Brasil entra em alerta após decisão da Anvisa que proíbe um azeite popular e expõe preocupações graves sobre qualidade e segurança alimentar
Hoje, segunda-feira, 20 de outubro de 2025, o governo federal brasileiro publicou uma medida que proíbe totalmente a comercialização do azeite da marca Ouro Negro. A decisão da Anvisa, divulgada no Diário Oficial da União, informa que o produto teve sua origem considerada “desconhecida ou ignorada” pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
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Além disso, que a empresa importadora, Intralogística Distribuidora Concept Ltda, possui CNPJ suspenso na Receita Federal. Essa restrição envolve não apenas a venda, mas também a distribuição, a importação, a fabricação, a propaganda e o uso do produto no mercado brasileiro.
Contudo, esse evento ocorre dentro de um cenário mais amplo de fiscalização intensificada no setor de azeites no Brasil. Em 2025, mais de 20 marcas já foram vetadas ou tiveram lotes bloqueados por irregularidades similares, como adulteração, incorreta rotulagem e origem incerta.
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Tais práticas, segundo os órgãos reguladores, colocam em risco a saúde do consumidor e comprometem a confiabilidade do mercado nacional de azeite de oliva. Além disso, a medida contra o azeite Ouro Negro acendeu alertas importantes para o varejo e para os consumidores.
Uma marca evocando qualidade (“extra virgem”) tinha seu valor reputacional usado como argumento de venda, mas agora se vê sob proibição. Contudo, essa disparidade entre imagem e realidade sinaliza que o rótulo, por si só, não basta como garantia de procedência ou pureza.
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Com isso, os consumidores são incentivados a verificar se a marca ou lote consta em listas oficiais de interdição e se a importadora ou envase possui registros válidos vigentes.
Quais marcas de azeite foram proibidos pela Anvisa?
Do ponto de vista regulatório, o veto à Ouro Negro reforça que a atuação da Anvisa e do Mapa não está restrita a casos isolados. Trata-se de uma ação continuada e crescente. Em 2024 e 2025, os bloqueios somam dezenas de marcas ou lotes, o que evidencia que as autoridades entendem o setor de azeites como vulnerável a fraudes e desvios.
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Segundo divulgado pelo G1 da Globo, mais de 20 marcas foram proibidas desde o início do ano.
- Ouro Negro – outubro
- Los Nobles – setembro
- Vale dos Vinhedos – julho
- Serrano – junho
- Málaga – junho
- Campo Ourique – junho
- Santa Lucía – junho
- Villa Glória – junho
- Alcobaça – junho
- Terra de Olivos – junho
- Casa do Azeite – junho
- Terrasa – junho
- Castelo de Viana – junho
- San Martín – junho
- Grego Santorini – maio
- La Ventosa – maio
- Escarpas das Oliveiras – maio
- Almazara – maio
- Quintas D’Oliveira – maio
- Alonso – maio
- Doma – fevereiro
- Azapa – fevereiro
Por fim, ainda que o veto afete diretamente a marca Ouro Negro, o reflexo dele alcança todo o segmento brasileiro de azeites importados ou produzidos com processos menos claros. Além disso, consumidores, varejistas e agentes da cadeia precisam incorporar ao cotidiano o hábito de checar a regularidade dos produtos. Porém, esse caminho minimiza riscos, fortalece a confiança no setor e implica que marcas sérias tomem o protagonismo da oferta.
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