Saiba o que obriga a empresa a dar um aumento salarial, como funciona, quem tem direito ao reajuste e o que fazer se a empresa não cumprir a obrigação
Muitos trabalhadores não sabem, mas a legislação trabalhista brasileira, por meio dos acordos e convenções coletivas de trabalho, estabelece a obrigação de reajustar os salários todos os anos para a maioria das categorias profissionais.
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Esse reajuste, conhecido como dissídio salarial, tem como principal objetivo garantir que o salário não perca valor de compra diante da inflação.
Porém, é bom ter em mente que o dissídio salarial não é um “presente” ou bonificação da empresa, e sim um direito previsto por lei e negociado coletivamente entre os sindicatos de trabalhadores e os sindicatos de empregadores.
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A negociação considera a inflação do período e, em alguns casos, ganhos reais (aumento acima da inflação), que variam conforme a força da negociação de cada categoria. Sendo assim, com base no que diz a lei, trazemos abaixo:
- Como funciona o reajuste?
- Quem tem direito?
- O que acontece com a empresa que se recusar a pagar o dissídio?
Como funciona o dissídio?
Em suma, essa porcentagem do reajuste não é fixa. Ela depende da categoria profissional e do índice definido no acordo ou convenção coletiva, que estabelece a “data-base” para o pagamento.
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Veja exemplos:
- Se um trabalhador ganha R$ 2.000 e o dissídio da categoria foi de 6%, o novo salário será R$ 2.120;
- Quem ganha R$ 3.000 terá o valor reajustado para R$ 3.180 com o mesmo índice.
Quem tem direito?
Todos os trabalhadores contratados pela CLT que pertencem a uma categoria com um acordo ou convenção coletiva vigente têm direito ao reajuste.
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O salário reajustado, em hipótese alguma, pode ser inferior ao piso salarial estabelecido para a categoria.
E se a empresa não pagar o dissídio, o que acontece?
Se a empresa não cumprir com a obrigação de pagar o dissídio na data correta, o trabalhador pode exigir os valores retroativos.
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Isso significa que a empresa terá que pagar o reajuste desde a data-base, com as devidas correções, além de poder enfrentar processos trabalhistas.
Os sindicatos também costumam fiscalizar e cobrar judicialmente as empresas que descumprem a obrigação, podendo gerar multas e ações judiciais.
Portanto, é fundamental acompanhar a data-base da sua categoria, consultar o sindicato e verificar se o reajuste foi aplicado corretamente no seu salário.
Mas, se você quiser saber mais sobre os direitos trabalhistas bem como demais regras dentro da lei, clique aqui*.