
Protesto de Meryl Streep neste domingo (08) e dos atores do filme Aquarius (Foto: Reprodução)
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Como já informamos, homenageada no Globo de Ouro pelo conjunto de sua carreira, uma das maiores atrizes de todos os tempos, Meryl Streep, subiu ao palco na noite deste domingo (08) para um discurso duro sobre a diversidade que Hollywood representa, a responsabilidade dos artistas e a irresponsabilidade do futuro mandatário do país mais poderoso do mundo.
Durante a sua fala, Meryl em momento algum citou Trump nominalmente, porém, se referiu aos planos do presidente de expulsar os estrangeiros do país.
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O protesto da atriz contra o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a cerimônia de entrega do Globo de Ouro, em Los Angeles, ganhou o mundo inteiro nesta segunda-feira (09). Foi o evento do gênero com maior repercussão internacional desde que, em maio do ano passado, a equipe do filme “Aquarius” fez uma manifestação, em Cannes, contra o presidente Michel Temer. Informações de Maurício Stycer.
O principal telejornal do país, o “Jornal Nacional”, deu tratamento caprichado em sua edição desta segunda-feira (09) ao assunto. “A 12 dias de tomar posse, o presidente eleito foi criticado pela atriz Meryl Streep”, informou Renata Vasconcellos, chamando a reportagem do correspondente Alan Severiano.
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Por dois minutos e meio, o jornalista descreveu os acontecimentos, exibiu trechos traduzidos da fala de Streep, explicou o contexto das duras críticas a Trump, mostrou a resposta do presidente eleito e ainda lembrou que a atriz deve voltar a ser vista em público na cerimônia de entrega do Oscar.
Em maio de 2016, o mesmo telejornal deu tratamento muito diferente ao protesto realizado pela equipe do filme “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, em Cannes, o principal festival de cinema do mundo. Naquela ocasião, o diretor, a atriz Sonia Braga e outros membros da equipe passaram pelo tapete vermelho com cartazes dizendo que “houve um golpe no Brasil”.
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William Bonner, na noite de 17 de maio, resumiu o assunto em 30 segundos – cinco vezes menos tempo do que o dedicado ao protesto de Meryl Streep. Foram exibidas algumas imagens, mas nenhum áudio do protesto. O apresentador se limitou a dizer que a presidente afastada Dilma Rousseff agradeceu o apoio e que o então presidente em exercício Michel Temer não quis se manifestar.
O fato de a Globo ter se manifestado em editoriais contra a tese de que Dilma foi objeto de um golpe não deveria ser justificativa para tanta timidez – como ficou patente agora – na cobertura jornalística do protesto em Cannes, pois teoricamente deveria haver imparcialidade e não manipulação.
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