Filipe Luís pega Bap de surpresa sobre a inesperada debandada de três zagueiros que mexe com a estrutura defensiva do Flamengo

O Flamengo decidiu mexer de vez na defesa. A diretoria cansou de adiar mudanças e já bateu o martelo e três zagueiros vão sair. Cleiton, Pablo e o garoto Iago não fazem mais parte dos planos para a próxima temporada.

A decisão não surpreende tanto quem acompanha o dia a dia do clube, já que Cleiton e Pablo vinham em fim de contrato e Iago praticamente não recebeu minutos com Filipe Luís. Contudo, a ideia é abrir espaço, reorganizar salários e dar uma cara nova ao setor defensivo, que muitas vezes foi apontado como ponto frágil em jogos importantes.

No meio dessa reformulação, surge um alvo claro. O argentino Lautaro Rivero, que pertence ao River Plate, entrou no radar como a peça principal para iniciar esse novo ciclo. O Flamengo enxerga nele uma mistura rara de juventude com experiência em um clube gigante da Argentina.

Além disso, o nome foi colocado na mesa justamente porque, além de qualidade técnica, Rivero já jogou em partidas pesadas, e esse peso de camisa conta muito quando o assunto é vestir rubro-negro. O valor não é baixo, cerca de 4 milhões de euros, algo próximo de R$ 25 milhões na cotação atual. Mas dentro da Gávea esse montante é tratado como investimento, não como risco.

A zaga do Flamengo precisa de mais solidez. Esse é o diagnóstico interno. Os dirigentes querem nomes que entrem e façam diferença de imediato, mas também que consigam sustentar o time nos próximos anos.

Porém, o raciocínio é simples. Em torneios longos, como o Brasileirão, e em noites de mata-mata da Libertadores, um erro na defesa pode custar um título. O clube sabe que já perdeu pontos preciosos por detalhes e não quer repetir o filme.

Por que os zagueiros vão deixar o Flamengo?

No caso de Iago, a saída foi praticamente natural. O garoto, embora visto como promissor em algum momento, não conseguiu se firmar. Passou mais tempo no banco do que em campo e, sem sequência, acabou ficando de fora do planejamento. Já Cleiton e Pablo, com contratos perto do fim, não despertaram interesse real para renovação. A avaliação é de que o ciclo terminou. Um fechamento sem traumas, mas necessário.

Lautaro, por outro lado, representa um novo fôlego. Quem acompanha o argentino destaca a imposição física, a leitura de jogo e até mesmo a qualidade na saída de bola, algo cada vez mais exigido em zagueiros modernos. A diretoria rubro-negra vê nele um encaixe quase imediato no estilo que Filipe Luís tenta implementar. Não se trata apenas de barrar atacantes, mas de iniciar jogadas com passes limpos, evitando chutões desesperados.

Por fim, o momento do time também ajuda nessa transição. O Flamengo segue forte no Brasileirão e mantém boas chances em todas as competições que disputa. Isso dá margem para trabalhar as mudanças com calma. A liderança mostra que, mesmo com alguns problemas defensivos, o elenco tem força.

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