
Fernanda Machado se despede de Leila (Foto: Raphael Dias/TV Globo)
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Em entrevista ao site oficial da novela “Amor à Vida”, Fernanda Machado falou sobre a experiência de ter interpretado a vilã Leila na trama de Walcyr Carrasco. Ela também conta como leu a sua última cena na novela e também como foi a gravação da cena em que sua personagem morre no incêndio que ela própria começou. Confira:
Como foi quando você leu a sua última cena pela primeira vez?
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Logo quando recebi o roteiro, resolvi não viajar no Natal e no Réveillon. Fiquei estudando e me preparando para a gravação. Escolhi me resguardar, porque sabia que viria pela frente o momento mais importante da personagem.
E a gravação, como foi?
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A gravação propriamente dita eu adorei. Nunca havia feito uma cena com tanto fogo, foi uma superprodução com direito a equipe de brigada de incêndio e de dublês. Eu fiz o máximo que pude, tentei chegar o mais próximo possível do fogo, queria sentir o calor do fogo. E depois veio o momento da dublê entrar em cena. Eu já estava liberada, já poderia ir para casa, mas fiz questão de ficar assistindo. E então eu vi, na minha frente, a materialização do final da personagem, foi o momento em que eu me desapeguei da Leila.
O que você achou do final da personagem?
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Eu adorei. O Walcyr Carrasco fechou com chave de ouro. Ela teve o que mereceu, uma morte cheia de simbolismos: colocou fogo na casa e morreu agarrada às joias. Só não se salvou por causa da própria ambição.
Leila morre queimada após tentar matar Natasha (Foto: Carol Caminha/TV Globo)
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Como foi a aceitação dos fãs na rua?
Foi uma surpresa maravilhosa! Eu fui recebida com muito carinho. Aquelas horas de espera no aeroporto servem como termômetro, é quando as pessoas vêm tirar foto, te fazer perguntas, puxar conversa. E elas me parabenizam pelo trabalho, dizendo que com certeza ela é a maior personagem da minha carreira até agora. Uma pessoa me disse: “Olha, você está fazendo um trabalho muito bem feito, porque a gente realmente odeia a Leila”. Isso me deixa feliz.
E a sua relação com a Leila, como foi?
Uma delícia! Simplesmente porque ela é o meu oposto. É um grande prazer para qualquer ator fazer um personagem que é o seu oposto, porque isso nos faz sair da nossa zona de conforto. A Leila é completamente diferente de mim, tem outra energia, outro timbre e volume de voz, outro ritmo de vida. Ela é agitada, eu sou mais calma. Talvez por isso as pessoas percebam tanto o meu trabalho, porque notam a diferença. Ela foi a minha maior vilã até agora, e a primeira personagem com indícios de psicopatia. Qualquer ator tem vontade de fazer um psicopata por causa da complexidade. A Leila foi um grande presente para mim.
O que não aparece na TV e você gostaria que o público soubesse?
Que eu me diverti muito fazendo a Leila, tive vários momentos hilários durante as gravações. O legal de fazer um personagem assim é que você esquece de você mesma por um tempo. Apesar dela ser má, eu procurei fazer sempre com muita leveza e sempre me diverti muito. Foi uma grande oportunidade para mim.
Um exemplo desses momentos hilários seria…
Na época em que a Leila rolou da escada e ficou paraplégica, por exemplo, a cadeira de rodas que eu usava era motorizada, e eu não sabia dirigir a cadeira direito. Ficava me batendo pelos lugares durante a gravação das cenas. Então, lá estava a Leila, gritando com os outros, toda poderosa e cheia de marra e paft! De repente, batia em uma parede. E aí todo mundo começava a rir, era uma piada. Quanto mais a personagem era marrenta, mais engraçada ela ficava.
E se a Leila voltasse do além, assim como a Nicole (Marina Ruy Barbosa), o que ela diria? O que ela faria?
Nossa, acho que ela seria um espírito bem perturbado, né? Daqueles que aprontam, meio diabinhos… Seria engraçado ver a Leila aprontando algumas do além. Mas também seria legal se ela voltasse redimida, evoluísse e pedisse perdão para todo mundo, para a família, a irmã, a Lídia (Angela Rebello), o Thales (Ricardo Tozzi), Nicole, Natasha (Sophia Abrahão)…