ANVISA proíbe todos os lotes dos óleos essenciais populares; Entenda os riscos, o que diz a decisão e como comprar óleos com segurança
Usados em difusores, massagens, cosméticos e até na aromaterapia, os óleos essenciais se tornaram presença constante nas casas brasileiras e são usados até mesmo por muitos profissionais da estética e bem-estar, uma vez que eles promovem relaxamento e multibenefícios.
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Entretanto, desta vez, uma lista pertencente a uma empresa famosa do ramo entrou na mira da ANVISA, o que ligou um sinal de alerta em todo o país.
De acordo com a resolução publicada no Diário Oficial da União, no dia 7 de julho de 2025, os óleos essenciais da marca ESSENITY, produzidos pela empresa Ballon Indústria e Comércio de Óleos Essenciais Ltda., foram proibidos após séria constatação.
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Além disso, a decisão, de caráter cautelar e ativo, determinou o recolhimento de todos os lotes e fragrâncias comercializados no país.
O que aconteceu?
Segundo a resolução mencionada, a marca não possuía registro de produto nem autorização de funcionamento (AFE), documentos obrigatórios para empresas que fabricam cosméticos, produtos de higiene e itens de uso terapêutico.
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A falta desses registros significa que os óleos essenciais da marca não passaram pelas avaliações de segurança e qualidade exigidas pela legislação brasileira.
A agência identificou que os produtos estavam sendo fabricados e vendidos sem a devida aprovação sanitária, infringindo os artigos 2º e 12 da Lei nº 6.360/1976, os quais regulam a produção e comercialização de cosméticos no país.
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Mas quais são os riscos?
Embora o uso de óleos essenciais pareça inofensivo, a aplicação de substâncias não testadas pode causar reações graves, especialmente em pessoas alérgicas, gestantes ou crianças.
Sem testes laboratoriais e controle sanitário, esses produtos podem conter:
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- Impurezas;
- Solventes inadequados;
- Concentrações elevadas de componentes químicos.
O que pode provocar irritações na pele, problemas respiratórios ou intoxicações.
Além disso, o uso incorreto de óleos essenciais pode agravar doenças preexistentes, já que muitos deles possuem ação potente e exigem diluição adequada.
A ANVISA só libera para venda produtos que comprovem segurança e eficácia. Até porque, sem esse controle, o consumidor fica exposto a riscos desnecessários.
A posição da empresa
Até o momento, a Ballon Indústria e Comércio de Óleos Essenciais Ltda. não divulgou nota oficial sobre a decisão da Anvisa. Também não há registro de recursos ou pedidos de regularização pública feitos pela marca.
No entanto, o espaço segue em aberto para que ela possa dar a sua versão dos fatos e prestar os devidos esclarecimentos.
A importância da marca no mercado
A Ballon Indústria e Comércio de Óleos Essenciais Ltda. é uma empresa de pequeno porte sediada em Boituva, interior de São Paulo, que atua na produção e distribuição de óleos essenciais e aromáticos para uso pessoal e profissional e segue ativa desde 2017.
Embora não figure entre as grandes fabricantes do setor, a marca ganhou espaço nas redes sociais e em lojas virtuais, alcançando consumidores interessados em produtos naturais e terapias alternativas.
Como comprar óleos essenciais com segurança?
Para garantir que o óleo essencial adquirido seja seguro e aprovado, especialistas e a própria ANVISA orientam seguir algumas recomendações simples:
- Verifique se o produto tem número de registro da ANVISA: Ele deve aparecer no rótulo ou na embalagem;
- Compre apenas de fabricantes conhecidos ou lojas especializadas, que ofereçam informações completas sobre o produto;
- Desconfie de promessas milagrosas, como “cura de doenças” ou “efeito terapêutico imediato”;
- Evite produtos sem rótulo, com cheiro estranho ou inconsistência na cor ou textura;
- Nunca aplique óleos essenciais diretamente na pele sem diluição adequada ou orientação de um profissional qualificado;
- Em caso de irritação, lave imediatamente a área e procure atendimento médico.
Vale destacar que é possível consultar gratuitamente no site da agência se o produto é registrado. Mas, para saber mais sobre outras proibições, clique aqui*.
