O sonho acabou: Gigante rede de cinema pede pela falência e corre risco de extinção em 2025

Triste notícia para os cinéfilos: Uma das maiores redes de cinema entra em colapso e pode desaparecer em 2025.

26/06/2025 6h30

5 min de leitura

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Rede de cinema corre risco de extinção após colapso (Foto Reprodução/Montagem/TV Foco/Canva/Freepik)

Triste notícia para os cinéfilos: Uma das maiores redes de cinema entra em colapso e pode desaparecer em 2025

E uma rede de cinema, muito amada por milhares de cinéfilos, pode estar à beira da extinção em 2025 após pedido de falência diante de algumas adversidades, dando aquela sensação de “o sonho de continuar sendo uma das maiores acabou”.

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Trata-se da Cineworld, considerada um colosso global da exibição cinematográfica e segunda maior cadeia de cinemas do mundo.

Mesmo com presença consolidada em países como Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Israel e diversas nações europeias, infelizmente a empresa entrou em processo de falência.

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Mas, a sua derrocada se deu por uma combinação de fatores:

  • Mudanças no comportamento do público;
  • Colapso provocado pela pandemia;
  • Decisões financeiras que levaram a companhia a um nível insustentável de endividamento.

Assim, a equipe de economia do TV Foco, com base em informações do portal O Antagonista, traz abaixo mais detalhes desse colapso e qual deve ser o desfecho dessa grande rede.

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Os cinemas Cineworld existem em diversas localidades do mundo (Foto: Reprodução/The Guardian)

Uma derrocada silenciosa:

O primeiro golpe severo contra a Cineworld veio com a pandemia de COVID-19.

Em março de 2020, a empresa suspendeu as atividades em todos os seus complexos no Reino Unido e nos Estados Unidos.

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Inclusive, os cinemas permaneceram fechados por meses e, durante esse período, o mercado de streaming cresceu de forma exponencial:

  • Os grandes estúdios adiaram ou redirecionaram seus lançamentos para plataformas digitais;
  • O hábito do consumidor mudou de forma abrupta.

Com receitas comprometidas e compromissos financeiros acumulados, a Cineworld mergulhou em uma crise de liquidez.

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Em setembro de 2022, a empresa entrou com pedido de proteção contra falência (o chamado Chapter 11) nos Estados Unidos.

Na época, o passivo declarado ultrapassava US$ 4,8 bilhões.

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A medida buscava preservar as operações enquanto a empresa tentava reestruturar suas dívidas com credores internacionais.

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Tentativas de sobrevivência da Cineworld:

Ao longo de 2023, a Cineworld conduziu um processo complexo e global de reestruturação.

Em abril, apresentou um plano para reduzir seu endividamento em quase US$ 4,5 bilhões, captar recursos para manter as atividades e renegociar contratos com locadores e fornecedores.

A Justiça norte-americana aprovou a proposta, que previa também a entrada de novos acionistas e o cancelamento da listagem da empresa na Bolsa de Londres.

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Cineworld chegou a ter uma redução drástica de unidades (Foto: Reprodução/Internet)

A partir de julho de 2023, a Cineworld emergiu oficialmente do processo de falência, sob novo comando executivo.

Eduardo Acuna, ex-presidente da Cinépolis nas Américas, assumiu a presidência do grupo.

A expectativa era de que uma gestão mais enxuta, aliada a investimentos estratégicos em tecnologia e experiência do público, pudesse iniciar a recuperação da empresa.

Redução drástica nas unidades da Cineworld:

O ano de 2024 foi marcado por uma sequência de cortes e ajustes. Em julho, a Cineworld anunciou o fechamento de seis complexos de cinema no Reino Unido, em cidades como:

  • Glasgow;
  • Swindon;
  • Loughborough.

Em outubro, cancelou a abertura prevista de uma nova unidade em Colchester. No fim do ano, mais seis salas foram encerradas, incluindo operações em:

  • Castleford;
  • Leigh;
  • Northampton.

A empresa justificou as decisões como parte de um “reposicionamento operacional necessário”, diante de contratos inviáveis com locadores e baixa rentabilidade de determinadas unidades.

No entanto, o movimento não foi bem recebido por parte dos proprietários de imóveis, que tentaram barrar judicialmente o plano de reestruturação.

Ainda assim, a Justiça britânica validou o processo em setembro de 2024.

Na ocasião, a companhia divulgou nota pública afirmando que a aprovação era “um passo essencial para garantir a sustentabilidade do grupo no Reino Unido e preservar empregos e investimentos no setor de exibição cinematográfica”.

Desde então, não houve novos pronunciamentos de executivos sobre o futuro das operações.

Em que situação está a Cineworld agora?

Em abril de 2025, menos de dois anos após emergir da primeira falência, a Cineworld admitiu que voltava a enfrentar “pressões significativas de liquidez” e estudava novas alternativas para reequilibrar suas finanças.

Entre as possibilidades consideradas está um segundo pedido de proteção judicial nos Estados Unidos.

Até o momento, não houve manifestações públicas da direção da empresa detalhando os planos em curso ou apresentando uma estratégia concreta para evitar o colapso.

Credores e analistas do setor avaliam que, diante do cenário atual e do avanço contínuo das plataformas digitais, a Cineworld pode não resistir até o fim de 2025.

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Cineworld continua ativa mesmo ainda correndo o risco de fechar de vez (Foto: Reprodução/ Internet)

No entanto, as operações continuam ativas, mas sob forte vigilância do mercado, com risco iminente de encerramento em diversos países.

Além disso, Relatórios de agências de classificação de risco (como a S&P Global Ratings em maio de 2025) indicam que, apesar de um primeiro trimestre fraco em 2025 (com receita 13% menor que no ano anterior), a expectativa é que a Cineworld melhore sua performance financeira em 2025 e 2026.

Eles esperam que o fluxo de caixa operacional livre (FOCF) se torne positivo a partir de 2026, com investimentos significativos em 2025 que foram pré-financiados por uma injeção de capital de acionistas em 2024.

Conclusão:

Em suma, a Cineworld não conseguiu se adaptar à velocidade das transformações do mercado e aos efeitos prolongados da pandemia.

Entretanto, mesmo após sair da falência em 2023, a empresa seguiu perdendo fôlego.

Ou seja, sem uma estratégia clara de recuperação e pressionada por dívidas, a rede vive hoje à beira da extinção.

A possível segunda falência, caso confirmada, pode marcar o fim de uma das maiores redes de cinema do planeta. Mas, para saber mais sobre outros bancos e histórias como essa, clique aqui*.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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