Globo conseguiu salvar dois clássicos de sua programação (Foto: Divulgação)

A Globo é a emissora brasileira que tem o maior número de programas próprios que perdura por décadas na grade de programação – considerados clássicos. Porém, com o passar do tempo, muitas atrações vão enfraquecendo e perdendo a essência.

Como uma boa mãe, que se preocupa e tenta, a todo custo, contornar os desvios negativos dos filhos, a Globo não mede esforços para reinventar seus produtos desgastados.

Mais recentemente, dois produtos em especial merecem destaque no tocante a esse assunto. Trata-se do Vídeo Show e do Zorra (ex-Zorra Total).

O Vídeo Show fez sua estreia no dia 20 de março de 1983, apresentado pela atriz Tássia Camargo e dirigido por Ronaldo Cury, com a proposta de recuperar os principais momentos dos então 18 anos de vida da Globo.

De lá para cá, muitas mudanças ocorreram e várias não deram certo; como, por exemplo, a passagem caótica de Zeca Camargo no comando do vespertino.

Monica e Otaviano comandam o atual Vídeo Show (Foto: Matheus Cabral/ Globo)

Entretanto, em abril deste ano o programa ganhou novidades radicais e positivas. Otaviano Costa e Monica Iozzi passaram a apresentar, em uma bancada, o programa ao vivo; e Miguel Falabella agora encerra os programas diariamente com mensagens especiais e com a famosa saudação final, eternizada pelo apresentador.

À parte o quesito audiência, o novo formato é o melhor dos últimos tempos, graças, sobretudo, ao excelente entrosamento e a baita espontaneidade dos apresentadores.

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Já o Zorra Total estreou em 1999, com direção de Maurício Sherman. Teve como proposta inicial apresentar um painel das várias tendências de humor existentes na televisão brasileira.

O humorístico também passou por muitas reformulações. Porém, as mudanças mais expressivas ocorreram a partir de junho do ano passado, 2014.

Dani Calabresa é um dos destaques do novo Zorra (Foto: Estevam Avellar/ Globo)

O então diretor Maurício Sherman foi afastado do comando do humorístico. Maurício Farias assumiu ao lado do humorista e redator Marcius Melhem e, entre muitas reestruturações, incorporou novos personagens e trocou o nome do programa, que passou a ser apenas Zorra.

O Zorra tirou o foco dos bordões e dos personagens fixos e passou a produzir, ao estilo de Tá no Ar: a TV na TV, esquetes bem produzidos (e engraçados) voltados a temas da atualidade, com direito a cutucar as atrações da concorrência.

Há anos que não se via grandes proporções de elogios – principalmente através das redes sociais – tanto ao novo Vídeo Show quanto ao novo Zorra. Pelo menos no quesito qualidade, a mamãe Globo conseguiu salvar seus filhotes clássicos.

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