“Forçada a encerrar”: Gigante nº1 dos cinemas em todos os shoppings está à beira da falência em 2025

Crise financeira ameaça gigante nº 1 das telas de cinema e a obriga a encerrar atividades, causando tristeza aos amantes da sétima arte
E 2025 não está sendo fácil para os amantes da sétima arte… Isso porque uma gigante histórica da indústria cinematográfica está à beira da falência após enfrentar uma série de adversidades financeiras.
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Trata-se da Technicolor, gigante nº1 e reconhecida mundialmente pelo impacto inovador que trouxe ao cinema de todos os shoppings e avenidas movimentadas, especialmente no campo dos efeitos visuais (CGI).
A empresa agora luta para encontrar uma solução viável para sua continuidade.
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Afinal de contas, a sua falência representaria um golpe devastador para os profissionais da área de efeitos visuais e para diversos projetos de grande porte que ainda estão por vir.
A equipe de economia do TV Foco, com base em informações dos portais Cinepop e Wiki, traz abaixo mais detalhes desse colapso e qual deve ser o futuro desse importante nome para a indústria da arte.
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Cambaleando
Ainda em fevereiro de 2025, a Technicolor anunciou, por meio de comunicado, que estava enfrentando uma grave crise financeira.
A empresa não conseguiu assegurar uma trajetória sustentável e, como resultado, notificou seus funcionários nos Estados Unidos sobre a possibilidade de encerramento das operações, conforme exigido por leis trabalhistas para grandes empresas.
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Ou seja, caso essa falência se concretize, milhares de trabalhadores na área de efeitos visuais seriam diretamente impactados.
A empresa é proprietária de várias marcas importantes, como:
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- MPC (Motion Picture Company);
- The Mill e Mikros Animation.

Infelizmente, apesar da sua relevância, ela não conseguiu superar os:
- Desafios impostos pela pandemia;
- Avanços tecnológicos disruptivos;
- Crescente competição.
Apesar de esforços exaustivos de reestruturação, discussões com investidores e tentativas de aquisição, a Technicolor reconheceu que sua situação atual não oferece um caminho viável para sua sobrevivência.
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Os projetos em andamento, como as produções de “Branca de Neve” e “Lilo & Stitch” da Disney, correm risco.
A conclusão de tais trabalhos dependerá agora de possíveis transferências para outros fornecedores de efeitos visuais ou da intervenção de novos investidores dispostos a assumir esses compromissos.
Coisa de cinema!
Para entender a magnitude da crise enfrentada pela Technicolor, é importante refletir sobre sua contribuição vital para a indústria cinematográfica.
Abaixo, destacamos os principais marcos dessa trajetória histórica que transformou a empresa em um ícone mundial:
- Início e inovações técnicas (1915 – 1930)
A Technicolor foi fundada ainda em 1915 e logo se destacou ao criar os primeiros processos eficazes de coloração de filmes, revolucionando a indústria cinematográfica.
No fim da década de 30, a empresa introduziu o sistema de cores de três camadas, uma inovação que se tornou a base para a filmagem colorida no cinema, com clássicos como O Mágico de Oz e E o Vento Levou.

Evolução:
- Expansão e contribuição para a era digital (1990 – 2000)
Durante as décadas de 90 e 2000, a Technicolor se expandiu para além do campo da coloração, oferecendo soluções inovadoras de efeitos visuais digitais (VFX).
A empresa foi fundamental na produção de filmes como Gladiador (2000) e Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001), utilizando tecnologia de ponta para criar efeitos de ação e fantasia imersivos que marcaram a nova era do cinema.

- Liderança ímpar (2010 – 2020)
Nos anos 2010, a Technicolor, através de sua divisão MPC, consolidou-se como uma das líderes em CGI para grandes produções.
A MPC foi responsável pelos efeitos visuais de filmes como O Rei Leão (2019) e O Livro da Selva (2016), ambos remakes de clássicos da Disney que mostraram o poder do CGI ao criar realismo digital em animações.

A empresa também teve uma contribuição fundamental para filmes como A Vida de Pi (2012) e Avatar (2009), que estabeleciam novos padrões de realidade virtual e imersão no cinema.
Comunicado:
Através de um comunicado, a empresa afirmou:
“A Technicolor tem enfrentado sérios desafios financeiros. Apesar dos esforços exaustivos — incluindo iniciativas de reestruturação, discussões com investidores potenciais e a exploração de oportunidades de aquisição —, não conseguimos garantir um caminho viável para o futuro.
Infelizmente, isso nos deixa sem alternativa a não ser reconhecer que a empresa pode ser forçada a encerrar suas atividades”.
Qual deve ser o futuro da Technicolor e o que ela está fazendo para sair da crise?
Conforme mencionado, nos últimos anos, a Technicolor passou por uma série de reestruturações após a crise financeira global e mudanças no mercado de mídia digital.
Tanto é que, de acordo com o portal Nexo Jornal, a maioria dos seus escritórios já foram encerrados como:
- Estados Unidos;
- Canadá;
- Reino Unido;
- Índia
Além disso, a divisão de jogos, Technicolor Games, foi adquirida pela TransPerfect, garantindo a continuidade das suas operações.
Inclusive, projetos como os live-actions de Branca de Neve e Lilo & Stitch estão entre os últimos empreendimentos da empresa.
A Technicolor, com sede em Paris, está atualmente em um processo intenso de negociações e busca de uma solução para garantir sua continuidade.
Isso inclui a possibilidade de uma venda integral da empresa ou a negociação separada de suas divisões, como a MPC, The Mill e Mikros Animation, que possuem grande relevância no mercado de efeitos visuais.
Além disso, a empresa ainda está envolvida com projetos significativos da Disney e de outras grandes produções.
O que pode servir como um trunfo para sua recuperação, caso consiga encontrar um investidor interessado em assumir suas operações.
Ou seja, a continuidade dos trabalhos pendentes, como Branca de Neve e Lilo & Stitch, dependerá de como as negociações com novos parceiros ou aquisições evoluíram nas próximas semanas.
Conclusão
Em suma, a possível falência da Technicolor é um golpe para a indústria do cinema, que perde uma de suas maiores impulsionadoras de inovações tecnológicas.
Se a empresa fechar suas portas, as consequências para os trabalhadores da área de efeitos visuais e para os projetos em andamento serão dramáticas.
Contudo, a situação também serve como uma lição sobre os desafios que empresas tradicionais enfrentam diante de novas demandas e da aceleração tecnológica.
O futuro da Technicolor, embora incerto, continua a ser uma questão crucial para o setor de entretenimento. Mas, para saber mais sobre outros bancos e histórias como essa, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.