Mauro de Sousa e Maurício de Sousa (Foto: Divulgação)

Filho de Maurício de Sousa assumiu homossexualidade e desabafou sobre ameaça de morte

O diretor Mauro de Sousa, filho de Maurício de Sousa, criador da ‘Turma da Mônica’, desabafou sobre como foi expor a sua homossexualidade na mídia.

Nesta terça- feira, 05 de maio, Mauro de Sousa relembrou quando o seu pai compartilhou uma foto ao lado dele e do seu atual marido. Na época, quando tinha 33 anos de idade, ele disse que recebeu uma série de comentários de ódio e chegou até a ser ameaçado de morte após a sua orientação sexual ser revelada ao público.

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O desabafo acontece depois que ele compartilhou uma imagem usando uma máscaras com as cores da comunidade LGBTQ+. O internauta disse que a ‘militância’ através da máscara era desnecessária e que ser gay era normal.

Sem demora, o filho de Maurício de Sousa se manifestou e rebateu o comentário. “Sabe, eu já pensei como você. Eu também achava que ser gay era supernormal. Levantar bandeira pra quê, se eu estou bem e seguro no meu mundo burguês? Já que não acontece comigo, então é mimimi. Até que, no ano passado, a minha sexualidade foi amplamente exposta. De repente, todo mundo sabia que eu era gay. E sem que eu tivesse controle, estavam falando sobre mim. Recebi mensagens, das mais amorosas às mais odiosas. Estas, foram cruéis e assustadoras: me xingavam de tudo quanto é nome e ameaçavam a minha integridade física. Meu nome foi parar até em boca de político! Eu e meus pais cogitamos contratar um segurança pessoal pra andar ao meu lado. Eu tinha medo de sair de casa, de ir ao supermercado… tinha medo de morrer. Eu queria ser invisível. Eu fiquei doente. Foi um choque de realidade”, desabafou Mauro, que ajuda o pai na criação da Turma da Mônica.

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Mauro, o pai e seu marido (Foto: Reprodução)

O diretor continuou seu desabafo e relembrou como foi difícil a sua trajetória de aceitação

“Mas também, foi o gatilho que eu precisava para o meu amadurecimento. É claro que eu não desejo isso a ninguém, mas todo esse episódio me tirou de um estado de alienação e me ampliou horizontes: o mundo era muito maior do que o meu umbigo. E eu tive duas opções, Israel. Ou eu continuava na minha ignorância egoísta ou eu tomava uma atitude. E eu escolhi. Eu escolhi defender a causa porque como minha família é conhecida e me respeita, eu podia representar uma possibilidade àquele LGBT que se acha um fardo. Usar a máscara colorida simboliza a esperança de poder viver sem medo e, pra mim, acima de tudo, ela expressa a minha transformação em uma pessoa muito mais empática”.

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