Fusão da Mobly com gigante do varejo tira rival da beira de fim para aniquilar a Magalu e chegar ao topo

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.
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Fusão da Mobly com gigante, salva varejista do fim e ainda pode aniquilar a Magalu (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Freepik/Magalu/Mobly)

Mobly confirma fusão com uma das maiores varejistas do mercado de móveis e decoração, cuja operação tem como objetivo fortalecer as marcas do segmento no mercado

A Mobly, uma das maiores e mais populares lojas de móveis e itens de decoração, praticamente da noite para o dia anunciou a fusão com uma outra gigante do segmento após um longo período de especulação.

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Estamos nos referindo a Tok&Stok, queridinha dos shoppings, que apesar de ser uma das mais consolidadas e amadas entre os consumidores, acabou tendo uma crise exposta ainda no ano de 2023, em meio à dívidas e fechamentos de lojas, como podem ver através deste link*.

De acordo com o portal CNN, o fato ocorreu no dia 8 de agosto de 2024, aonde foi assinado um acordo com os acionistas controladores da varejista por meio de troca de ações.

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Pelos termos apresentados, a Mobbly deve passar a ser controladora da empresa, criando assim mais um gigante no mercado de móveis e decoração, com receita anual estimada de R$ 1,6 bilhão.

Com essa união de forças, além de salvar a Tok&Stok da ameaça do fim, a junção de forças poderão aniquilar as suas rivais mais consolidadas, como a poderosa Magalu e fazer com que a queridinha volte ao topo.

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Burburinhos e fatos

Como mencionamos logo no comecinho desse texto, já haviam rumores sobre fusão das duas empresas ocorrendo por longa data e foram antecipados pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, como podem ver através desse link*.

Em nota relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Mobly afirma que a operação tem como objetivo fortalecer sua presença no mercado por meio da diversidade e complementos do portfólio de produtos e serviços, uma vez que visa combinar a sólida e reconhecida reputação de ambas as marcas, atingindo os mais diversos públicos:

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“A operação permite que ambas as companhias aproveitem a expertise uma da outra para fortalecer suas respectivas propostas de valor – especificamente a tecnologia e logística da Mobly e o desenvolvimento de produtos e experiência de loja da Tok&Stok”

A Mobly ainda afirmou que identificou potenciais sinergias significativas, cujas quais tem tudo para impulsionar a geração de caixa ao longo do tempo, com potencial de aumentar gradualmente, resultando em um incremento anual adicional de R$ 80 milhões a R$ 135 milhões ao ano ao longo de um período de cinco anos.

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Em questão de custos, a empresa aponta ganhos diretos em aquisições devido à verticalização, otimização de compras indiretas e utilização, além de benefícios fiscais de créditos de ambas as companhias.

A empresa cita ainda sinergias em vendas cruzadas, aprimoramento do e-commerce e ampliação do portfólio de produtos com prateleira infinita.

Rusgas no caminho …

Como mencionamos no inicio desse texto, a Tok&Stok, apesar de sólida, vem atravessando um momento delicado desde que a crise que a atingiu veio à tona no início de 2023.

Inclusive, uma das apostas para salvar a empresa, foi a volta de uma de suas fundadoras na presidência, Ghislaine Drubulle, ainda em agosto de 2023, na tentativa de fazer a empresa volta nos trilhos.

Com uma dívida atualizada em um pouco mais de R$ 350 milhões, a volta de Drubulle representou para a loja a recuperação do que eles chamam de “DNA da Tok Stok“.

Como dito acima, em tese, a fusão com a Mobly representa mais um alívio para a queridinha dos shoppings. Porém, de acordo com o portal INSIGHT do Exame, alguns fundadores não parecem nada felizes com a notícia de fusão.

Dias após o anúncio da fusão, no dia 12 de agosto de 2024, a família Dubrule, entrou com duas liminares questionando os trâmites que levaram ao acordo de fusão costurado pelo controlador da companhia, a SPX Carlyle, com a Mobly, listada em Bolsa.

Uma delas foi impetrada na forma de um pedido de cautelar junto à 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Foro Central da Comarca de São Paulo, sinalizando que a transação corre o risco de enfrentar uma longa batalha judicial.

Em documentos que o portal INSIGHT teve acesso com exclusividade, os Dubrule acusaram a SPX de “abuso de poder de controle” e chamam a operação de golpe impetrado pela gestora de private equity, que comprou uma fatia de 60% na empresa em 2012 por R$ 700 milhões.

As liminares qualificam ainda de “manobra canhestra” o pedido de recuperação extrajudicial da Tok&Stok colocado como condição precedente para a fusão.

Fora isso, foi apontado um suposto conflito de interesse entre bancos credores que aderiram ao processo de recuperação e ao mesmo tempo atuam como assessores financeiros da Tok&Stok na operação de fusão.

Fontes próximas à gestora afirmam que não veem conflito e se trata de um procedimento comum em transações como essas. Segundo eles, com a transferência do controle, os credores podem pedir vencimento antecipado da dívida e, por isso, a recuperação extrajudicial foi necessária.

Segundo um interlocutor próximo a SPX, as liminares são partes de uma manobra da família para tentar afastar o comprador e voltar o controle da Tok&Stok, a despeito da transação ter sido firmada entre a SPX, majoritária, e a Mobly, oferecendo direito de tag along à família, que tem a prerrogativa de exercê-lo ou não.

Vale destacar que esse imbróglio sobre o futuro da Tok&Stok já vem se arrastando desde 2023 com os Dubrule, cujos quais tem 40% de participação, e a SPX que está em uma verdadeira rota de conflito, uma vez que leva em consideração os melhores caminhos para a companhia que ainda tenta se reerguer:

A convocação de uma reunião de conselho para deliberar sobre a proposta já provocou um racha definitivo. O colegiado da Tok&Stok era formado por três membros: Fernando Borges, chairman e sócio da Carlyle, Regis Dubrule e um membro independente, Roberto Szachnowicz.

Ainda no dia 29 de julho, Regis e Szachnowicz pediram a Borges a convocação da reunião para o dia 31 de julho para deliberar sobre a proposta de capitalização.

Porém, o sócio da SPX não efetuou a convocação para a data pretendida e respondeu chamando uma reunião para o dia 9 de agosto com o intuito de falar sobre o futuro da empresa.

Regis e Szachnowicz fizeram a convocação para o dia 31, valendo-se da maioria dos votos do conselho. Borges foi chamado, mas não compareceu. A capitalização foi aprovada pelos dois conselheiros e poderia, na visão dos Dubrule, ser realizada a partir de então. A ata foi registrada na Junta Comercial.

A SPX, por sua vez, chamou uma assembleia no dia 5 para destituir Szachnowicz. Em seu lugar, colocou Pedro Guizzo. Na reunião do dia 9, um dia depois do anúncio da fusão de Tok&Stok com Mobly, a capitalização aprovada no dia 31 foi revogada, com voto do novo conselheiro.

Em um pedido de cautelar enviado à 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Foro Central da Comarca de São Paulo, os Dubrule pedem a anulação dos atos da assembleia do dia 5 e da reunião de conselho seguinte, do dia 9.

De acordo com fontes próximas à SPX, a reunião do dia 31 não teve nenhuma validade, já que a prerrogativa de convocação era do chairman, que o faz para data mais à frente. Tampouco houve presença de executivos da Tok&Stok, a esta altura já com um CEO de fora da família.

Segundo o interlocutor, a gestora tem a prerrogativa de ter dois assentos no conselho e os Dubrule já tinham tentado liminares para impedir as AGEs dos dias 5 e a reunião de conselho do dia 9, sem sucesso.

Processo de recuperação

Ainda de acordo com o portal Exame, o pedido de recuperação extrajudicial para alongar a dívida da companhia também é questionado.

Os advogados da família alegam que o pedido de recuperação foi feito à Justiça sem aprovação de assembleia de acionistas, o que, de acordo com a Lei das S.A.s e o estatuto da companhia, só pode ser feito em casos de urgência, ou seja, em caso de perigo iminente à saúde financeira da empresa.

O que não era o caso da Tok&Stok, cuja qual já não tinha vencimentos previstos até o próximo ano de 2025. A família alega que tudo ocorreu como uma forma de fazer com que ela não pudesse exercer a cláusula de vencimento antecipado de uma dívida de R$ 110 milhões que detém contra a companhia.

Uma carta dura

Ainda de acordo com as apurações feitas pela INSIGHT, a família fundadora da Tok&Stok, através de uma carta oficial, chama a operação de “soturna” e alega que pode entrar com medidas judiciais contra a companhia.

Diz ainda que tem a intenção de realizar a capitalização de R$ 210 milhões de qualquer maneira, seja contra a SPX ou contra a Mobly.

“Serve esta notificação, em primeiro lugar, para que V.Sas. no futuro não possam alegar, fingindo-se de terceiros de boa-fé, que não sabiam que o negócio que se pretende levar a diante não corresponderá ao controle da Tok&Stok caso o Judiciário e o Tribunal Arbitral venham a considerar ilegais as manobras da SPX, realizadas com a participação e conivência de V.Sas, oportunidade em que sequer lhes será concedido o direito de preferência, frustrado por um golpe do qual é indissociável”.

Ao que tudo indica, essa batalha judicial está apenas começando. Ao procurar declarações da Mobly diante dessa situação, as mesmas não foram encontradas, porém o espaço permanece aberto se a mesma sentir necessidade de expor seus pontos.

Importâncias das empresas:

Quantos espaços físicos tem a Mobly?

De acordo com a própria companhia, entre megastores, outlets e franquias (conhecidas como Mobly ZIP), a companhia já conta atualmente com mais de 20 espaços físicos, cada um com seu atrativo e decorações de todos os tipos:

Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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