Mesmo com o pente-fino, há benefícios que o INSS não pode suspender; Veja quais são e o que fazer se o seu for cortado
Em meio às operações de pente-fino do INSS, milhões de beneficiários vivem com uma dúvida que domina as filas e os grupos de aposentados: “Será que eu posso perder meu benefício de um dia para o outro?”
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Essa resposta é mais complexa do que parece. Isso ocorre porque, assim como o INSS tem o direito e até o dever de suspender pagamentos em algumas situações, a lei “blinda” o benefício em outros casos e simplesmente proíbe o corte
Saber a diferença entre uma coisa e outra é o que separa o susto injustificado da perda definitiva da renda.
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Benefícios que o INSS não pode cortar
Conforme citamos acima e, de acordo com as regras oficiais da autarquia, determinadas situações estão protegidas pela legislação previdenciária.
Nessas hipóteses, mesmo que o INSS convoque o segurado para revisão, ele não pode suspender o pagamento:
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Auxílio-acidente:
- O auxílio-acidente é um benefício indenizatório pago a quem sofre um acidente e fica com sequelas permanentes que reduzem sua capacidade de trabalho;
 
- Como tem caráter compensatório e não substitui o salário, ele continua sendo pago mesmo se o beneficiário voltar ao mercado de trabalho. O retorno à atividade não cancela o direito.
 
Pensão por morte:
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- A pensão por morte não pode ser cortada se o beneficiário casar novamente ou se aposentar. Esses eventos não configuram perda de dependência nem cessação do direito;
 
- O valor do benefício pode ser ajustado, conforme as regras de acumulação criadas pela Reforma da Previdência, mas o pagamento continua garantido.
 
Aposentadoria por incapacidade permanente (A partir dos 60 anos):
- O INSS pode chamar quem recebe aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) para perícia periódica;
 
- Contudo, após os 60 anos de idade, o aposentado não pode ter o benefício cancelado. A legislação reconhece a dificuldade de reintegração profissional e assegura estabilidade financeira a esse grupo.
 
Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS):
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- O BPC/LOAS, pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, também possui proteção específica;
 
- O INSS não pode cortar o benefício de um membro da família apenas porque outro já recebe. A lei permite que duas pessoas na mesma residência acumulem o BPC, desde que cada uma atenda aos critérios individuais de renda e condição.
 
Quando o INSS pode cortar o benefício?
Apesar das garantias, há situações em que o corte é legítimo. O INSS tem respaldo legal para suspender pagamentos quando há irregularidades, fraudes ou perda dos requisitos exigidos por lei.
Entre os principais motivos de cessação estão:
- Morte do beneficiário: O falecimento encerra automaticamente o direito ao benefício;
 
- Fraude comprovada: Uso de documentos falsos, declarações inverídicas ou qualquer tentativa de obter vantagem indevida;
 
- Melhora da condição de saúde: No caso de auxílio-doença e aposentadoria por incapacidade, o INSS pode cancelar o benefício se a perícia comprovar a recuperação da capacidade laboral antes dos 60 anos;
 
- Aumento de renda familiar (BPC/LOAS): A renda per capita da família não pode ultrapassar ¼ do salário mínimo (salvo exceções judiciais). Se o limite for superado de forma estável, o benefício pode ser suspenso;
 
- Falta de atualização cadastral: Ausência na prova de vida, não comparecimento a convocações ou não apresentação de documentos obrigatórios podem levar à suspensão temporária;
 
- Acúmulo indevido de benefícios: Quando o segurado recebe dois benefícios incompatíveis, como duas aposentadorias pelo mesmo regime ou aposentadoria e seguro-desemprego simultaneamente;
 
O INSS verifica essas hipóteses nas operações de revisão conhecidas como “pente-fino”, as quais corrigem distorções e, consequentemente, garantem o uso regular dos recursos públicos.
O que fazer se o benefício do INSS for cortado indevidamente?
Se o INSS suspender o benefício sem motivo previsto em lei, o segurado deve reagir rapidamente.
Primeiramente, você deve acessar o Meu INSS (clicando aqui*) ou ligar para a Central 135 e verificar o motivo do bloqueio.
Caso o segurado considere o corte indevido, ele pode entrar com um recurso administrativo dentro do próprio portal.
MAS ATENÇÃO! O segurado deve protocolar esse recurso em até 30 dias após a notificação, e ele precisa apresentar documentos e laudos que comprovem a manutenção do direito.
Se o INSS negar o pedido, o segurado ainda pode recorrer à Justiça Federal, com o apoio de um advogado especializado em Direito Previdenciário.
Afinal de contas, as decisões judiciais costumam restabelecer pagamentos cancelados de forma irregular e determinar o ressarcimento retroativo das parcelas.
MAS FIQUE ATENTO!
Durante períodos de revisão, golpistas costumam agir se passando por servidores do INSS:
- O órgão não envia links por WhatsApp, SMS ou e-mail para confirmação de dados.
 - Toda comunicação oficial acontece somente pelo portal Meu INSS ou pela Central 135.
 - O segurado deve ignorar e denunciar qualquer mensagem que prometa “evitar cortes” mediante pagamento ou cadastro.
 
Mas, para saber mais informações sobre o benefício, clique aqui*.
