Fim dos cartórios no Brasil? Novo serviço do Banco Central informa a real e surpreende

Novo serviço desenvolvido pelo Banco Central gera dúvidas: Será o fim dos cartórios no Brasil? Descubra agora as respostas
Autenticar documentos, registrar imóveis e reconhecer firmas já consumiram inúmeras horas e testaram a paciência de milhões de brasileiros.
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No entanto, a chegada do Drex, plataforma digital criada pelo Banco Central, acendeu um debate: Será que essa tecnologia está anunciando o fim dos cartórios como conhecemos?
De fato, o Drex promete automatizar processos que até hoje exigem presença física nos cartórios, o que motivou especulações sobre a possível extinção dessas instituições.
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Contudo, o Banco Central quebrou o silêncio e esclareceu a real sobre esse assunto e a dimensão dessas mudanças — e o resultado surpreende.
Com base em informações do portal Valor Econômico, trazemos abaixo as respostas para:
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- O que é o DREX?
- Qual será o papel dos cartórios após o DREX?
- Qual é a diferença do DREX para o Real?
- Qual é o serviço mais burocrático do Brasil?
O que é o DREX?
Ainda em 2023, o Banco Central lançou o Drex, plataforma digital baseada em blockchain e contratos inteligentes.
O objetivo do sistema é modernizar as operações financeiras, reduzir custos e eliminar intermediários tradicionais, como bancos e outras instituições.
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Entre as funcionalidades previstas, destacam-se:
- Execução automática de contratos, sem necessidade de conferência humana;
- Transações mais rápidas e econômicas, com redução ou eliminação de tarifas bancárias;
- Segurança reforçada por meio de registros descentralizados e imutáveis, garantidos pela tecnologia blockchain.
Mas, apesar desses avanços poderiam, à primeira vista, ameaçar a existência dos cartórios, uma reportagem do Valor Econômico, publicada em 7 de dezembro de 2023, confirma que os cartórios permanecerão ativos e passam por uma fase de reinvenção.
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Qual será o papel dos cartórios após o DREX?
O Banco Central enfatizou que o Drex não tem o propósito de substituir os cartórios.
Inclusive, especialistas jurídicos reforçam que esses serviços continuam essenciais para o ordenamento legal brasileiro.
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Os principais pontos destacados são:
- Tecnologia complementar: Cartórios já usam plataformas digitais, como o e-Notariado, que permitem realizar diversos serviços online com segurança jurídica;
- Validação jurídica insubstituível: Apesar da blockchain, a legislação brasileira exige fé pública, prerrogativa exclusiva dos cartórios;
- Integração com contratos digitais: Os cartórios podem se posicionar como validadores confiáveis para contratos inteligentes, em vez de perder espaço.
Assim, o Drex exige que os cartórios evoluam, mas não elimina sua função.
Qual é a diferença do DREX e do Real?
Outra dúvida frequente é se o Drex substituirá o real. O Banco Central afirmou que não haverá substituição da moeda física.
O Drex cria uma CBDC (moeda digital do banco central) que terá valor equivalente a R$ 1 físico.
Durante 2024, o Banco Central testou o Drex em um piloto focado na negociação de títulos públicos tokenizados.
Na próxima fase, a plataforma será testada em 13 casos práticos, como:
- Compra e venda de imóveis e veículos;
- Concessão de crédito;
- Integração com sistemas financeiros e contratos diversos.
O Banco Central planeja duas versões da moeda digital: uma para o público em geral (varejo) e outra para instituições financeiras (atacado).
O consumidor final não precisa entender essas distinções; a experiência deve ser simples e transparente.
O lançamento do DREX ainda não tem uma data definida, mas está previsto para acontecer nos próximos anos, de forma gradual, com a conclusão da fase de testes e regulamentação.
O Banco Central está atualmente na fase de testes, chamada de “Piloto Drex”, onde empresas e instituições financeiras podem simular operações com ativos digitais tokenizados – conforme podem ver por aqui*.
Qual é o serviço cartorial mais burocrático no Brasil?
De acordo com levantamento da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR), o registro de imóveis é o serviço mais burocrático no país.
Esse procedimento envolve múltiplas etapas, como:
- Apresentação de documentos;
- Reconhecimento de firma;
- Pagamento de diversas taxas;
- Análise jurídica detalhada;
- Prazos extensos para conclusão.
Mesmo com algumas ferramentas digitais, grande parte dos registros imobiliários ainda depende de processos manuais e presenciais, especialmente em estados que resistem à modernização, tornando esse serviço um dos mais lentos e complexos.
Conclusão:
Em suma, o Drex representa um avanço significativo na digitalização do sistema financeiro brasileiro, mas não significa o fim dos cartórios.
Ao contrário, essas instituições se adaptam às novas tecnologias e mantêm seu papel fundamental na validação jurídica de documentos e contratos.
Por fim, o Banco Central aposta em um modelo híbrido, onde inovação e segurança legal coexistem para garantir eficiência e confiança.
Mas, para saber sobre mais decretos do BC, taxa de juros e mais, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.