O fim de serviço crucial em 334 lojas do Atacadão e comunicado oficial feito pela atacadista às pressas

Confira nesta matéria todos os desdobramentos de encerramento de serviço crucial em 334 lojas do Atacadão e comunicado oficial da varejista às pressas

O mercado varejista é um dos mais rentáveis no Brasil. Composto por várias empresas gigantescas e em diversos segmentos, hoje falaremos sobre um grupo em especial. Trata-se do Atacadão, que colocou fim em serviço crucial em 334 lojas da companhia, que pertence ao Grupo Carrefour.

Acontece que em abril de 2023, o Atacadão se viu obrigado a promover uma drástica mudança e tomou sérias medidas para eliminar de forma definitiva as práticas discriminatórias e ainda aprimorar a experiência de todos os clientes de forma democrática.

De acordo com informações do portal Seu Crédito Digital, a medida anunciada às pressas pela própria varejista envolvia a interrupção de um dos seus serviços (até então vitais) nas dependências de suas 334 lojas: a circulação dos fiscais de prevenção pelos corredores.

Essa decisão veio como resposta às inúmeras acusações contundentes de racismo que levaram a protestos e críticas de figuras públicas na ocasião, incluindo do presidente Lula. O fato é que não é confortável esse sentimento de ficar sendo ‘vigiado’ o tempo todo durante as compras.

Devido a esses acontecimentos extremamente desagradáveis, a presença constante de fiscais de prevenção já não estava sendo bem vista como uma solução preventiva e sim como um fator de tensão adicional que acaba afastando clientes. Após colocar fim nesse serviço, até então aplicado em massa, o novo formato agora permite que esses mesmos profissionais atuam de pontos fixos, sempre sob vigilância de câmeras de segurança.

O que garante tanto o bem estar quanto um tratamento justo e igualitário para todos. Para isso, a empresa buscou a assistência da Universidade Zumbi dos Palmares para formar uma iniciativa abrangente que aborda a discriminação racial de diversas maneiras.

QUAIS CASOS PROVOCARAM REVOLTA NOS CONSUMIDORES?

De acordo com o portal Valor, um dos casos mais chocantes envolveu a professora Isabel Oliveira, que afirmou que foi perseguida por um segurança de uma loja em Curitiba até deixar o local. Durante o protesto, ela voltou à loja e tirou as roupas, ficando só de calcinha e sutiã, para terminar de fazer as compras. A ação foi transmitida em seu perfil no Instagram.

Em outro caso ocorrido no dia 7 de abril, desta vez numa loja do hipermercado Carrefour em Alphaville (SP), o artista Vinicius de Paula acusou a empresa de tratamento discriminatório, após ter sido impedido de usar um caixa preferencial que não tinha clientes na fila.

Na época, houve protestos nos supermercados, após uma série de denúncias de perseguição dos fiscais nas instalações por parte de consumidores negros. Em nota, o Atacadão lamentou os casos ocorridos e afirmou que adotou novas medidas para que situações apontadas como racismo e discriminação não ocorram novamente nas unidades.

“A função dos profissionais que ficam em pontos fixos ou à frente do caixa é ser ponto de apoio aos clientes, ou atuação em casos de urgência”, disse o comunicado da companhia varejista na época. Essa parceria gerou programas de treinamento em diversidade e desenvolveu campanhas de conscientização que são implementadas contínua e consistentemente para todos os colaboradores da rede.

QUANTAS UNIDADES DO ATACADÃO TEM NO BRASIL?

Segundo o site oficial do Atacadão, a rede possui mais de 350 lojas espalhadas de norte a sul do país. Segundo o portal do atacarejo, o gigante conta com mais de 70 mil pessoas treinadas e capacitadas para oferecer a melhor experiência de compras aos clientes.

Conforme a Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), o Atacadão foi, em geral, a rede mais barata encontrada em Belém, Salvador e Porto Alegre. No Rio de Janeiro, a rede varejista foi a mais barata para a primeira cesta.

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