Falência decretada e 1200 unidades fechadas: O retorno de loja tradicional que agora existe com outro nome

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

26/04/2024 5h00

4 min de leitura

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Loja tradicional ressurge com outro nome após falência e fechamento de unidades (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Veja)

Loja tradicional ressurge das cinzas com outro nome após entrar em falência e fechar 1.200 unidades

E uma das lojas mais tradicionais do país, chegou a passar por terríveis percalços e crises ao longo do ano de 2022, e agora ressuscita com outro nome aterrorizando rivais.

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Estamos falando da Ricardo Eletro, fundada em 1989 por  Ricardo Nunes, em Divinópolis, Minas Gerais.

Caindo e levantando …

Segundo o portal Exame, a Ricardo Eletro passou a ver seu negócio bilionário ruir nos últimos anos.

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A empresa, que já teve 1200 unidades espalhadas pelo país, acabou enfrentando 2 pedidos de falência só no período de 2022.

Praticamente da noite para o dia, a Justiça de São Paulo suspendeu a decisão, criando uma verdadeira incógnita para muitos dos seus credores.

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Ricardo Eletro teve a falência decretada em 2022 (Reprodução: Internet)
A loja Ricardo Eletro teve a falência decretada em 2022 (Foto: Reprodução/Internet)

Na decisão judicial que suspendia a falência, o desembargador Maurício Pessoa, da 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial de São Paulo, afirmou que “a manutenção da quebra poderá gerar danos irreversíveis” e que o processo de recuperação judicial deveria prosseguir.

Vale destacar que Ricardo Nunes,  já não estava mais à frente da Ricardo Eletro desde o ano de 2019, época essa em que vendeu sua participação para Pedro Bianchi.

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Inclusive, naquele momento, as coisas já não estavam boas, e a empresa já beirava à falência.

Mas as dificuldades financeiras se agravaram ainda mais no ano de 2015 com a acusação de que Nunes sonegava impostos.

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Ricardo Nunes chegou até a ser preso mediante essa acusação em julho de 2020, mas logo foi solto após prestar devidos esclarecimentos sobre o caso, como podem ver no vídeo abaixo:

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Fechamentos e demissões

No mês seguinte, o grupo pediu recuperação judicial, Na época, tinha dívida superior a R$ 4 bilhões.

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As 300 lojas físicas restantes, cujas quais estavam resistido, foram fechadas.

Situação essa que resultou na demissão de 3.600 funcionários.

O plano de recuperação foi aprovado em assembleia por 75% dos credores, mas ainda não havia sido homologado pela Justiça. Com um total de 17 mil credores, o plano apresentado foi contestado por 17 deles judicialmente.

A loja trocou de nome, após novo CEO e hoje tem duas lojas em Minas Gerais (Reprodução: Internet)
A Ricardo Eletro executou o fechamento de lojas em meio à crise (Foto Reprodução/Internet)

Até meados de 2022, a Ricardo Eletro contava apenas com um e-commerce. mas com poucos produtos disponíveis.

Qual é o novo nome da Ricardo Eletro?

Segundo o portal da Veja, em abril de 2023, a varejista Ricardo Eletro, como mencionamos no inicio deste texto, passou a se reerguer com um novo nome, a Nossa Eletro.

As duas primeiras unidades da nova bandeira foram inauguradas em 2023 na região de Minas Gerais, após a companhia conseguir reverter sua falência na Justiça.

O objetivo era que até o fim daquele ano fossem inauguradas entre 18 e 20 unidades, chegando à marca de 50 lojas agora em 2024

Hoje, são cerca de cem funcionários e segundo o CEO da empresa, Pedro Bianchi, essa expansão da nova rede será suportada pelo desbloqueio de valores que haviam sido penhorados pela Justiça e por meio da venda de ativos.

Ricardo Eletro agora é Nossa Eletro (Foto Reprodução/Veja)
Ricardo Eletro agora é Nossa Eletro (Foto: Reprodução/Veja)

O executivo conta que a dívida da empresa está calculada atualmente em cerca de 3 bilhões de reais.

Ele também entrou em negociação com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para quitar um passivo de mais de 1,2 bilhão de reais:

“É uma negociação complexa, porque envolve o pagamento de dinheiro e ativos da empresa, mas eu quero quitar esses passivos todos. Não fui eu que fiz essa dívida, mas eu quero resolver isso”

Vale mencionar que Bianchi entrou na operação após a compra da “Máquina de Vendas” pelo fundo de private equity* da Starboard, no ano de  2019.

(*Private equity é uma forma de investimento que envolve a compra de participações em empresas que não estão listadas na B3. Em outras palavras, é um tipo de investimento em empresas que não são negociadas publicamente, ou seja, que não estão disponíveis para investimento no mercado de ações)

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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