Marca de bebidas de Recife luta para sobreviver após pandemia
Neta sexta-feira, 25, traremos todos os detalhes sobre uma marca gigante das bebidas de Recife, no Pernambuco, que luta para sobreviver.
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No dia 22 de dezembro de 2024, o portal Marco Zero contou a história de José Pinheiro, dono do Chá Mate Brasília, o último estabelecimento do gênero no centro do Recife.
Chá Mate Brasília
Inaugurado em 1984, o Chá Mate Brasília é o mais duradouro e bem-sucedido do falecido Manoel Pinheiro da Silva, o pai de José Pinheiro.
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Antes, entre 1973 e o início da década de 1980, Manoel teve duas lanchonetes na rua Siqueira Campos:
- Columbia Lanches;
- Lanchonete Popular.
Os estabelecimentos serviam sanduíches, sucos, refrigerantes e salgados, e tornaram-se populares em Recife. Porém, agora, estão fechados.
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José Pinheiro
José Pinheiro começou a trabalhar na lanchonete Popular com apenas 14 anos. Na época, ele havia pedido uma câmera para o pai.
Porém, o pai ofereceu um emprego para o herdeiro conseguir comprar uma câmera Yashica MF-1, para ser bem exato.
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“Se quiser a máquina, você mesmo pode trabalhar na lanchonete e comprar com seu dinheiro”, lembrou o filho ao portal Marco Zero.
Em seguida, José Pinheiro continuou o trabalho para continuar a comprar outros aparelhos e presenciou o nascimento da casa de mate.
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Nascimento da marca de bebidas
No início dos anos 2000, um ex-funcionário do Dunga Mate ensinou Manoel a fazer o chá a partir das folhas secas e tostadas da erva-mate.
Desse modo, Manoel alugou mais uma loja no térreo do edifício Brasília e contou com a ajuda de Gilvan Trajano da Silva para fazer o Chá Mate Brasília decolar.
Crescimento e dificuldades
Os rostos por trás do balcão são velhos conhecidos dos clientes, que fazem com que o movimento continue.
Gilvan, um dos criadores do Mate Brasília, continua firme ao lado de Zé, mesmo aos 68 anos.
Reginaldo e Marcos também estão na equipe há mais de três décadas.
Essa relação de longa data com a clientela é um dos motivos que explica a fidelidade do público — que, mesmo com o centro do Recife esvaziado, ainda compram a bebida.
“Compro as folhas secas e cozinho de madrugada, assim que chego”, explica Zé.
Dificuldade para se manter
Porém, faltou pouco para o Mate Brasília fechar as portas durante a pandemia da Covid-19.
“Havia uma saca aberta. Fechei tudo e deixamos as mercadorias aí”, disse o comerciante.
Além disso, na época da reabertura, alguns alimentos, como a farinha, estavam estragados e não havia como repor devido a falta de dinheiro.
“Só pude pagar a última semana de trabalho dos funcionários porque a dona do self-service da frente me emprestou R$ 1 mil e nem fez questão de juros na hora de receber. Fui para casa com R$ 100 no bolso. Eu e minha esposa só não passamos fome porque minha sogra é funcionária pública e fazia a nossa feira”, disse José.
Comércio de bebidas ainda está ativo em Recife?
Por fim, José, preso à rotina do comércio, não consegue participar das reuniões do Recentro, o programa da prefeitura do Recife que pretende revitalizar o centro da cidade.
Desse modo, seu irmão está participando dos encontros para elaborar os projetos para o entorno da avenida Guararapes.
“Até agora não vi nada de concreto, mas a prefeitura fez uma postagem no Instagram que ajudou um pouco, trouxe freguesia. O importante mesmo seria ter acesso a crédito, pois, desde a pandemia, estamos sem capital de giro”, sonha José Pinheiro.
Considerações finais
Em suma, a Columbia Lanches e a Lanchonete Popular, ambas criadas por Manoel Pinheiro da Silva, fecharam nos últimos anos após o surgimento do Chá Mate Brasília.
Hoje, é seu filho José quem mantém viva a última unidade da marca, resistindo com esforço em meio à baixa circulação de moradores no centro do Recife.
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