Infarto fulminante: Qual apresentador do JN morreu repentinamente aos 50?

Apresentador renomado que marcou o jornalismo com rigor e credibilidade acabou falecendo deixando um legado de extrema relevância.

09/11/2025 6h15

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Apresentador que brilhou na bancada do Jornal Nacional, da Globo, morreu de infarto (Foto Reprodução/Lennita/Tv Foco/Globo/Canva)

Apresentador renomado que marcou o jornalismo com rigor e credibilidade acabou falecendo deixando um legado de extrema relevância

Podemos dizer que o Jornal Nacional e todos os grandes telejornais que moldaram o público brasileiro devem parte de sua identidade a um homem: Heron Domingues.

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Isso porque, antes mesmo de a televisão dominar os lares, ele já fazia história no rádio com uma presença de voz inconfundível e um compromisso inabalável com a verdade.

Quando o Brasil ainda aprendia a se informar, Heron já narrava os fatos com a autoridade de quem parecia conversar com cada ouvinte em particular.

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No entanto, infelizmente, esse estimado jornalista já não está mais entre nós; ele partiu cedo demais, deixando milhares em choque com a notícia na época.

Sendo assim, a partir de informações do portal MBRTV, trazemos mais detalhes da sua carreira e partida.

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Uma voz lendária

Nascido em São Gabriel, no Rio Grande do Sul, em 4 de junho de 1924, Heron Lima Domingues sonhava em ser cantor.

Mas o destino o conduziu a outro palco: aos 16 anos, na Rádio Gaúcha de Porto Alegre, ele substituiu um locutor ausente e anunciou, com firmeza e clareza, a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.

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Naquele instante, o jovem que sonhava com a música descobriu sua verdadeira vocação: comunicar.

Da Rádio Gaúcha, ele passou pelas emissoras Farroupilha e Difusora, até conquistar o país ao ingressar na Rádio Nacional.

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Ali, Heron se tornou a voz principal do icônico Repórter Esso, um marco do jornalismo radiofônico brasileiro.

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Heron Domingues apresentou o Repórter Esso e o Jornal Nacional (Foto: Reprodução/ Memória Globo)

Um repórter que virou referência

Além disso, vale dizer que Heron transmitia as notícias com intensidade quase cinematográfica. “Como se estivesse numa trincheira”, diziam seus contemporâneos.

Seu rigor o tornava admirado, uma vez que ele só divulgava uma informação após confirmá-la com embaixadas e fontes oficiais.

Entre 1944 e 1962, Heron trabalhou sem um único dia de folga, muitas vezes dormindo na emissora, acompanhando boletins internacionais e até mesmo acordando com o telefone da redação já tocando.

Inclusive, ele quem narrou acontecimentos que mudaram a história:

  • O lançamento da bomba atômica em Hiroshima;
  • O fim da Segunda Guerra Mundial;
  • O suicídio de Getúlio Vargas;
  • A conquista do Brasil na Copa de 1958.

Com seu timbre grave e pausado, ele transformou cada manchete em um registro histórico.

Do rádio à TV

Com a chegada da TV ao Brasil, Heron se reinventou. Ele emagreceu 20 quilos, renovou o guarda-roupa e adaptou sua presença ao novo formato visual.

Na Rede Globo, trabalhou à frente do Jornal Nacional, apresentando e levando ao noticiário a precisão e a credibilidade que haviam marcado sua carreira no rádio.

Sua dedicação era tanta que uma equipe médica examinou suas cordas vocais por uma década e, apesar do cigarro e da bebida, não encontrou nenhuma alteração.

Pois é, ele era, literalmente, um fenômeno vocal...

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Quando Heron Domingues faleceu?

Infelizmente, Heron Domingues morreu em 10 de agosto de 1974, no Rio de Janeiro, com apenas 50 anos de idade, após um dia inteiro de trabalho.

Graças a um infarto fulminante, o Brasil se despediu de um dos maiores comunicadores do país.

Casado com a também jornalista Jacyra Domingues, ele deixou mais que memórias: ele estabeleceu um padrão de excelência que ecoa em cada bancada de jornal até hoje.

Décadas após sua morte, Heron Domingues ainda simboliza o compromisso ético e a força do jornalismo brasileiro.

Sua forma de narrar os fatos influenciou gerações de locutores e apresentadores do rádio à televisão.

Saibam que cada vez que o público liga o telejornal e ouve o tradicional “boa noite”, há um pouco de Heron ali: o homem que transformou o ato de informar em uma arte.

Ademais, se você quer saber de forma mais profunda sobre essa decisão e substituições, clique aqui*..

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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