Todas as portas fechadas: Gigante do lar anuncia fim depois de 80 anos

Uma das maiores varejistas com foco em itens para o lar e decoração anuncia fim depois de 80 anos de atividades e encerra todas as lojas.

26/06/2025 6h00

5 min de leitura

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Loja amada de tecidos e itens para o lar fecha as portas após 80 anos (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/GMN)

Uma das maiores varejistas com foco em itens para o lar e decoração anuncia fim depois de 80 anos e encerra as atividades de todas as lojas

E uma rede norte-americana, tradicionalmente ligada ao universo doméstico, anunciou o encerramento definitivo de suas operações após mais de oito décadas de atividade.

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Conhecida por oferecer materiais de costura, artesanato e decoração, a empresa pediu falência e iniciou o fechamento de todas as suas lojas físicas nos Estados Unidos, encerrando uma história profundamente ligada ao cotidiano de milhares de donas de casa e entusiastas do “faça você mesmo”.

Trata-se da Joann, cujo colapso chegou como uma verdadeira bomba, principalmente para essas consumidoras.

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Sendo assim, a partir de informações divulgadas pelo portal Em Foco e Wiki, a equipe especializada em economia do TV Foco traz mais detalhes desse adeus impactante.

Joann teve a falência decretada (Foto: Divulgação)
Joann é um dos nomes mais fortes em tecidos e artigos de decoração (Foto: Reprodução/Internet)

Ascensão de uma marca familiar:

A trajetória da Joann começou em 1943, em Cleveland, Ohio, quando três casais fundaram uma modesta loja de tecidos.

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Com o tempo, a empresa expandiu suas atividades e conquistou espaço no mercado nacional.

A partir dos anos 80, a marca acelerou sua presença nos Estados Unidos, chegando a mais de 800 lojas em operação.

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Tornou-se um destino recorrente para famílias interessadas em trabalhos manuais e consolidou-se como um nome de confiança entre consumidores que buscavam qualidade e variedade em artigos para:

  • Costura;
  • Bordado;
  • Artesanato.

Mais do que um comércio varejista, a Joann assumiu papel cultural nos Estados Unidos. As lojas funcionavam como verdadeiros pontos de encontro para costureiras, artesãos e professores.

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Famílias inteiras mantinham vínculos com a marca, que frequentemente servia como porta de entrada para o aprendizado de técnicas manuais.

Com um ambiente acolhedor e apelo nostálgico, a rede atraiu tanto consumidores comuns quanto figuras públicas, mantendo-se relevante por décadas.

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Joann prezava pelo faça você mesmo (Foto Reprodução/Facebook)
Joann carregava a identidade do “faça você mesmo” (Foto: Reprodução/Facebook)

Altos e quedas:

Durante a pandemia de COVID-19, a Joann viveu um curto período de alta.

Afinal de contas, com mais pessoas em casa, houve um aumento na demanda por materiais voltados ao “faça você mesmo”.

O crescimento, no entanto, foi pontual e mascarou problemas sérios.

A empresa enfrentou aumentos de custo, gargalos logísticos e dificuldades para sustentar margens de lucro.

Ao fim das restrições sanitárias, não conseguiu se adaptar aos novos hábitos de consumo, cada vez mais digitais, nem resistir à concorrência acirrada de grandes marketplaces.

Primeira tentativa de recuperação:

Em março de 2024, a Joann entrou com um pedido de proteção judicial para reestruturar suas dívidas, que somavam cerca de 505 milhões de dólares:

  • O processo foi concluído em pouco mais de um mês, e a empresa emergiu como companhia privada, sob o controle de credores.
  • As lojas foram mantidas, e os empregos, preservados. Internamente, no entanto, as dificuldades operacionais persistiram.
  • As tentativas de modernização não foram suficientes para garantir a sobrevivência da estrutura física.

Segunda falência e liquidação definitiva:

Em janeiro de 2025, menos de um ano após a primeira recuperação, a Joann recorreu novamente à Justiça com um novo pedido de falência.

Inicialmente, a estratégia previa o fechamento de cerca de 500 lojas e a manutenção das demais.

No entanto, o leilão de ativos terminou com a vitória de um grupo de credores e da GA Group, empresa especializada em liquidações.

A decisão foi clara: todas as unidades físicas seriam encerradas e os ativos, vendidos.

Entre março e maio de 2025, a rede iniciou um processo agressivo de liquidação, com descontos que chegaram a 90% em tecidos, máquinas de costura e mobiliário.

A operação online também foi descontinuada e, ao final de maio, todas as lojas haviam fechado.

Infelizmente, o impacto foi imediato:

  • Milhares de demissões;
  • Perda de fornecedores;
  • Fim de uma referência histórica no varejo de produtos artesanais.
Joann passou por duas tentativas frustradas de recuperação (Foto Reprodução/Facebook)
Joann passou por duas tentativas frustradas de recuperação (Foto Reprodução/Facebook)

Posicionamento da empresa:

Em comunicado divulgado durante o processo de falência, a direção da Joann afirmou que fez “todos os esforços possíveis” para manter as operações e proteger empregos“.

Além disso, a nota responsabilizou “condições de mercado desafiadoras” e mudanças no comportamento do consumidor pelo insucesso da reestruturação.

Mas, até o momento, nenhum executivo da empresa concedeu entrevista pública sobre o encerramento ou eventuais planos futuros.

Qual deve ser o desfecho da marca Joann?

Em junho de 2025, a concorrente Michaels adquiriu os direitos sobre a propriedade intelectual da Joann, incluindo marcas próprias e parte da estrutura digital.

A Michaels declarou que pretende incorporar os produtos mais populares da Joann à sua própria operação, mas não há qualquer indicação de reabertura de lojas físicas ou relançamento da marca original.

Conclusão:

Em suma, o fim da Joann simboliza o colapso de um modelo de varejo que não conseguiu se reinventar diante das mudanças de mercado.

A marca, que durante décadas alimentou a criatividade de milhões de consumidores, encerra sua jornada de forma silenciosa.

Seu legado, no entanto, permanece na memória de quem aprendeu a criar com agulhas, linhas e imaginação. Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências, retomadas e muito mais, clique aqui*.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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