Nem R$1631, nem R$1627: Governo Lula bate o martelo e confirma novo valor do salário mínimo para 2026 hoje (10/12)

Governo confirma novo valor do salário mínimo para 2026
Nesta quarta-feira, 10, o Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou que o novo valor do salário mínimo será de R$ 1.621 em 2026. Desse modo, o valor será de R$ 103 acima dos atuais R$ 1.518.
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Primeiramente, o novo valor segue as regras de correção vigentes do piso nacional. O cálculo leva em conta dois fatores:
- Inflação acumulada em 12 meses até novembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registrou alta de 4,18%, de acordo com o IBGE
- Crescimento real do PIB de dois anos antes. Para o reajuste de 2026, vale o PIB de 2024, que cresceu 3,4%
No entanto, Luiz Inácio Lula da Silva aprovou, no ano passado, que o ganho real do salário mínimo deve ser limitado a 2,5%, conforme as regras do novo arcabouço fiscal.
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Desse modo, o cálculo final considera a inflação de 4,18% mais o aumento real de 2,5%, respeitando esse teto.
O reajuste, de 6,79% será aplicado a partir de janeiro de 2026. Ou seja, o novo valor cairá na conta do trabalhador em fevereiro.
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Proposta do Governo para o salário mínimo de 2026
No início de dezembro, o governo federal revisou sua projeção oficial para o salário mínimo de 2026. A estimativa anterior, de R$1.631, caiu para R$ 1.627, uma redução de R$ 4.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a redução ocorreu porque o governo passou a esperar uma inflação mais baixa.
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No entanto, o governo federal estabeleceu o valor do salário mínimo em R$ 1.621, abaixo de ambas expectativas.
Como o salário mínimo afeta outras áreas?
De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o piso nacional é referência para 59,9 milhões de brasileiros.
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Além do pagamento ao trabalhador CLT, o piso nacional influencia diretamente diversos benefícios, programas e contribuições, como:
- Aposentadoria e benefícios do INSS
- BPC (Benefício de Prestação Continuada)
- Contribuições ao INSS e ao MEI, que são calculadas com base no piso nacional
- Programas sociais, como o Bolsa Família
Impacto nas contas públicas
Por fim, o aumento do salário mínimo também pressiona o orçamento federal. Isso porque, vários benefícios sociais, como aposentadoria, seguro-desemprego e abono salarial, não podem ser inferiores ao piso nacional.
De acordo com informações do próprio governo federal, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo gera uma despesa adicional de cerca de R$ 420 milhões.
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Autor(a):
Giovana Misson
Formação pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, é colunista do portal TV Foco desde 2020, com foco em beleza, televisão e celebridades. Com apuração jornalística rigorosa, tem como compromisso informar o público com credibilidade e precisão. Apaixonada por moda e pelo universo das celebridades, acompanha de perto as principais tendências e acontecimentos. Antes disso, atuou como assessora de imprensa e redatora.