O Banco Central comunicou uma nova determinação que pode afetar o Nubank como conhecemos hoje.

Pegando todos de surpresa, o Banco Central (BC) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovaram em 27 de novembro de 2025 uma medida inesperada. Trata-se de uma norma que proíbe fintechs e instituições de pagamento que não têm licença bancária de usar os termos “banco” ou “bank” em sua denominação, marca, nome fantasia ou domínio.

Além disso, a regra entrou em vigor imediatamente e exige que as empresas afetadas apresentem um plano de adequação em até 120 dias, com prazo máximo de um ano para implementação.

Inclusive, a norma atinge o Nubank. A fintech possui autorização para operar como instituição de pagamento, sociedade de crédito e corretora de valores, mas não como banco, o que torna inviabiliza o uso da palavra “bank” em seu nome atual.

No entanto, a empresa reconheceu a situação e informou que analisa as implicações da norma, mas garante que suas operações e serviços seguem normalmente, sem impacto aos clientes. Abaixo, o posicionamento completo da empresa.

O Nubank informa que está analisando a nova determinação do Banco Central sobre nomenclatura de instituições financeiras. Reforçamos nosso compromisso histórico e inegociável de seguir rigorosamente toda a legislação e regulamentação vigente no país, respeitando os prazos e as determinações da Autoridade Monetária.

O Nubank reforça, ainda, que a norma diz respeito apenas ao nome das instituições e não aos serviços prestados e que conta com todas as licenças necessárias para oferecer os produtos atualmente disponíveis em sua plataforma. Nossas operações e a oferta de nossos produtos e serviços seguem normalmente, sem nenhum impacto para os clientes.

Por que houve essa determinação do Banco Central?

A nova regra busca evitar que consumidores confundam fintechs com bancos tradicionais, que são instituições que operam sob regulação distinta e têm obrigações diferentes de capital e supervisão.

Porém, segundo o BC, a medida visa garantir clareza sobre quais serviços cada instituição está autorizada a oferecer.

Qual é o impacto dessa medida do Banco Central?

Para o mercado financeiro, a mudança representa um aperto regulatório sobre o modelo de negócios das fintechs. Algumas empresas precisarão reavaliar suas marcas e identidades visuais. Porém, em casos extremos, fintechs podem buscar licenças bancárias ou adotar novo nome que retire as referências proibidas.

Além disso, no caso do Nubank, a companhia já adota internamente variações da marca sem o “bank” (como “Nu”), o que pode facilitar a transição.

Especialistas e analistas do setor apontam que a readequação do nome não representa risco imediato para os serviços prestados nem para a base de clientes. A restrição atinge a nomenclatura, não a operação financeira.

No entanto, a expectativa é de que a transição ocorra sem interrupções nos produtos oferecidos. Com isso, criação de novas fintechs e o futuro das que já existem devem sofrer impacto. A norma poderá desestimular nomes com “bank” ou “banco” e provocar rebranding em várias empresas.

Por fim, o Nubank corre o risco de perder o “bank” e, se não obtiver uma licença bancária, deverá adotar nova marca até o fim do prazo dado pelo BC. A operação em si permanece inalterada. Resta acompanhar se o roxinho seguirá ou se transformará num “Nu” antes do martelo bater no final do prazo.

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