Governo celebra o fim de 2025 com um presentão de Natal após liberar R$ 42 bilhões destinados a beneficiários do Bolsa Família e INSS
O Congresso Nacional aprovou em no dia 27 novembro o PLN 14 de 2025 e abriu crédito suplementar de R$ 42,2 bilhões para o Orçamento ainda vigente. Contudo, o montante assegura o pagamento do Bolsa Família e também dos benefícios previdenciários até o fim de dezembro, algo tratado como urgente entre parlamentares governistas.
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A votação encerrou semanas de articulação no Legislativo e consolidou a liberação dos recursos antes do fechamento do exercício fiscal. Além disso, técnicos do governo afirmam que a medida evita risco de atraso em repasses sociais e previdenciários.
Porém, o projeto prevê o uso de R$ 22,2 bilhões para a Previdência e mais R$ 20 bilhões destinados ao Bolsa Família. A liberação desses valores rompe a regra de ouro, porque permite o uso de crédito baseado em endividamento para custear despesas correntes e não investimentos.
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Contudo, congressistas aprovaram o texto por maioria absoluta nas duas Casas e isso garantiu a exceção constitucional necessária. O governo destacou que a autorização já constava no Orçamento e apenas precisava de aval legislativo para execução imediata.
Votação
A Câmara aprovou a proposta com 343 votos favoráveis, 67 contrários e 1 abstenção. O Senado votou em seguida e aprovou de forma unânime com 59 votos. Esse cenário demonstrou alinhamento entre lideranças partidárias diante da urgência dos pagamentos.
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Ainda assim, parte da oposição questionou o impacto fiscal e pediu maior controle na expansão de despesas obrigatórias. A votação correu sem obstruções relevantes e marcou uma das sessões mais rápidas da semana.
O relator Randolfe Rodrigues apresentou texto substitutivo e removeu a possibilidade de reaproveitamento automático de saldos não utilizados para 2026. Embora a alteração tenha sido discreta, parlamentares destacaram que isso cria limite operacional maior no próximo ano. Mesmo assim, o substitutivo não enfrentou resistência e seguiu ao plenário com apoio amplo.
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Qual é o impacto dessa aprovação?
A regra de ouro exige que o governo não financie gastos rotineiros por meio de endividamento, porém o Congresso validou a exceção diante do risco de descontinuidade nos pagamentos. Analistas ressaltam que a aprovação reforça dependência estrutural do crédito público para despesas sociais.
No entanto, por outro lado, defensores da medida afirmam que programas sociais exigem previsibilidade porque atingem população com baixa renda.
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Além disso, o Ministério da Fazenda informou que a autorização não altera a meta fiscal porque o gasto já estava previsto na LOA de 2025. Observadores do mercado acreditam que a execução deve ocorrer sem atrasos e gerar efeito imediato sobre a folha previdenciária. Entretanto, especialistas também apontam que o uso recorrente de crédito suplementar pode pressionar o limite de endividamento da União.
Enquanto isso, o governo avalia novas estratégias para o próximo ano e discute atualização de parâmetros fiscais.
Por fim, a aprovação do PLN 14 de 2025 representa decisão pragmática para preservar o fluxo de pagamentos sociais e previdenciários. Contudo, a medida reacende debate histórico sobre o uso de crédito suplementar e possível fragilidade fiscal acumulada.
