Marco Antônio Villa deixou a Jovem Pan após punição (Foto: Divulgação/Jovem Pan)

Após quatro anos e meio na Jovem Pan, Marco Antônio Villa decidiu deixar a emissora de rádio paulistana após ter levado uma punição dos diretores por causa de uma fala sobre Jair Bolsonaro. O profissional ficou longe de suas funções por um mês e até viu a empresa dizer que ele estava de férias, mas ele negou e afirmou que não agradou os diretores.

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O jornalista revelou ao Uol que não tirou nenhum período de descanso, ele foi mesmo afastado do trabalho por causa de sua opinião sobre o presidente, após uma polêmica declaração em maio. “De férias eu não estou. Nunca tirei férias, não seria agora com essa situação do país que tiraria”, explicou.

Marco Antônio Villa fez o comentário que culminou em seu afastamento alguns dias das manifestações pró-governo, quando disse que “atos neonazistas [aconteceriam] no dia 26”. Isso foi o suficiente para que sua punição fosse decidida, já que, aparentemente, muitos ouvintes da rádio seriam a favor dos ideais de Jair Bolsonaro, e seria um absurdo ouvir isso na rádio.

O jornalista contou que está muito triste por ter que deixar a Jovem Pan desta forma, mas que não existia mais clima para trabalhar lá. Ele fez de tudo para ter uma saída elegante, sem brigas e nem desconfortos, por isso conversou muito bem com os diretores da empresa.

Jair Bolsonaro foi o responsável pelo afastamento de Marco Antônio Villa, indiretamente ou diretamente (Foto: Gabriel Cardoso/SBT)

Sobre o futuro na profissão, Marco Antônio Villa revelou que já foi sondado por duas empresas, mas ainda não sabe onde vai atuar. Pode ser que ele trabalhe no rádio ou na televisão, porém não vai adiantar as informações antes da hora. O importante é que ele tem contatos, como revelou à publicação.

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O que mais deixou as pessoas chocadas foi o fato do jornalista ter dito que Jair Bolsonaro que implantar uma espécie de ditadura no Brasil. Ele é um crítico do presidente de forma declarada e ele disse que não sabe se tem dedo do político na sua punição. “Seria leviandade da minha parte dizer que ele teve um dedo nessa história. Não posso dizer que ‘sim’, nem que ‘não’. Seria uma irresponsabilidade”, declarou.

Eis aqui o vídeo em que Marco Antonio Villa chama os manifestantes do dia 26 de neonazistas e que o Presidente quer implementar uma ditadura no Brasil. https://t.co/mNXw7EmrJL

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— ✌Pela paz (@alineolses) May 30, 2019

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