Irritações graves e fala afetada: ANVISA comunica retirada de pasta de dente popular dos supermercados

Saúde bucal sob alerta: Creme dental popular entra no radar da ANVISA após uma série de denúncias, situação preocupa e empresa se manifesta
Manter uma boa saúde bucal vai muito além da estética. Gengivas saudáveis, dentes limpos e hálito fresco são essenciais para a saúde geral do organismo, impactando desde a digestão até a prevenção de doenças cardiovasculares.
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Porém, mesmo hábitos corretos de higiene podem trazer riscos se os produtos utilizados apresentarem falhas ou mudanças não suficientemente testadas.
Foi o que ocorreu recentemente com uma das marcas mais tradicionais do mercado: a Colgate. Sendo assim, a partir de informações do G1 e do perfil Canal do Paulo Mathias, pelas redes sociais, a equipe especializada em fiscalização do TV Foco traz mais detalhes abaixo:
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De olho na pasta!
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chegou a emitir um comunicado sobre a retirada da pasta de dente Colgate Total 12 Prevenção Ativa Clean Mint após uma onda crescente de relatos de efeitos adversos.
A decisão foi tomada ainda no dia 27 de março de 2025, após consumidores apontarem:
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- Ardência;
- Inchaço;
- Aftas;
- Dores na boca;
- Casos que afetaram a fala e dificuldades em se alimentar.

De acordo com dados da autarquia, mais de 1,2 mil notificações foram recebidas até o fim de maio, um número expressivo se comparado aos 13 casos registrados no início do ano, quando a venda havia sido suspensa pela primeira vez.
A versão Clean Mint é uma reformulação do clássico Colgate Total 12, com mudanças tanto no nome quanto na composição.
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A nova fórmula e os riscos
A alteração na fórmula ocorreu ainda em julho de 2024.
A principal mudança foi a substituição do fluoreto de sódio pelo fluoreto de estanho como agente ativo.
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Porém, apesar de não haver, até o momento, uma confirmação oficial de que esse ingrediente seja o causador das reações, ele figura entre os principais suspeitos.

Além disso, a ANVISA e a própria empresa investigam outros componentes com potencial alergênico, como:
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- Aromatizantes à base de óleos essenciais;
- Corantes;
- Aditivos de sabor.
Elementos que já são reconhecidos por causar sensibilidades em uma parcela da população.
Defesa da empresa e medidas adotadas
A Colgate, em nota enviada ao portal G1, afirmou que está tratando cada caso individualmente e colabora com a ANVISA para o avanço das investigações.
A empresa reforçou que seus produtos seguem “os rígidos padrões das agências regulatórias” e que “confia plenamente na qualidade e segurança do creme dental“.
Em defesa, mencionou ainda que “uma pequena parcela da população pode apresentar sensibilidade a ingredientes comuns em produtos de higiene pessoal“.

A marca chegou a obter uma liberação temporária para a comercialização do produto em 30 de março, após apresentar recurso.
No entanto, diante do aumento expressivo das queixas, a Anvisa revogou a suspensão da proibição um mês depois, mantendo a pasta Colgate Clean Mint fora do mercado brasileiro até nova decisão.
Veja a declaração na íntegra abaixo:
“Seguimos em colaboração contínua com a Anvisa para o avanço das investigações técnicas sobre o creme dental Colgate Total Prevenção Ativa Clean Mint junto à agência. Reafirmamos ainda a segurança e qualidade do produto, o qual segue os rígidos padrões das agências regulatórias.
Confiamos plenamente na qualidade e segurança de nossos produtos. Embora não possamos afirmar se foi esse o caso, reconhecemos que uma pequena porcentagem das pessoas pode apresentar sensibilidade a certos ingredientes em produtos cosméticos e de higiene, incluindo cremes dentais. Recomenda-se que qualquer usuário que apresente sensibilidade interrompa o uso do creme dental, o que deve solucionar qualquer problema, e procure atendimento médico caso a irritação persista.”
O que fazer em caso de reações pelo uso do Colgate Clean Mint?
Se você utilizou a pasta Colgate Clean Mint, ou qualquer outra marca, e apresentou sintomas como ardência, aftas, inchaço ou desconforto oral, a recomendação imediata é interromper o uso.
Em casos leves, a irritação costuma desaparecer após alguns dias.
No entanto, se os sintomas persistirem ou evoluírem para dor mais intensa e dificuldade de fala ou alimentação, é essencial procurar um profissional de saúde.
Produtos tópicos com ação anti-inflamatória ou cicatrizante podem ser indicados por um dentista ou clínico geral, mas automedicação não é recomendada.
Além disso, a própria ANVISA mantém abertos os canais de notificação de eventos adversos e orienta que os consumidores relatem qualquer reação para auxiliar na investigação em andamento.
Conclusão:
A saúde bucal depende da escolha criteriosa dos produtos de higiene.
Mesmo marcas consolidadas estão sujeitas a falhas ou reações inesperadas, especialmente após mudanças em sua composição.
O caso da Colgate Clean Mint reforça a importância da regulação sanitária, da resposta rápida a eventos adversos e da transparência na relação com o consumidor.
Sendo assim, a vigilância precisa ser contínua — e começa na prateleira. Mas, para mais alertas da ANVISA e demais proibições, clique aqui. *
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.