Globo tem grade esburacada, vê fenômeno de 200 milhões evaporar e apela para o que mais odeia no horário nobre

A Vênus Platinada usará reprises para suprir a ausência dos desfiles das escolas de samba

Há dois anos sem uma de suas atrações mais rentáveis, a Globo tomou uma medida drástica para cobrir um “buraco” no horário nobre de sua programação. Sem os desfiles de carnaval, no final de fevereiro, a emissora vai apostar em reprises de programas temáticos sobre a folia.

De acordo com o Notícias da TV, por conta do adiamento dos desfiles das escolas de samba, tanto no Rio, como em São Paulo, a Globo vai reexibir edições do ‘Seleção do Samba’, que foram ao ar ainda em 2021.

A decisão da Platinada seria impensável nos últimos anos, já que a alta cúpula da Globo sempre repudiou reprises no horário nobre. No entanto, a medida se fez necessária por conta da pandemia do Coronavírus e evitou uma debandada de audiência desde 2020.

Além disso, a reportagem do NTV aponta que a emissora tem se usado das reexibições do programa para tentar desencalhar as cotas comerciais das transmissões dos desfiles, que estão marcados para o final de abril, tanto em SP como no RJ.

Haverá uma edição especial para que todos os episódios produzidos caibam na programação da Globo. Por causa disso, a sessão Corujão será cancelada entre os dias 25 e 28 de fevereiro.

A atração teve duas versões, uma com Luís Roberto com as escolas cariocas e outra com Chico Pinheiro, comandando as escolas paulistas.

Luis Roberto e Chico Pinheiro comandaram as duas versões do Seleção do Samba que voltará ao ar no final do mês- Foto: Montagem

GLOBO ALMEJA LUCRO MILIONÁRIO COM PATROCINADORES DO CARNAVAL

Para se ter uma ideia da importância financeira que os desfiles de Carnaval tem para a Globo, em 2019, de acordo com o site Meio & Mensagem a Platinada faturou 200 milhões de reais somente com as cotas comerciais da folia.

O montante foi dividido por seis anunciantes, que desembolsaram cerca de 30 milhões de reais para anunciarem nas transmissões da rede.

Três anos depois, o cenário é bem diferente e a emissora tem visto os patrocinadores “evaporarem” a medida que a realização dos desfiles fica ainda mais incerta por conta das restrições da pandemia.