A história surpreende ao mostrar que Sandrão de Tremembé reaparece no regime semiaberto enquanto leva uma vida comum

A história da Sandrão voltou ao debate público porque a série Tremembé reacendeu lembranças que muita gente tentou esquecer. Os revisitar o caso, é possível ver como a trajetória dela ganhou contornos quase irreconhecíveis depois que ela deixou o presídio.

Contudo, ela aparece hoje com outra postura e outra rotina que não se parece em nada com aquela figura dura que se impôs entre as paredes da penitenciária. A vida dela mudou tanto que algumas pessoas até duvidam que seja a mesma mulher que ocupou tantas manchetes anos atrás.

Sandrão cumpriu pena porque participou do sequestro e da morte de um adolescente de catorze anos em 2003. O grupo pediu resgate e mesmo assim matou o jovem com um tiro na cabeça. A Justiça condenou Sandrão a vinte e sete anos e depois reduziu a pena para pouco mais de vinte e quatro anos.

Porém, durante o cumprimento da pena ela se envolveu em brigas e chegou a agredir um agente o que motivou sua transferência para Tremembé onde tudo ficou mais conhecido.

No interior da penitenciária ela ganhou influência porque exercia uma força física e emocional que chamava atenção das outras presas. Ela apresentava eventos internos como concursos e isso aumentava sua popularidade.

Além disso, foi nesse ambiente que ela começou um relacionamento com Elize Matsunaga que vivia ali depois do crime contra o marido. Os relatos sobre as duas mostravam um vínculo intenso que se formou num cotidiano completamente diferente do mundo aqui fora.

Sandrão conheceu Suzane von Richthofen?

Mais tarde Sandrão se aproximou de Suzane von Richthofen e iniciou outra relação que virou assunto em toda a imprensa. As duas assinaram um termo que permitiu dividir uma cela destinada a casais. Essa situação provocou comentários porque Suzane saiu da ala religiosa para viver com Sandrão num acordo que poucas pessoas imaginavam possível.

Contudo, a relação não durou e cada uma seguiu seu caminho dentro do presídio. Mesmo assim o episódio virou um dos pontos mais lembrados da passagem delas por Tremembé e acabou inspirando cenas na série que dramatiza essas disputas e aproximações.

Em 2015 Sandrão conseguiu avançar para o regime semiaberto e iniciou uma transição lenta para uma vida com mais liberdade. No ano seguinte ela ganhou o direito de viver em regime aberto e voltou para Mogi das Cruzes que foi justamente o local em que o crime ocorreu.

Desde então ela mantém uma rotina discreta com obrigações judiciais e poucas aparições públicas. Ela não dá entrevistas e não mantém presença ativa nas redes. Pessoas próximas afirmam que ela prefere o silêncio e tenta reconstruir a vida sem exposição.

Por fim, a série reacendeu a curiosidade do público mas Sandrão segue distante desse movimento. Ela vive uma fase marcada por recolhimento e por um esforço para deixar para trás a imagem que se formou nos anos de prisão.

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