Jô Soares toma posse de cadeira na Academia Paulista de Letras

(Foto: Divulgação)

Aos 78 anos de idade e com 58 anos de carreira, Jô Soares está longe de pensar em se aposentar e acaba de conseguir mais uma estrelinha para seu currículo de sucesso, se tornando o mais novo imortal da Academia Paulista de Letras.

Nesta quinta-feira, 10, Jô participou de uma cerimônia em homenagem a ele na sede da instituição, no Centro de São Paulo. Ele vai ocupar a cadeira que era do escritor Francisco Martins, morto em abril deste ano.

Ao ser escolhido, Jô disse que o convite lhe foi feito pelo jurista Ives Gandra e que ficou extremamente feliz com a escolha de seu nome: “Eu me senti lisonjeado e muito impressionado com o respeito da APL por mim”.

Após receber de Marcelo Callero, Ministro da Cultura, medalha que simboliza sua entrada na Academia, Jô falou sobre a emoção do momento. “Não me lembro de ter ficado tão emocionado em toda minha vida.  Pensei que nunca seria aceito já que o humor e a irreverência são marca do meu trabalho. Achava que as reuniões daqui o riso era banido. Mas logo no primeiro dia notei como estava enganado”, comentou Jô.

Em outro momento de seu discurso cheio de bom humor, Jô falou com emoção sobre quem gostaria que estivesse ao lado dele neste momento.  “É uma honraria tão grande que só sinto falta dos meus pais aqui. Pela primeira vez, aos 78 anos de idade, me sinto órfão. Sei o quanto eles gostariam de estar aqui”, falou ele.

“Devo dizer que estou aqui hoje graças a generosidade dos acadêmicos, entre eles acadêmicos de tantos anos. E não posso requerer de agradecer minha mãe, que tinha tanto orgulho de mim que toda vez que pegava um, puxava papo com o taxista só para dizer que era minha mãe”, falou ele, sem esconder a emoção.