Luto e portas fechadas: Fim devastador de padaria n°1 devasta cariocas após 66 anos no RJ

Após 66 anos de história, o bairro do Botafogo se despediu de uma das principais e mais tradicionais padarias, colocando fim em um refúgio de afeto, café e pão quentinho
Em janeiro de 2025, o coração de Botafogo, amanheceu mais triste e vazio. Isso porque uma das mais tradicionais padarias da Zona Sul do Rio de Janeiro, encerrou suas atividades, após quase sete décadas de história e afetos embalados em pães fresquinhos e cafés compartilhados.
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Trata-se da Panificação Voluntários, cujo anúncio foi feito de forma simples e dolorosa por meio de um cartaz afixado na porta.
O que pegou moradores e clientes de surpresa e mergulhou o bairro em uma mistura de saudade e consternação.
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Sendo assim, e baseada em informações divulgadas pelo Diário do Rio, a equipe especializada em economia do TV Foco detalha toda a trajetória dessa saudosa padaria e os impactos do fim.

Um espanhol, um sonho e o sabor que atravessou gerações
Tudo começou no final da década de 50, quando José “Seu Pepe” Martínez desembarcou no Rio de Janeiro, vindo da Espanha, em busca de uma vida melhor.
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O imigrante não apenas construiu uma carreira, mas fundou um verdadeiro ponto de encontro afetivo na Rua Voluntários da Pátria, esquina com Dona Mariana, que resistiu ao tempo e virou parte da identidade de Botafogo.
Entre conversas ao pé do balcão e cafés servidos em xícaras de porcelana, Seu Pepe conquistou o bairro com sua gentileza e simpatia.
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Mais que um comerciante, tornou-se um personagem querido da região, recebendo clientes como velhos amigos e cultivando histórias que atravessaram décadas.

O luto e o início de um adeus anunciado
Infelizmente, no ano de 2020, no auge da pandemia, Seu Pepe partiu aos 96 anos, vítima da Covid-19.
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O luto atravessou as portas da padaria e se espalhou pelas calçadas do bairro, onde moradores relembravam sua gentileza e seu olhar acolhedor.
Após a morte do patriarca, seus filhos, Marcelo e Marcos, ambos médicos e radicados na Espanha, assumiram o comando da padaria.
Mesmo mantendo os fornos aquecidos e os balcões abastecidos, a distância e as dificuldades de gestão pesaram na decisão: chegou a hora de encerrar o ciclo.
O anúncio que parou Botafogo
O desfecho foi comunicado de maneira simples e silenciosa: um cartaz colado na porta, informando que a padaria encerraria suas atividades no dia 29 de janeiro de 2025.
A notícia espalhou-se rapidamente, levando moradores a se despedirem do espaço que foi, por anos, extensão da própria casa.
De acordo com o perfil Viver Botafogo, Marcelo e Marcos, filhos médicos de “Seu Pepe”, cuidaram da empresa nos últimos anos.
Como moram na Espanha, alegaram que cuidar de um negócio à distância é muito difícil e por isso decidiram fechar a padaria.
Abaixo, temos a lista de funcionários que fizeram o sucesso da Panificadora Voluntários e o tempo dedicado:
- Orlando de Souza — 38 anos de casa
- João Francisco Araújo — 33 anos de casa
- Lindomar de Oliveira Souza — 29 anos
- Adilson Santos de Souza — 18 anos
- Sérgio de Souza Soares — 8 anos
- Márcio Santos — 7 anos
Ao procurar declarações extras, as mesmas não foram encontradas. No entanto, o espaço segue aberto caso queiram adicionar alguma informação.
Qual foi o impacto do fim da Panificação Voluntários para a região?
Conforme mencionamos, mais do que um estabelecimento comercial, a Panificação Voluntários foi, ao longo de suas décadas, um refúgio social.
Ali, vizinhos se tornavam amigos, famílias dividiam cafés aos domingos e histórias se construíam ao sabor de croissants e pães de queijo.
Sendo assim, o fechamento deixou um vazio difícil de preencher em Botafogo, principalmente em tempos em que laços comunitários se tornam cada vez mais raros.
A padaria era mais do que endereço fixo: era ponto de chegada, partida e reencontro.
Inclusive, no Google MAPS ela já permanece como permanentemente fechada, conforme podem ver abaixo:

Conclusão final:
A Panificação Voluntários acabou tendo um fim confirmado, causando tristeza no coração de quem viveu seus dias mais simples e felizes por ali.
Botafogo perdeu um pedaço de si, e cada morador carrega agora uma saudade embrulhada em guardanapo de papel em meio às memórias afetivas.
A padaria até fechou as portas, mas seu legado permanece aberto na memória do bairro. Onde antes se pedia um café, agora resta apenas o silêncio e um profundo “até logo”.
Mas, para saber mais sobre essas histórias de fins abruptos, retomadas e muito mais, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.