Descanse em paz: Fim de serviço fundamental do Oxxo é confirmado em SP e abala clientes

Oxxo encerra serviço essencial em Campinas, município de São Paulo: Entenda os fechamentos e o futuro da marca no Brasil

A rede Oxxo, popular entre consumidores por sua proposta de conveniência e preços acessíveis, colocou fim em quatro unidades na cidade de Campinas, São Paulo, ainda em abril de 2024.

Consideradas pontos estratégicos e de fácil acesso para a população — sobretudo em regiões centrais — essas lojas representavam um serviço essencial, especialmente para quem depende de opções rápidas de compra em trajetos urbanos.

A decisão trouxe um impacto direto sobre o cotidiano dos moradores.

 Sendo assim, com base em informações do Portal Hortolândia, a equipe especializada em economia do TV Foco traz abaixo mais detalhes sobre esse adeus.

MAS ATENÇÃO! Antes de prosseguirmos com essa matéria, é bom deixar claro que esses movimentos não têm nenhuma relação com crises financeiras e sim com um movimento estrutural possivelmente impulsionado diante das realidades locais.

Uma trajetória marcante

A trajetória da Oxxo no Brasil começou em dezembro de 2020, quando a rede mexicana, subsidiária do grupo Femsa, estreou sua operação nacional com a abertura de uma loja piloto justamente em Campinas.

Os principais objetivos da rede consistem em:

• Oferecer um modelo de loja de proximidade com funcionamento estendido;
• Ter um mix enxuto;
• Trazer preços competitivos, inspirado no sucesso da marca no México, onde soma mais de 20 mil unidades.

Nos anos seguintes, a expansão foi agressiva. A rede chegou a operar centenas de lojas no estado de São Paulo, com foco inicial em Campinas e, depois, em cidades da Grande São Paulo e do interior.

No entanto, em abril de 2024, a empresa fechou quatro unidades de forma repentina:

• Três no centro da cidade (ruas General Osório, Dr. Costa Aguiar e Álvares Machado);

• Uma na Vila Pompéia, na Avenida Mirandópolis.

A movimentação chamou atenção não apenas pela quantidade de lojas fechadas simultaneamente, mas também pelas características dessas unidades:

• Todas estavam em pontos de alta circulação;
• Com grande fluxo de pedestres;
• Próxima a áreas comerciais ou residenciais densas.

Mas então, por que fechou?

A assessoria de imprensa da Oxxo confirmou os fechamentos, mas não detalhou oficialmente os motivos.

No entanto, comerciantes vizinhos e moradores apontaram fatores recorrentes que podem ter contribuído para a decisão:

• Furtos frequentes;
• Assaltos;
• Dificuldade de manutenção da segurança;
• Queda no desempenho financeiro das unidades afetadas.

Imagens das fachadas das lojas após o fechamento mostravam:

• Letreiros sendo removidos;

• Pintura externa sendo substituída por branco e interiores sendo esvaziados;

• Clientes buscando últimos produtos com descontos aplicados nos estoques remanescentes.

Internamente, acredita-se que o modelo de operação 24 horas ou em horários ampliados possa ter se tornado insustentável em áreas com baixa vigilância ou alta vulnerabilidade.

Ainda que os furtos sejam uma realidade enfrentada por diversos varejistas em centros urbanos, o impacto na rentabilidade de lojas menores e com operação intensiva pode ser mais severo.

Qual é a real situação da Oxxo no Brasil em 2025?

Apesar do recuo pontual em Campinas, a Oxxo segue ativa no Brasil. Até o início de 2025, a rede mantém mais de 500 unidades em funcionamento em 26 cidades do estado de São Paulo, com presença significativa em bairros de classe média nas regiões metropolitanas.

A marca segue apostando em parcerias promocionais, como ações com marcas de bebidas e investimentos em datas sazonais.

No entanto, o ritmo de abertura de novas unidades diminuiu em comparação com os primeiros anos de operação no país, refletindo um provável ajuste estratégico da empresa diante dos desafios locais:

• Custos operacionais;
• Insegurança;
• Concorrência com o comércio informal;
• Própria adaptação do modelo mexicano ao perfil de consumo brasileiro.

Conclusão:

O fechamento das quatro lojas da Oxxo em Campinas expõe os desafios enfrentados por redes de conveniência ao operarem em áreas urbanas com problemas estruturais.

Ainda que a marca permaneça no Brasil com uma presença considerável, a retração pontual indica um movimento de reavaliação.

Resta saber como a rede irá adaptar sua estratégia em um mercado tão competitivo e volátil.

A saída desses pontos específicos revela que a presença física, sozinha, não garante a sustentabilidade de um negócio. Mas, para saber mais sobre essas histórias de fins abruptos, retomadas e muito mais, clique aqui*.