Paternidade? Ligação de Eugênio com o César no remake de Vale Tudo vai fazer você cair para trás

Qual é a ligação entre o mordomo dos Roitman e o crápula? A resposta promete te surpreender…
Se você acompanha Vale Tudo, irá cair para trás com uma das ligações mais inusitadas entre personagens e por muito mais do que uma simples complexidade moral. Isso porque César (Cauã Reymond), modelo sem escrúpulos e amante de Maria de Fátima (Bella Campos), herdou uma das características mais refinadas de Eugênio (Luís Salém)…
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Mas será que se trata de uma paternidade? Ou apenas coincidência? Calma! Podem sossegar as ideias conspiradoras. Mesmo porque estamos falando do primeiro mordomo, vivido por Sérgio Mamberti na versão de 1988, o qual possuía uma intensa cinefilia.
Para quem não sabe, isso significa um gosto refinado pela sétima arte e todas as suas obras.
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Pois é, essa ligação é simbólica com os filmes, ao que tudo indica, é uma transferência de traço de personalidade entre personagens de versões diferentes da mesma história.
Apenas para relembrar, na versão de Gilberto Braga, Eugênio era mais do que um mordomo. Discreto, leal e portador de uma sofisticação intelectual rara, ele expressava essa paixão pelo cinema com extrema naturalidade e propriedade.
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Suas referências a filmes, diretores e roteiros clássicos davam profundidade a um personagem que, apesar de sua profissão humilde, carregava uma dignidade cultural inegável.
Era, inclusive, uma crítica sutil à forma como a sociedade subestima os que estão à margem do poder.
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Pois é, essa mesma paixão pelo cinema agora está nas mãos de César. Desde os primeiros capítulos, o vilão ostenta uma estética marcada por camisetas com:
- Estampas dos filmes mais icônicos da história;
- Artigos de cultura pop;
- Pentas de bandas e outros elementos bem característicos.
E ele está se revelando um cinéfilo ainda mais intenso agora que, ao lado de Olavo (Ricardo Teodoro), pretende entrar de cabeça em um mercado de filmes eróticos.
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Até roubaram um quadro de Heleninha (Paolla Oliveira) a fim de investir nesse novo modelo de negócios.
O problema é que ele vai levar a coisa muito mais a sério do que o esperado.
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Mas por que Eugênio perdeu sua cinefilia no remake?
Quem acompanha sabe que no capítulo que foi ao ar sábado, ele criou toda uma narrativa para um desses filmes, querendo estudar e se aprofundar nas histórias ali contadas.
No entanto, é bom considerar que, ao contrário de Eugênio, César usa essa paixão como arma de manipulação, sedução e uma certa sofisticação, mesmo que rasa.
Podemos dizer que, nas mãos dele, será um cinema a serviço da dissimulação.
O mordomo da nova até existe, mas até agora de forma discreta, sem a profundidade intelectual que Eugênio carregava em 1988.
E essa mudança atualiza a lógica de poder: O conhecimento, que antes se escondia nos bastidores, agora é artifício para quem está no centro da cena.
Além disso, ao dar essa característica a César, a autora Manuela Dias amplia a complexidade do vilão.
Ele não é apenas um crápula, é um homem culto, elegante e extremamente perigoso.
E isso, sem fundo, também diz muito sobre o Brasil que a nova versão de Vale Tudo busca retratar:
- Apesar de sustentar um ar sofisticado – mesmo que superficialmente;
- Ainda é é implacável em sua essência de fazer valer qualquer coisa para conseguir o que se quer.
Ou seja, a resposta para essa pergunta não é tão objetiva assim, uma vez que a função de Eugênio, nesta nova versão, dá espaço para tramas com personagens centrais mais densos e uma vilania mais multifacetada.
Mas, conforme mencionado acima, não foi um desligamento gratuito, foi uma decisão narrativa para concentrar simbolismos em um personagem que ainda dará muito o que falar.
Mas para saber mais sobre a trama, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.