R$260M e todas as agências engolidas: Fim de banco número 1 da Bahia chega após venda ao Bradesco

Após a venda ao Bradesco, um dos maiores bancos da Bahia encerrou a sua história em meio a R$260 milhões na mesa e tendo suas agências absorvidas
No fim da década de 90, um dos maiores bancos do estado da Bahia se despedia após ser oficialmente comprado pelo banco Bradesco, após quase meio século de operação.
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Trata-se do Banco do Estado da Bahia (BANEB), o qual foi adquirido por meio de um leilão realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
Isso consolidou a expansão do Bradesco no mercado bancário nacional e colocou fim à história de um dos bancos mais tradicionais da história.
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A partir de informações do Jornal Folha de S.Paulo e Portal Wiki, a equipe especializada em economia do TV Foco mergulha novamente nessa história, a qual marcou milhares de correntistas baianos.
A trajetória do BANEB

Fundado em 1952, o BANEB surgiu como um banco estatal com o objetivo de fomentar o desenvolvimento econômico do estado da Bahia:
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- Durante quase cinco décadas, a instituição se consolidou como um dos principais agentes financeiros do estado, oferecendo serviços bancários a empresas, agricultores e população em geral.
- Com uma rede de agências espalhada por toda a Bahia, o BANEB teve papel fundamental na interiorização dos serviços financeiros.
Privatização e compra pelo Bradesco:
Nos anos 90, o Brasil vivia um processo de privatização de diversas empresas estatais, e os bancos estaduais estavam entre as instituições-alvo dessa política.
O governo da Bahia, que na época estava sob gestão de César Borges, decidiu pela venda do BANEB, justificando a medida “como parte de uma estratégia para reduzir o déficit financeiro do estado e modernizar o sistema bancário“.
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No leilão realizado em 22 de junho de 1999, o Bradesco foi o único banco a apresentar proposta e arrematou o BANEB por R$ 260 milhões, um valor 3,18% superior ao preço mínimo estabelecido.
Tal aquisição reforçou a presença do Bradesco no Nordeste, ampliando sua rede de agências e sua carteira de clientes.
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Impacto nas agências:
Com a incorporação do BANEB, o Bradesco engoliu todas as agências do banco, somando:
- Um total de 170 agências;
- Uma carteira de aproximadamente 400 mil clientes;
- Quadro com 2.800 funcionários.
Na época, a direção do Bradesco afirmou que não havia planos imediatos para demissões em massa, mas, como ocorre em fusões bancárias, muitos empregados temiam cortes futuros.
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Os clientes:
A privatização do BANEB gerou reações mistas na sociedade baiana. Muitos clientes temiam mudanças nos serviços e no atendimento, enquanto outros viam a transição como uma modernização necessária do sistema bancário.
Para amenizar o impacto, o Bradesco garantiu a continuidade dos serviços e a integração das operações sem prejuízos aos correntistas.
Qual foi o legado deixado pelo BANEB?
Mesmo após sua incorporação ao Bradesco, a memória do BANEB permaneceu viva em algumas instituições criadas por seus ex-funcionários.
Fundações como o Clube do Baneb e a Caixa de Assistência dos Empregados do Baneb (CASSEB) continuaram ativas por anos após a privatização.
No entanto, em 2012, o Clube do Baneb encerrou suas atividades devido à falta de recursos financeiros, mas isso já é outra história…
Quantos clientes o Bradesco tem atualmente?
De acordo com o portal Poder 360, em 2025, o Bradesco ocupa o 2º lugar entre as maiores instituições financeiras do país, com um total de 109,1 milhões de clientes.
Conclusão:
Em suma, a aquisição do BANEB pelo Bradesco simbolizou o encerramento de uma era na história econômica da Bahia.
Para muitos, o banco estadual representava um modelo de desenvolvimento regional, enquanto para outros, sua venda era inevitável diante das mudanças econômicas do país.
Apesar das polêmicas, o legado do BANEB ainda ressoa na história financeira da Bahia e na memória de seus antigos clientes e funcionários.
Mas, para saber mais sobre outros bancos e histórias como essa, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.