Rede de supermercado busca escapar da falência reestruturando dívidas e mantendo parte das operações após forte retração no mercado
A crise que se arrastava discretamente nos bastidores de uma grande rede de supermercado, considerado nº1 em Goiás, ganhou contornos dramáticos nas últimas semanas.
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Trata-se do Grupo Barão, o qual enfrenta:
- Dívidas acumuladas;
- Queda acentuada no faturamento.
Pois é, essa tradicional rede de supermercados ainda anunciou o fechamento de 24 unidades no estado — um baque sem precedentes em sua história recente.
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Além disso, A decisão marca o ponto mais crítico de uma trajetória que, por anos:
- Sustentou a expansão regional;
- Reforçou a competitividade do grupo no varejo alimentar.
Com as portas fechadas em larga escala e sem liquidez para honrar compromissos com credores e funcionários, a empresa acionou a Justiça com um pedido de recuperação judicial, apelando assim contra a falência e lutando pela sua sobrevivência diante de um cenário cada vez mais desafiador.
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A equipe especializada em economia do TV Foco, com base em informações do portal Rota Jurídica, traz abaixo mais detalhes sobre o que levou a rede a essa situação e as expectativas daqui para frente.
Operações afetadas:
Porém, essa crise não se limitou ao território fluminense.
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O Grupo Barão encerrou cinco unidades em Goiás, onde também mantém atuação expressiva.
Mas, é bom deixar claro que a medida faz parte da estratégia de encolhimento forçado para garantir a sobrevivência da operação restante.
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A qual é formada por unidades rentáveis ou mais estratégicas no cenário atual.
Efeitos sobre funcionários e fornecedores
Os impactos sobre os trabalhadores são significativos.
Afinal de contas, com o pedido de recuperação judicial, o plano passa a incluir todos os direitos trabalhistas vencidos até a data do protocolo.
Com o pedido de recuperação judicial, o plano passa a incluir todos os direitos trabalhistas vencidos até a data do protocolo.
- Salários em atraso;
- Verbas rescisórias;
- Outros passivos
Além disso, a Justiça pode impor deságios aos valores ou determinar o pagamento conforme um cronograma aprovado pelos credores.
Fornecedores, por sua vez, enfrentam incerteza quanto ao recebimento de valores atrasados e à continuidade das relações comerciais.
Como o abastecimento das lojas passa a depender da disposição dos parceiros em manter os contratos, oscilações no fluxo de mercadorias são esperadas até que haja estabilidade no processo.
Manifestações da rede:
Até o momento, a direção do Grupo Barão não emitiu comunicado oficial detalhando os motivos que levaram ao fechamento em massa das unidades ou o conteúdo do plano de recuperação.
Como funciona o processo de recuperação judicial?
O processo de recuperação judicial — o qual está previsto na Lei nº 11.101/2005 — foi a saída encontrada pela rede para tentar reorganizar sua estrutura financeira e manter parte das operações em funcionamento.
Essa medida permite que a empresa renegocie suas dívidas, suspenda temporariamente os pagamentos e siga operando sob supervisão do Judiciário e de um administrador nomeado para acompanhar o cumprimento das obrigações.
O plano de reestruturação, no entanto, ainda precisa ser apresentado e aprovado pelos credores.
Essa etapa será determinante para o futuro da companhia: somente com o aval dos credores será possível parcelar passivos, aplicar eventuais descontos e reestruturar prazos.
Conclusão
Em suma, o Grupo Barão vive o momento mais delicado de sua trajetória. A recuperação judicial representa a última tentativa de reverter um quadro de colapso iminente.
A aprovação e fiel execução do plano de reestruturação serão decisivas para evitar a falência. Enquanto isso, trabalhadores, credores e consumidores acompanham a situação com atenção e ceticismo.
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