Tomazini. Foto – montagem.

Antes de ser ator de novela das 9, Anderson Tomazini, que já foi mister Brasil, enfrentou dificuldades financeiras e decidiu trabalhar como motorista do Uber.

Sobre um momento de grande tensão que viveu nesta época, ele comentou: “Peguei um passageiro e fui para uma comunidade de São Caetano [na Grande São Paulo]. Estava em um lugar que só tinha uma pista, só podia passar um carro por vez e acontecia um baile funk. Tinha um pessoal com arma encarando. O cara [o passageiro] sentiu o meu desespero e falou: ‘Fique tranquilo. Aqui, eu conheço todo mundo’. Quando ele desceu, desliguei o aplicativo e saí sem olhar para trás. Fui rezando para todos os santos”, contou ele para a jornalista Márcia Pereira.

E acrescentou: “É que eu nunca tinha entrado em uma, e as pessoas te olham de um jeito estranho. No Carnaval, eu me peguei reclamando de algumas coisas da vida e me lembrei disso. Não tenho do que reclamar. Há um ano, eu estava passando por esse perrengue e agora estou aqui”.

Já sobre o seu filho, Caio, de 2 anos e meio, ele contou: “Diversas vezes cogitei voltar, porque a saudade é muito grande. Ele mora com a mãe dele em Brasília, onde eu vivia até ir para São Paulo fazer curso de teatro. Só consigo vê-lo a cada dois meses”.

Tomazini e o filho. Foto – reprodução/Insta.

Sobre como virou motorista do aplicativo, ele confessou: “O custo de vida em São Paulo é muito caro. Quando eu estava terminando meu curso na oficina de atores do Nilton Travesso, tentando testes, estava difícil”.

Sobre como foi parar na novela das 9 da Globo, ele contou: “O Walcyr Carrasco [autor] pediu para o Ivan Feijó [diretor de teatro] indicações de atores para a novela, e o Ivan me indicou juntamente com outras pessoas, sem eu saber. Depois, me ligaram para fazer o teste no Rio de Janeiro. Fiz e só tive o retorno dois meses depois”.

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Sobre o futuro e os colegas de trabalho, Anderson declarou: “Sei que, quando acabar a novela, estaremos todos na batalha de novo. Mas aqui aproveito muito para aprender. Não poderia fazer melhor curso na vida. Trabalho com Juliano Cazarré, Marieta Severo e Laura Cardoso. Todos que passaram pelo meu núcleo são grandiosos. Às vezes, posso nem ter uma fala, mas estou ali e vejo como eles trabalham”.

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