O colunista Leo Dias entregou um suposto tratamento diferenciado da Globo dado ao candidato Luís Inácio Lula da Silva em debate

Os bastidores do debate eleitoral que aconteceu na tela da Globo, na última quinta-feira (29), possui uma grande polêmica descoberta por Leo Dias, do Metrópoles. O colunista afirma que Ali Kamel, Diretor Geral de Jornalismo da emissora, deu um tratamento de luxo a Lula, muito diferente do que aconteceu com outros candidatos que lá estavam por um motivo peculiar.

Prevendo uma possível vitória de Lula nas eleições, o diretor do canal deu um suporte diferenciado ao ex-presidente. O tratamento de honra começou já na chegada da candidato, que foi recepcionado por Ali Kamel assim que o carro chegou à emissora. Os dois foram juntos até o camarim, onde chegaram a perder a hora juntos conversando.

Todos os candidatos subiram para o estúdio às 21h40, mas Lula e Ali Kamel só deixaram o camarim 22h15. Assim que o debate acabou, o diretor retomou o cuidado com o político, o acompanhou de volta ao camarim e depois foi até o carro, que o buscou para levá-lo de volta para casa.

ASSINATURA

Esse cuidado exacerbado teve um motivo específico, segundo Leo Dias: a Globo precisa de um aporte maior de capital estrangeiro, cerca de 30% a mais do que tem hoje. Por determinação do governo de Jair Bolsonaro, a distribuição desse capital entre todas as emissoras é mais igualitário, o que dificulta algumas negociações para a emissora carioca.

“MAMATA”

Prova disso é que foi o próprio Bolsonaro quem facilitou a aquisição da Conmebol pelo SBT, e não pela Globo, nos últimos anos. Tendo a assinatura de Lula, a platinada consegue retomar o monopólio de algumas marcas e selos, reestruturando assim os reajustes financeiros que teve que lidar durante o atual governo.

Lula e Ali Kamel (Foto: Reprodução/TV Globo/Memória Globo)

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