Idosos podem ter dívidas perdoadas no Brasil? Serasa informa como garantir benefício

Serasa explica como ocorre a remissão de dívidas

Por meio do site oficial, o Serasa esclareceu como idosos e demais consumidores podem conseguir o perdão total ou parcial das dívidas. O procedimento se chama remissão de dívida e depende diretamente da vontade do credor.

Primeiramente, a remissão de dívidas ocorre quando o credor decidir perdoar a dívida do devedor, encerrando a obrigação de pagamento.

Desse modo, esse ‘perdão’ pode ser total – o valor inteiro da dívida é cancelado – ou parcial – apenas uma parte do débito é perdoada.

De acordo com o portal Serasa, esse tipo de conduta pode ocorrer por diversos motivos:

• Dificuldades financeiras graves do devedor
• Políticas de incentivo econômico
• Ações de bancos e financeiras
• Programas públicos de renegociação, como o Desenrola Brasil

No entanto, apesar desses cenários, o Serasa reforça que a remissão das dívidas não é um direito automático.

A remissão depende da análise e da concordância do credor, que pode aceitar negociar para evitar processos de cobranças longos e custosos.

O devedor também precisa concordar formalmente com o perdão dos débitos.

Como funciona a remissão de dívidas?

Além disso, os credores podem perdoar uma dívida de duas formas:

1. Pelo silêncio do credor

Quando o credor não responde nem se manifesta em uma negociação, esse silêncio pode ser interpretado como consentimento implícito para o encerramento da dívida.

No entanto, essa prática é incomum e precisa de muita cautela.

2. De forma expressa

O credor declara por escrito que está perdoando a dívida total ou parcialmente. Nesse caso, o devedor recebe um documento formal que comprova o cancelamento.

Passo a passo para buscar o perdão

Não existe um roteiro único para conseguir a remissão de dívidas, mas alguns passos ajudam a aumentar as chances de conseguir, segundo o portal Serasa:

1. Identifique a dívida corretamente

Tenha em mãos valor atualizado, contrato, prazos e encargos. Isso evita erros e facilita a negociação com o credor.

2. Negocie diretamente

Explique sua situação financeira. Idosos com renda fixa, aposentados que enfrentam dificuldades para arcar com as despesas básicas e superendividados têm mais chance de sensibilizar o credor.

3. Formalize

Se o credor aceitar perdoar parte ou total da dívida, exija um documento assinado por ambas as partes.

4. Registre quando necessário

Se a dívida envolve valores altos ou bens imóveis, registre o documento em cartório ou comunique o órgão responsável para garantir validade jurídica.

O que aumenta as chances?

Idosos com renda baixa, sem condições reais de quitar o débito, podem conseguir remissão com mais facilidade se apresentarem documentos que provem a dificuldade financeira.

Além disso, quando o devedor sempre tentou manter as contas em dia e demonstra boa-fé, o credor tende a aceitar mais facilmente.

Dívidas estudantis, médicas ou relacionadas a programas públicos são as que mais recebem políticas de perdão. A remissão também aparece em iniciativas governamentais, como:

• Desenrola Brasil: com descontos de até 90%
• Perdão parcial do FIES: aplicado em 2023
• Lei do Superendividamento: possibilidade de quitar todas as dívidas com parcelas que cabem no bolso

ALERTA

No entanto, é importante alertar que contar com a remissão nunca deve ser o plano principal do endividado.

Isso porque, quando a dívida não é negociada logo no início, os juros e encargos crescem rapidamente, aumentando o valor total e piorando ainda mais a situação financeira.

Muitas pessoas podem deixar “a dívida rolar” esperando um anistia futura, mas esse é um caminho arriscado já que o perdão pode nunca acontecer.

Resolver a pendência assim que ela surge é sempre a alternativa mais segura e econômica para o consumidor.