Gigante no Brasil fecha fábricas e demite 20k para fugir da falência

Gigante do setor automotivo fecha fábricas, demite 20 mil para evitar falência e lança plano intensivo de sobrevivência global.

21/05/2025 9h52

6 min de leitura

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Empresa gigantesca demite cerca de 20 mil funcionários e toma demais medidas para escapar da falência no Brasil (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco/Internet/Lennita/Canva)

Gigante do setor automotivo fecha fábricas, demite 20 mil para evitar falência e lança plano intensivo de sobrevivência global

Uma das maiores empresas do mundo, gigante no Brasil, anunciou em 13 de maio de 2025 um plano de reestruturação global para conseguir fugir da falência.

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Trata-se da montadora Nissan, a qual instituiu um plano batizado de Re:Nissan, o qual prevê o fechamento de sete fábricas e a demissão de 20 mil trabalhadores até o fim do ano fiscal de 2027.

Essa estratégia representa uma tentativa explícita de evitar a falência e preservar a relevância da empresa no cenário automotivo internacional.

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A montadora japonesa acumula perdas bilionárias:

  • Apenas nos primeiros três meses de 2025, registrou um prejuízo de 200 bilhões de ienes (cerca de R$ 7,9 bilhões);
  • Porém, a meta agora é ambiciosa: economizar 500 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 19 bilhões) em comparação ao ano fiscal de 2024 e alcançar lucro operacional e fluxo de caixa positivo até o fim de 2026.

Diante disso e a partir de informações divulgadas pelo Auto Esporte e Gazeta SP, a equipe especializada em mercado automotivo do TV Foco traz o panorama dessa situação e como ela impacta o setor como um todo.

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MAS ATENÇÃO! Embora as informações abaixo estejam atualizadas com as últimas notícias, o cenário é dinâmico e pode haver desdobramentos adicionais.

Nissan vive uma crise global (Foto: Reprodução/Internet)

Cortes, encerramentos e mudança de foco

Conforme citado acima, em meio ao plano, a Nissan confirmou a programação de encerrar sete das suas 17 fábricas no mundo, embora ainda não tenha divulgado a lista completa das unidades afetadas.

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Além disso, a empresa pretende concentrar sua produção e investimentos em seis mercados considerados estratégicos:

  • Estados Unidos;
  • Japão;
  • China;
  • Europa;
  • Oriente Médio;
  • México.

Inclusive, a América Latina já começou a sentir os efeitos desse reposicionamento.

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Ainda em 2024, a empresa encerrou oficialmente as atividades das fábricas de Santa Isabel, no México, e Córdoba, na Argentina.

Ambas já operavam com baixa capacidade e tornaram-se economicamente inviáveis diante das novas metas da Nissan.

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Vendas estagnadas e ações emergenciais

Enquanto corta custos, a Nissan tenta manter o volume de vendas nos mercados onde ainda atua com força.

No Brasil, a empresa lançou campanhas comerciais agressivas, com bônus de R$ 8,5 mil e financiamentos com taxa zero para veículos novos.

A montadora também revelou seu primeiro modelo híbrido plug-in, buscando se reposicionar em um setor que caminha para a eletrificação e maior rigor ambiental.

Nissan pretende fechar certa de sete fábricas em no total (Foto Reprodução/Jady Peroni/Autoesporte)
Nissan pretende fechar certa de sete fábricas em no total (Foto Reprodução/Jady Peroni/Autoesporte)

Linha do tempo:

  • 2024: Nissan fechou fábricas em Santa Isabel (México) e Córdoba (Argentina) e sinaliza concentração de operações no México.
  • 13 de maio de 2025: Anúncio oficial do plano Re:Nissan, com metas de economia, fechamento de unidades e demissões em massa.
  • 15 de maio de 2025: Início dos protestos na Argentina e mobilização sindical contra o plano.
  • 2025–2027: Período previsto para implementação total da reestruturação global da montadora.

Qual é a situação da Nissan na Argentina?

Conforme citado na linha do tempo acima, essa reestruturação já gera reações.

Inclusive, no último dia 15 de maio, trabalhadores da planta de Córdoba, na Argentina, organizaram protestos contra o encerramento das operações, exigindo:

  • Garantias trabalhistas;
  • Transparência no processo de desligamento;
  • Compensações adequadas.

Sindicatos locais acusam a montadora de “abandonar” mercados que historicamente contribuíram para sua expansão na América do Sul.

No Brasil, a Federação Nacional dos Metalúrgicos divulgou nota oficial alertando para os riscos de desindustrialização e solicitou audiência com o Ministério do Trabalho para discutir o potencial impacto do plano Re:Nissan no país.

Fábrica da Nissan na Argentina está em clima tenso após a divulgação do encerramento de atividades (Foto Reprodução/Motor1)
Fábrica da Nissan na Argentina está em clima tenso após a divulgação do encerramento de atividades (Foto Reprodução/Motor1)

Apesar da falta de anúncios formais, o receio é de que unidades e fornecedores brasileiros entrem no radar de cortes futuros.

De acordo com o Motor 1, em abril de 2025, o clima de tensão obrigou a Nissan a estudar enviar executivos do Brasil para negociar localmente.

Não houve manifestações públicas da empresa sobre o assunto, no entanto, o espaço segue em aberto.

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Quais são os direitos dos trabalhadores demitidos da Nissan?

Com o encerramento de fábricas e demissões em massa, os trabalhadores atingidos têm direito, segundo a legislação de seus respectivos países, a uma série de garantias.

Na Argentina, a legislação trabalhista obriga a Nissan a oferecer:

  • Indenização integral por rescisão sem justa causa;
  • Pagamento proporcional de férias vencidas e proporcionais;
  • 13º salário (aguinaldo), além de eventuais verbas rescisórias específicas por tempo de serviço.

Na legislação brasileira, caso ocorram fechamentos no país, os trabalhadores têm direito a:

  • Aviso prévio indenizado ou trabalhado, de no mínimo 30 dias;
  • Multa de 40% sobre o saldo do FGTS;
  • Saque integral do FGTS;
  • Seguro-desemprego, conforme critérios de elegibilidade;
  • Verbas rescisórias integrais (férias, 13º salário, horas extras devidas etc.).

Neste contexto, os sindicatos têm papel central na mediação das demissões coletivas e podem negociar acordos específicos, buscando planos de desligamento voluntário (PDVs) ou garantias adicionais, como:

  • Extensão de convênios médicos;
  • Suporte à recolocação profissional;
  • Bonificações extras.

Inclusive, na maioria dos países afetados, os órgãos de fiscalização do trabalho acompanham os processos para verificar a legalidade e a justiça dos desligamentos, podendo intervir em caso de abusos ou descumprimentos contratuais.

Conclusão

Em suma, a Nissan aposta alto em um plano de sobrevivência agressivo que altera sua presença no mercado global.

Ao priorizar a rentabilidade e cortar operações em regiões menos lucrativas, a empresa tenta evitar a falência e retomar o fôlego financeiro.

O plano Re:Nissan impõe perdas sociais severas e amplia tensões com sindicatos e trabalhadores.

Por fim, a montadora inicia uma nova fase — incerta, porém inevitável — em sua trajetória centenária. Mas, para saber sobre mais falências e casos parecidos como esse, clique aqui. *

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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