R$ 1,3 bi de dívidas: Gigante dos brinquedos que marcou gerações pode fechar as portas em 2026

Gigante dos brinquedos corre risco de fechar após carregar uma dívida de cerca de US$ 250 milhões (equivalente a R$ 1,3 bi) e vendas em queda

10/11/2025 12h01

4 min de leitura

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Entenda o que está acontecendo com uma das mais amadas marcas de bonecos e afins (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva/GMN)

Gigante dos brinquedos corre risco de fechar após carregar uma dívida de cerca de US$ 250 milhões (equivalente a R$ 1,3 bi) e vendas em queda

Para muitos colecionadores, as crianças de ontem e adultos de hoje, o nome Funko representa muito mais do que simples bonecos de brinquedo, representa nostalgia, cultura pop transformada em arte de prateleira e um universo em que os fandoms ganhavam rosto.

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Entretanto, o impacto de uma eventual crise enfrentada pela marca deixou esse gigante em maus lençóis e com sérios riscos de fechar.

Essa notícia atingiu com tudo o coração das comunidades que se enxergam em cada figura “Pop!”.

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Pois é, de acordo com o portal Omelete, neste ano de 2025 a Funko entrou em uma fase de alerta máximo quanto a:

  • Vendas em queda;
  • Dívidas em escalada;
  • Expressa dúvida sobre sua própria continuidade.

E, se não reagir, a marca que se tornou sinônimo de colecionáveis pode encerrar atividades já em 2026.

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Entenda desde o início…

A Funko foi criada em 1998 no estado de Washington (EUA), com o objetivo de produzir brinquedos e colecionáveis de cultura pop licenciada, com figuras de vinil, acessórios e parcerias com filmes, séries, jogos.

Ao longo dos anos, a empresa ganhou terreno global, consolidou a linha “Pop!” como ícone entre os colecionadores e expandiu para acessórios, mochilas (Loungefly) e outros mercados de nicho.

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O modelo foi mais que promissor, uma vez que atingiu fandoms grandes, licenças desejadas e formatos acessíveis tanto para o público júnior quanto para os adultos apaixonados.

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Durante a década seguinte, a Funko viveu sua fase de crescimento:

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  • Ampliação de portfólio;
  • Parcerias com grandes estúdios;
  • Presença em eventos de cultura pop e loja online.

O valor da marca aumentou, os colecionáveis viraram objeto de desejo e o mercado enxergou nela uma aposta segura para o “kidult”, adultos que colecionam brinquedos.

Declínio, dívida crescente e alerta vermelho

Contudo, desde 2022/2023 a empresa começou a enfrentar ventos contrários. No seu relatório de terceiro trimestre de 2025, a Funko registrou vendas líquidas de US$ 250,9 milhões, uma queda de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No segundo trimestre de 2025, as vendas foram de US$ 193,5 milhões, recuo de 21,9% frente ao ano anterior.

De acordo com o portal Morningstar, 30 de junho de 2025, a dívida total da empresa era de aproximadamente US$ 256,6 milhões.

Levando em conta que a cotação do dólar está a R$5,20, a dívida convertida em Real dá o equivalente a R$ 1,3 bilhão.

A empresa admitiu que existem “dúvidas substanciais” quanto à sua capacidade de continuar como negócio em funcionamento nos próximos doze meses, segundo documentos de divulgação.

As causas declaradas incluem:

  • Queda de demanda por colecionáveis;
  • Aumento de tarifas de importação;
  • Custos logísticos;
  • Estoques elevados;
  • Necessidade de renegociação de crédito.

Além disso, a concorrência crescente, mudança no perfil de consumo (mais digital, menos físico) e licenças mais caras ou saturadas contribuíram para reduzir margens.

A empresa reagiu cortando linhas de produtos menos lucrativas, focando em itens menores (como os “Bitty Pops”), caixas-surpresa e kits de customização (“Pop Yourself”) e renegociando dívidas, conforme exposto pelo portal Omelete.

Inclusive, vale destacar que essa estratégia aparece também nas comunicações públicas da companhia.

O lado da empresa

A Funko, em comunicado ainda no dia 6 de março de 2025, reportou o resultado do ano encerrado em 31 de dezembro de 2024: vendas líquidas de US$ 1,049 bilhão, com prejuízo líquido de US$ 14,7 milhões, conforme podem ver por aqui. *

A empresa afirmou nessa nota que, apesar das perdas, “posicionou o negócio para o sucesso de longo prazo”, reforçando que fortaleceu margem bruta, reduziu dívidas e manteve foco em licenciamentos.

No entanto, nos comunicados relativos aos trimestres de 2025, a Funko admitiu que o ambiente está “desafiador”, com pressões externas e necessidade de financiamento extra para evitar inadimplência- Veja aqui*.

No entanto, vale deixar claro que NÃO há, até o momento, nenhuma declaração pública de que a empresa tenha solicitado proteção formal contra falência.

Além disso, não encontramos manifestações extras sobre o caso, porém, o espaço segue em aberto para qualquer atualização quanto ao cenário exposto.

A Funko pode se salvar?

Conforme citamos logo no início desse texto, caso a Funko não consiga virar o jogo até 2026, a marca pode fechar ou ser vendida.

O que representaria um choque para fãs, revendedores, colecionadores e licenciantes.

Ou seja, para quem tem bonecos Funko Pop!, isso significa:

  • Risco de que linhas futuras não sejam produzidas;
  • Suporte a produtos existentes torne-se limitado;
  • Valor de revenda se volatilize;
  • Etc.

Por fim, o que nos resta é aguardar pelos próximos capítulos e torcer para que essa marca tão amada por muitos consiga dar a volta por cima, apesar dos desafios enfrentados e dos que ainda estão por vir.

Mas, para saber mais casos similares como esse, clique aqui*.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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