Gigante dos brinquedos corre risco de fechar após carregar uma dívida de cerca de US$ 250 milhões (equivalente a R$ 1,3 bi) e vendas em queda
Para muitos colecionadores, as crianças de ontem e adultos de hoje, o nome Funko representa muito mais do que simples bonecos de brinquedo, representa nostalgia, cultura pop transformada em arte de prateleira e um universo em que os fandoms ganhavam rosto.
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Entretanto, o impacto de uma eventual crise enfrentada pela marca deixou esse gigante em maus lençóis e com sérios riscos de fechar.
Essa notícia atingiu com tudo o coração das comunidades que se enxergam em cada figura “Pop!”.
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Pois é, de acordo com o portal Omelete, neste ano de 2025 a Funko entrou em uma fase de alerta máximo quanto a:
- Vendas em queda;
- Dívidas em escalada;
- Expressa dúvida sobre sua própria continuidade.
E, se não reagir, a marca que se tornou sinônimo de colecionáveis pode encerrar atividades já em 2026.
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Entenda desde o início…
A Funko foi criada em 1998 no estado de Washington (EUA), com o objetivo de produzir brinquedos e colecionáveis de cultura pop licenciada, com figuras de vinil, acessórios e parcerias com filmes, séries, jogos.
Ao longo dos anos, a empresa ganhou terreno global, consolidou a linha “Pop!” como ícone entre os colecionadores e expandiu para acessórios, mochilas (Loungefly) e outros mercados de nicho.
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O modelo foi mais que promissor, uma vez que atingiu fandoms grandes, licenças desejadas e formatos acessíveis tanto para o público júnior quanto para os adultos apaixonados.
Durante a década seguinte, a Funko viveu sua fase de crescimento:
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- Ampliação de portfólio;
- Parcerias com grandes estúdios;
- Presença em eventos de cultura pop e loja online.
O valor da marca aumentou, os colecionáveis viraram objeto de desejo e o mercado enxergou nela uma aposta segura para o “kidult”, adultos que colecionam brinquedos.
Declínio, dívida crescente e alerta vermelho
Contudo, desde 2022/2023 a empresa começou a enfrentar ventos contrários. No seu relatório de terceiro trimestre de 2025, a Funko registrou vendas líquidas de US$ 250,9 milhões, uma queda de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No segundo trimestre de 2025, as vendas foram de US$ 193,5 milhões, recuo de 21,9% frente ao ano anterior.
De acordo com o portal Morningstar, 30 de junho de 2025, a dívida total da empresa era de aproximadamente US$ 256,6 milhões.
Levando em conta que a cotação do dólar está a R$5,20, a dívida convertida em Real dá o equivalente a R$ 1,3 bilhão.
A empresa admitiu que existem “dúvidas substanciais” quanto à sua capacidade de continuar como negócio em funcionamento nos próximos doze meses, segundo documentos de divulgação.
As causas declaradas incluem:
- Queda de demanda por colecionáveis;
- Aumento de tarifas de importação;
- Custos logísticos;
- Estoques elevados;
- Necessidade de renegociação de crédito.
Além disso, a concorrência crescente, mudança no perfil de consumo (mais digital, menos físico) e licenças mais caras ou saturadas contribuíram para reduzir margens.
A empresa reagiu cortando linhas de produtos menos lucrativas, focando em itens menores (como os “Bitty Pops”), caixas-surpresa e kits de customização (“Pop Yourself”) e renegociando dívidas, conforme exposto pelo portal Omelete.
Inclusive, vale destacar que essa estratégia aparece também nas comunicações públicas da companhia.
O lado da empresa
A Funko, em comunicado ainda no dia 6 de março de 2025, reportou o resultado do ano encerrado em 31 de dezembro de 2024: vendas líquidas de US$ 1,049 bilhão, com prejuízo líquido de US$ 14,7 milhões, conforme podem ver por aqui. *
A empresa afirmou nessa nota que, apesar das perdas, “posicionou o negócio para o sucesso de longo prazo”, reforçando que fortaleceu margem bruta, reduziu dívidas e manteve foco em licenciamentos.
No entanto, nos comunicados relativos aos trimestres de 2025, a Funko admitiu que o ambiente está “desafiador”, com pressões externas e necessidade de financiamento extra para evitar inadimplência- Veja aqui*.
No entanto, vale deixar claro que NÃO há, até o momento, nenhuma declaração pública de que a empresa tenha solicitado proteção formal contra falência.
Além disso, não encontramos manifestações extras sobre o caso, porém, o espaço segue em aberto para qualquer atualização quanto ao cenário exposto.
A Funko pode se salvar?
Conforme citamos logo no início desse texto, caso a Funko não consiga virar o jogo até 2026, a marca pode fechar ou ser vendida.
O que representaria um choque para fãs, revendedores, colecionadores e licenciantes.
Ou seja, para quem tem bonecos Funko Pop!, isso significa:
- Risco de que linhas futuras não sejam produzidas;
- Suporte a produtos existentes torne-se limitado;
- Valor de revenda se volatilize;
- Etc.
Por fim, o que nos resta é aguardar pelos próximos capítulos e torcer para que essa marca tão amada por muitos consiga dar a volta por cima, apesar dos desafios enfrentados e dos que ainda estão por vir.
Mas, para saber mais casos similares como esse, clique aqui*.
