Descubra o que levou ao fechamento de duas grandes redes, incluindo sumiço abrupto, calote e dificuldades diante do varejo digital
Ao longo das últimas décadas, o setor de varejo de móveis no Brasil passou por mudanças profundas, com crises econômicas, transformações no comportamento do consumidor e a chegada do e-commerce.
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Nesse contexto, várias marcas tradicionais acabaram desaparecendo do mapa, deixando consumidores perplexos e com dúvidas sobre o destino das empresas: “Será que faliram ou simplesmente fecharam?”
Entre os casos mais emblemáticos estão a Sofá Design, no Nordeste, e a Etna, a qual era considerada uma das mais queridinhas pelos brasileiros.
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Infelizmente, ambas encerraram suas operações de maneira dramática:
- Uma desapareceu em meio a calotes e pedido de recuperação judicial;
- A outra fechou todas as suas unidades, sumindo dos principais shoppings do país.
Veja abaixo o desenrolar da história de cada uma e o que fez esses desfechos acontecerem:
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Sofá Design:
A Sofá Design, referência no Nordeste, encerrou suas atividades em fevereiro de 2023, em meio a uma crise financeira que se agravou rapidamente.
De acordo com o blog de Gustavo Negreiro, entre fevereiro e março de 2024, a empresa acumulou denúncias de calote.
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Em suma, a loja acabou deixando centenas de consumidores sem os móveis encomendados e sem previsão de entrega.
A situação ganhou destaque em sites de reclamação como o Reclame Aqui, boletins de ocorrência e portais jurídicos especializados.
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Em questão de dias, as lojas fecharam sem aviso, os galpões de distribuição foram esvaziados e os canais de atendimento foram desligados.
Consumidores recorreram a grupos de mensagens e redes sociais para buscar respostas.
Apenas nas primeiras semanas de denúncia, mais de 700 registros de queixas surgiram em meio a todo esse caos – Conforme podem ver por aqui*.
Manifestação:
Diante da pressão, a Sofá Design acionou o Poder Judiciário a fim de pedir pela sua recuperação judicial.
A empresa justificou a crise com fatores econômicos nacionais, como alta dos juros e encarecimento dos insumos, além da necessidade de reestruturação.
Em nota oficial, a Sofá Design afirmou:
“A loja Sofá Design vem a público comunicar que está passando por um momento de reestruturação organizacional com o objetivo de superar a profunda crise econômica provocada pela intensa alta do preço dos insumos de produção e rápida elevação das taxas de juros.
A empresa submeterá ao Poder Judiciário pedido de recuperação judicial, além de já ter adotado medidas de diminuição de despesas, a partir do fechamento de lojas deficitárias e a diminuição do seu quadro de funcionários.
Neste momento, todos os esforços estão concentrados na regularização da fabricação e entrega dos móveis comercializados, honrando o compromisso assumido com os seus clientes e com uma história de décadas de atuação no Estado do Rio Grande do Norte, com expansão para outros estados brasileiros.”
A empresa também reforçou esse posicionamento em seus perfis nas redes sociais, alegando estar comprometida com a resolução dos casos pendentes.
Mesmo após essa situação que beira à falência, a Sofá Design ainda enfrenta dezenas de processos ativos, especialmente na Bahia e no Rio Grande do Norte, e mantém um atendimento limitado, com agendamentos individuais para casos pendentes.
No entanto, para boa parte dos consumidores, restou apenas o silêncio e diversas perguntas sem respostas.
Etna:
A Etna, com 17 anos de operação e considerada uma das preferidas pelos consumidores de shoppings, encerrou suas atividades em março de 2022.
Mas, diferente da Sofá Design, o fechamento da Etna não decorreu de dificuldades financeiras.
O que ocorreu foi a incapacidade de competir com a crescente concorrência do comércio eletrônico e de lojas nativas digitais, como Madeira Madeira e Mobly.
Porém, é bom deixar claro que a empresa manteve compromissos financeiros e não deixou dívidas pendentes.
O que a Etna disse sobre seu encerramento?
Em comunicado oficial, a Etna explicou:
“A Etna pertence a um grupo empresarial de sucesso no varejo e irá descontinuar suas operações da melhor forma possível, cumprindo com todos os seus compromissos perante seus colaboradores, clientes, fornecedores e prestadores de serviço.”
De acordo com o portal CNN, o fechamento gradual incluiu apenas quatro lojas físicas remanescentes e o e-commerce da marca, sendo que a empresa realizou uma liquidação de estoques com descontos de até 90% para atender os clientes finais.
Além disso, cerca de 400 colaboradores foram desligados nesse processo.
Ou seja, a decisão de encerrar as operações baseou-se em:
- Estratégias internas;
- Na defasagem do modelo de megastore, que exigia grandes espaços;
- Altos custos de operação, tornando difícil competir com o varejo digital e modelos de lojas menores e mais ágeis.
Mas, para saber mais sobre outras quebras e encerramentos, clique aqui*