Após 26 anos, loja famosa do Goiânia Shopping fecha as portas em GO. Saiba os detalhes

O cenário comercial frequentemente acompanha transformações significativas que impactam diretamente os consumidores e a dinâmica das cidades. Muitas vezes, lojas tradicionais encerram suas atividades, gerando surpresa e nostalgia.

A partir de informações divulgadas pelo portal “Jornal Opção”, a equipe do TV Foco, especializada em varejo e dinâmicas de mercado, traz agora mais detalhes sobre o assunto.

Um marco no comércio local

Um conhecido ponto comercial no Goiânia Shopping, localizado na capital de Goiás, encerrou suas operações. Este fechamento representa o fim de um ciclo para muitos frequentadores assíduos.

Após 26 anos de atividade, a decisão de interromper os serviços surpreendeu antigos clientes. A Banca Santa Mônica consolidou-se como uma referência dentro do movimentado centro de compras.

A era de ouro dos impressos

Durante um longo período, a Banca Santa Mônica, administrada por Marcos Araújo, vivenciou uma fase de grande movimento. Consumidores fiéis demonstravam um apreço constante por publicações impressas.

O proprietário relatou ao Jornal Opção que, em seu auge, a venda de revistas como a Cláudia atingia números expressivos; por exemplo, de 100 exemplares solicitados, todos eram vendidos. Jornais locais e nacionais também possuíam alta procura.

As pessoas costumavam se reunir na banca, ansiosas pela chegada de novas edições de revistas e periódicos. Contudo, um concorrente de grande impacto surgiu.

O impacto da concorrência digital

Segundo Marcos Araújo, a ascensão da internet tornou a continuidade do serviço praticamente insustentável. Manter o ponto comercial, com um valor de aluguel elevado, tornou-se um desafio.

Ele mencionou que, por certo tempo, houve uma tentativa de competir com o meio digital. Isso ocorria porque algumas publicações online restringiam o acesso de conteúdo a não assinantes. O quiosque, no entanto, fechou as portas em abril de 2023.

Por que o fechamento se tornou inevitável?

Com o avanço tecnológico, muitas reportagens e conteúdos informativos tornaram-se abertamente acessíveis online. Além disso, as assinaturas digitais apresentaram custos progressivamente menores para o consumidor.

O quadro agravou-se consideravelmente com a pandemia. Durante o período de isolamento social, indivíduos que antes compravam jornais e revistas fisicamente passaram a consumir informação predominantemente pela internet.

Consequentemente, a adesão ao digital consolidou-se. A crise enfrentada pela Editora Abril, que levou à extinção de várias revistas, também exerceu um peso significativo nesse processo.

Adaptação como estratégia de sobrevivência

Especialistas do setor de publicações e varejo apontam que o crescimento expressivo da mídia digital provocou uma perda substancial de público para as bancas de jornais e revistas tradicionais.

Como resultado direto, o número de lojas físicas e de publicações impressas diminuiu drasticamente. Essa tendência não se restringiu apenas a Goiás, mas se manifestou em diversos outros estados brasileiros.

As poucas bancas que conseguiram sobreviver a esse novo cenário de mercado se viram obrigadas a uma adaptação profunda.

Para tanto, diversificaram consideravelmente os produtos oferecidos, passando a comercializar itens como:

• Acessórios para telefones celulares;
• Pequenos dispositivos eletrônicos;
• Bebidas e alimentos variados.

Considerações finais

Portanto, o encerramento das atividades da Banca Santa Mônica no Goiânia Shopping espelha uma transformação mais ampla nos hábitos de consumo de informação e entretenimento.

Embora tal fato represente o fim de um capítulo para um estabelecimento com longa história, simultaneamente sinaliza a contínua evolução do setor varejista frente às inovações tecnológicas e às novas demandas dos consumidores.

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