Adeus após 60 anos: Jornal da Globo é paralisado com falência de gigante nº1 da saúde

Jornal da Globo paralisa o país com a notícia envolvendo uma empresa gigante da saúde, a qual pediu pela falência após 60 anos.

09/05/2025 5h00

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Globo confirma falência de gigante da saúde (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco/Canva/Globo)

Jornal da Globo paralisa o país com a notícia envolvendo uma empresa gigante da saúde, a qual pediu pela falência após 60 anos e a situação é exposta

Na manhã desta quinta-feira (8), o G1, portal de notícias da Globo, paralisou o país ao publicar uma manchete que surpreendeu o setor de saúde e bem-estar.

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Isso porque a WeightWatchers — conhecida no Brasil como Vigilantes do Peso — pediu falência nos Estados Unidos após 60 anos de atuação global.

Considerada por décadas a empresa nº 1 em programas de emagrecimento, a companhia não resistiu à avalanche dos novos medicamentos para perda de peso e viu seu modelo de negócios ruir.

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Weight Watchers pediu pela falência após 60 anos (Foto Reprodução/The New York Times)
Weight Watchers pediu pela falência após 60 anos (Foto Reprodução/The New York Times)

Sendo assim, a partir de informações divulgadas pela reportagem, a equipe especializada em economia do TV Foco traz abaixo os desdobramentos desse colapso:

Um império construído sobre a balança

Jean Nidetch fundou a WeightWatchers em 1963, em Nova York, ao transformar encontros entre amigas em um método sistematizado de controle de peso.

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Em 1974, a marca chegou ao Brasil sob o nome Vigilantes do Peso.

A proposta era simples e eficaz: reeducação alimentar com base em um sistema de pontos, apoio emocional e encontros presenciais.

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Rapidamente, a metodologia virou referência e a empresa conquistou milhões de adeptos ao redor do mundo, consolidando-se como líder no segmento.

Durante as décadas seguintes, a WeightWatchersincorporou tecnologia, digitalizou seu serviço e expandiu para dezenas de países, incluindo uma presença sólida no Brasil.

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Até o início dos anos 2000, a empresa ostentava:

  • Resultados financeiros robustos;
  • Presença global;
  • Celebridades como porta-vozes — incluindo, mais recentemente, a própria Oprah Winfrey.
Oprah representava a Weight Watchers(Foto Reprodução/The New York Times)
Oprah representava a Weight Watchers(Foto Reprodução/The New York Times)

A virada do mercado:

A partir de 2022, o avanço dos medicamentos baseados em semaglutida, como Ozempic e Wegovy, provocou uma reviravolta no setor.

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Inicialmente indicados para diabetes tipo 2, esses fármacos passaram a ser usados para emagrecimento com eficácia comprovada, apesar de não serem recomendados para essa finalidade.

As redes sociais impulsionaram a popularidade dos remédios, gerando uma mudança de comportamento: consumidores começaram a trocar dietas por prescrição médica.

Nesse contexto, a WeightWatchers tentou reagir:

  • Em 2023, comprou a startup de telemedicina Sequence, permitindo aos assinantes acesso remoto a médicos que podiam prescrever os medicamentos da nova geração;
  • Lançou o “Programa GLP-1”, que integrava o uso dos remédios ao tradicional sistema de pontos. Mas a mudança veio tarde;

Mas, o modelo que a empresa defendeu por seis décadas já não sustentava sua estrutura financeira.

Um efeito dominó:

No entanto, em março de 2024, Oprah Winfrey — acionista e membro do conselho da empresa desde 2015 — anunciou sua saída da companhia.

A revelação de que ela própria usava semaglutida gerou ruído no mercado e levantou questionamentos éticos.

Para evitar conflitos de interesse, ela doou todas as suas ações da empresa ao Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana dos EUA.

O impacto foi imediato. As ações da WeightWatchers caíram vertiginosamente e investidores passaram a pressionar por mudanças mais drásticas.

Ao mesmo tempo, os custos operacionais aumentavam, enquanto a base de assinantes encolhia.

Um dos motivos da quebra da Weight Watchers é a procura por remédios injetáveis no lugar de dietas (Foto Reprodução/The New York Times)
Um dos motivos da quebra da Weight Watchers é a procura por remédios injetáveis no lugar de dietas (Foto Reprodução/The New York Times)

O fim no Brasil e a primeira grande retração

Além disso, dois meses após a saída de Oprah, a empresa anunciou o encerramento das operações no Brasil, onde atuava há cinco décadas.

Em nota oficial, divulgada em março de 2024, a companhia alegou que: “o modelo atual já não é viável diante da nova realidade de consumo e tratamento para emagrecimento”.

O fim das atividades no país sinalizou que o colapso deixava de ser uma hipótese e passava a se concretizar em ações administrativas.

Quando a WeightWatchers pediu a falência?

Conforme dito acima, na manhã de 8 de maio de 2025, a empresa protocolou oficialmente o pedido de falência nos Estados Unidos.

No documento, informou que já não conseguia sustentar sua operação diante da transformação radical do setor.

O número de assinantes despencou, os custos com a plataforma digital aumentaram e a dependência do modelo tradicional inviabilizou uma recuperação rápida.

Agora, a WeightWatchers busca alternativas judiciais para reestruturação e estuda a venda de ativos.

Enquanto isso, encerra contratos, negocia dívidas e desmonta estruturas em diversos países.

Mas, para saber sobre mais falências e casos parecidos como esse, clique aqui. *

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Conclusão:

O colapso da Vigilantes do Peso simboliza o fim de uma era no mercado de saúde.
O modelo que educou milhões cedeu ao avanço clínico da farmacologia.

Resta agora uma marca histórica, vencida por uma mudança que ela tentou — mas não conseguiu — acompanhar.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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