
Diego Hypolito (Reprodução/Instagram)
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Pela primeira vez, o ginasta olímpico, Diego Hypolito resolveu falar abertamente sobre a sua homossexualidade, e se assumiu gay em depoimento publicado pelo portal UOL.
“Eu vivi a solidão de não ter ninguém com quem eu pudesse compartilhar os dilemas de ser uma pessoa gay numa sociedade preconceituosa. Por mais que todo mundo tenha a impressão de que tem muito gay na ginástica, não tem. Todo mundo me zoava, zombava do meu jeito. Eu tinha o sonho de conseguir uma medalha olímpica e faria de tudo para chegar lá, até esconder quem eu era. Eu tinha certeza que se um dia eu saísse do armário publicamente, perderia patrocínios e minha carreira seria prejudicada”, disse o atleta.
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Aos 19 anos, Diego contou que se atentou para a sua orientação, porém só se assumiu para a família quase dez anos depois, aos 28 anos, em 2014. “Foram anos e muita terapia, além da proximidade com outras pessoas gays, para que eu chegasse nesse ponto de ter a coragem de falar abertamente sobre a minha sexualidade. Acho que meu exemplo pode fazer com que muitos garotos que hoje estão sofrendo deixem de sofrer”, falou.
“Esse era o último fantasma que eu precisava espantar de dentro de mim. (…) Nunca mais vou deixar de viver o que eu sou. Eu sou gay”, finalizou Hypolito. Veja o depoimento do ginasta completo – Clicando aqui!
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Abuso
O atleta Diego Hypólito esteve no Pânico na Jovem Pan nesta quarta-feira (09) e falou sobre diversos assuntos, inclusive sobre o abuso sofrido.
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“Eu não tenho problema nenhum em falar. Se a gente não expor todas as situações que eram presas, que eu também não tinha coragem de falar, acaba que muitas pessoas passam por isso. Eu percebi que depois que eu expus muitas pessoas me procuraram e era como seu eu ajudasse elas a se libertarem, porque por serem situações que nos causam vergonha, deixa a gente muito oprimido e o esporte por trabalhar a saúde, geralmente oprime muito a criança pois as vezes ela não quer contar alguma coisa para os pais, porque eles se sacrificaram para você estar ali, então acaba mudando muito a formação da criança”, contou.
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“Eu jamais imaginei que eu teria coragem de expor essas situações que aconteceram comigo, que está sendo exposta mundialmente, muita gente perguntando também porque eu nunca falei. Eu fiquei muitas vezes com esse fantasma na minha cabeça, mas com a exposição do Fernando me deu uma revolta muito grande e a vontade de contar o que aconteceu quando eu era criança”, relatou o ginasta.
“As crianças são simplesmente vítimas, a gente só conhece as pessoas pela convivência com elas. A gente julga muitas vezes pela aparência e não pensa o que a pessoa passa e o que ela é. A gente se sente tão oprimido que não tem vontade de fazer absolutamente nada. Hoje eu não tenho vergonha de expor tudo isso porque eu penso: o que que eu perco hoje com isso? Ninguém mais vai me ameaçar. O mundo só tem crítico, tem pouquíssimos incentivadores”, desabafou.