Substituto dos motoristas? Novo serviço do Ifood chega para revolucionar entregas dos apps

Suposições nas redes sociais a respeito de uma nova aposta do iFood reacendem debate sobre o futuro dos entregadores e a chegada de uma poderosa concorrente pode impulsionar para essa “revolução”
De acordo com o que circula nas redes sociais, o iFood supostamente prepara uma nova fase para o mercado de delivery no Brasil e a mudança, se concretizar, promete revolucionar de forma radical e até mesmo substituir os motoristas entregadores, mas será mesmo?
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Pois é, conforme publicado pelo perfil Wendel Oficial, no Instagram, a plataforma, que domina o setor no país, estaria se movimentando para reativar testes com robôs e drones de entrega.
No entanto, conforme apuramos, essa movimentação ainda se resume a pura especulação, uma vez que ainda não foi oficialmente confirmada pela mesma como uma nova estratégia em escala nacional.
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Vale destacar que, no ano de 2023, o portal Paladar, coluna pertencente ao Estadão, destacou o uso do robô ADA, em parceria com a startup brasileira Synkar.
A ADA ficou designada a atender a região de Ribeirão Preto (SP) e é capaz de andar sozinha, cruzar ruas e até acionar elevadores de forma autônoma.
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Agora, voltando para 2025, muita gente especula que esse retorno ao uso da tecnologia pode servir de resposta para uma “ameaça” feita pela chinesa Keeta, do grupo Meituan, no mercado brasileiro.
De acordo com o portal TecnoBlog, a Keeta já realizou mais de 1 milhão de entregas com drones e veículos autônomos na China e confirmou publicamente que pretende trazer essa tecnologia para o Brasil, o que pode de certa forma “abalar” os demais players.
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Um concorrente ameaçador
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o vice-presidente global da empresa, Tony Qiu, afirmou que o modelo está pronto, mas ainda depende de regulamentação para operar por aqui. Segundo ele, “na China, você já pode pedir comida por drones da Grande Muralha”.
Enquanto isso, por aqui, o cenário ainda é limitado. Para operar drones comerciais no Brasil, empresas precisam de autorização de pelo menos três órgãos: Anac, Anatel e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
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Os voos em áreas urbanas fora do campo de visão do piloto (BVLOS), que são essenciais para entregas, exigem ainda análises de risco específicas e liberações por rota.
No entanto, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já sinalizou que estuda mudanças.
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Em junho de 2025, abriu uma consulta pública para modernizar as regras por meio do RBAC nº 100, que pode facilitar a adoção da tecnologia.
iFood já flertou com a ideia antes
Vale destacar que o uso de drones pelo iFood não é novidade. Em 2020, a empresa realizou um teste com a Speedbird Aero, em Campinas (SP).
Com entregas que envolviam voos curtos entre o shopping Iguatemi e um ponto de entrega, o trecho final ainda era feito por entregadores.
Dois anos depois, o iFood obteve a primeira autorização da Anac para entregas comerciais com drones, usando a tecnologia para transportar pedidos:
- Por cima do rio Sergipe;
- Mais especificamente entre Aracaju e Barra dos Coqueiros.
A viagem aérea levou cinco minutos, contra os 55 minutos do trajeto por terra. Mesmo com os resultados positivos, o modelo não foi implementado em larga escala, pelo menos até hoje…
Quais são as vantagens e desvantagens dos drones no delivery?
Prós:
- Agilidade: Em trechos curtos e urbanos, drones superam o trânsito e entregam em tempo recorde.
- Redução de custos operacionais: Sem motoristas ou combustível, o custo por entrega tende a cair.
- Sustentabilidade: Tanto drones quanto robôs elétricos são menos poluentes.
- Precisão tecnológica: Com algoritmos e sensores, os robôs podem evitar acidentes e operar com eficiência.
Contras:
- Regulamentação complexa: Atualmente, as exigências para operar drones de forma comercial ainda travam a expansão da modalidade.
- Segurança e vandalismo: Equipamentos em áreas urbanas podem ser alvos de furtos ou depredações.
- Impacto social: A adoção da tecnologia em larga escala pode afetar diretamente a base de entregadores humanos, um dos pontos mais sensíveis do debate.
Mas, o iFood irá substituir os motoristas humanos mesmo?
Agora voltamos ao ponto principal, será que haverá mesmo uma substituição total? Calma! Ainda não.
Conforme destacamos, apesar da especulação nas redes, o iFood ainda não divulgou oficialmente planos de substituir entregadores humanos por robôs ou drones.
A empresa segue investindo em tecnologia, mas o modelo de operação tradicional com entregadores parceiros continua sendo o centro da estratégia atual.
O que está em jogo, no entanto, é o futuro do delivery…
Afinal de contas, a entrada de uma concorrente como a Keeta, que já opera em alto nível tecnológico, pode obrigar os players brasileiros a acelerar a transição.
Seja para competir em preço, em velocidade ou em inovação, a receita pode dar o mesmo resultado.
Mas, por enquanto, o que podemos dizer é que os robôs e drones ainda entregam pouco, mas entregam o recado de que uma possível mudança pode estar em curso.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.