanize Desenvolvimento Imobiliário — empresa responsável pela gestão — justificou o fechamento com base em dificuldades financeiras acumuladas ao longo dos anos, agravadas pelo período pandêmico.
De acordo com uma reportagem do portal ABC Repórter, Valter Moura Júnior, presidente da Associação Comercial e Industrial de São Bernardo (ACISBEC), lamentou o encerramento, mas o classificou como uma “decisão empresarial”.
Ainda assim, expressou preocupação com o risco de o prédio permanecer fechado e gerar degradação urbana no centro da cidade.
Além disso, o portal SãoBernardo.info mostrou que diversos lojistas afirmaram não ter recebido apoio ou alternativas.
Alguns relataram que mantinham seus negócios no local há mais de uma década.
Uma comerciante declarou: “Nos jogaram na rua. Simplesmente pediram para devolver a chave.”
Já clientes utilizaram redes sociais para expressar indignação e tristeza: “Almoçava todos os dias lá. Tenho amigos que ficaram sem renda. É devastador.”
Justificativas e desdobramentos:
Conforme citado acima, a administradora do shopping alegou que o empreendimento tornou-se economicamente inviável após sucessivos prejuízos.
Em nota oficial, afirmou que tentou alternativas, mas nenhuma solução viável surgiu:
“Mesmo após diversas tentativas de readequação, não restou alternativa aos empreendedores” – Disse o comunicado.
A crise do varejo físico, acelerada pelo avanço das plataformas de venda online, pressionou shoppings de médio porte, como o Marechal, a reverem seu modelo de negócios.
Além disso, o fluxo de consumidores diminuiu, e os contratos de aluguel se tornaram insustentáveis para muitos lojistas.
Nove meses após o fechamento, a situação segue indefinida.
Reportagens apontaram que investidores estudam transformar o espaço em um centro comercial popular nos moldes da Rua 25 de Março, mas nenhum projeto foi oficialmente apresentado até agora.
O site do shopping segue no ar, mas os telefones disponíveis não atendem — sinal de que a reativação do espaço continua incerta.
Sendo assim, esse fim não se tratou de uma falência especificamente falando e sim de uma decisão drástica a fim e evitar um colapso ainda maior.
O que há no lugar do Marechal Plaza hoje?
Até o momento, não foram encontradas informações concretas sobre o destino do prédio, o que se sabe é que o mesmo permanece desocupado.
O que acontece com o prédio de um shopping que decide encerrar atividades?
De acordo com o Jus Brasil, geralmente, quando um shopping center encerra suas atividades, o prédio pode passar por diversas situações, dependendo do:
- Contrato de locação;
- Estrutura do empreendimento;
- Decisões dos proprietários.
As opções incluem a reforma e adaptação para novos usos, a venda do imóvel, ou até mesmo a demolição e construção de algo novo no local.
Conclusão:
Em suma, o fim do Marechal Plaza Shopping revela que nem mesmo empreendimentos sólidos resistem a crises prolongadas sem adaptação.
O encerramento pegou comerciantes e frequentadores de surpresa, causou demissões e deixou um vazio urbano num ponto vital da cidade.
Mesmo com promessas de reocupação, o destino do imóvel permanece indefinido.
O episódio expôs a urgência de inovação no varejo físico diante do crescimento acelerado do comércio digital. Mas, para saber sobre outros shoppings, clique aqui*.
