Luiz Bacci detona discurso de Luciano Huck sobre megaoperação no Rio de Janeiro

Nesta segunda-feira, 03, Luiz Bacci usou suas redes sociais para detonar Luciano Huck devido ao seu discurso no Domingão, da Globo, sobre a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que terminou com 121 mortos.

Primeiramente, o apresentador do SBT acusou Luciano Huck de “romantizar o crime” ao lamentar a morte durante a ação.

“Entenda Luciano Huck é só bandido, só vagabundo, é só assassino, é só traficante que morreu”, iniciou o jornalista.

Luiz Bacci contou que chegou a comentar na publicação do apresentador nas redes sociais, mas afirmou que o comentário teria sumido.

“Eu fiz um comentário na publicação do Luciano Huck, onde ele comenta sobre a operação no Rio de Janeiro. Misteriosamente, meu comentário sumiu porque eu não concordei com o que ele disse. Agora eu já entendi o porque ele deve ter apagado meu comentário, parece ter apagado”, disse Bacci.

Em seguida, o apresentador reforçou que não pretende amenizar a gravidade dos crimes cometidos pelos mortos na megaoperação.

“Mas é o seguinte, eu não vou romantizar o crime, não vou romantizar o sofrimento dessas mães. Eu prefiro ficar do lado das mães dos inocentes que choram até hoje por ter perdido seus filhos pelas mãos da facção”, detonou Luiz Bacci, que continuou:

“Não precisa ser exatamente esse traficante que morreu, que até agora só tem bandido. Até agora, não tem um inocente que morreu”, admitiu o apresentador.

Luiz Bacci também rebateu as declaração do deputado federal Otoni de Paulo.

De acordo com o deputado, quatro dos jovens mortos durante a operação eram filhos de membros de sua igreja, a Ministério Missão de Vida.

“Outro deputado que disse que tinham quatro meninos de igreja, inocentes, mentira, balela. É só bandido que morreu, para que está feio”, detonou o jornalista.

Por fim, Luiz Bacci atacou diretamente o posicionamento de Luciano Huck e disse que, em sua visão, a população está cansada de discursos que defendem criminosos.

“O povo não aguenta mais gente defendendo bandido, para. Essa narrativa ficou no passado, chega dessa conversinha“, afirmou o apresentador do SBT.

O que Luciano Huck disse?

Durante o encerramento do Domingão, neste domingo, 02, Luciano Huck fez um desabafo sobre a megaoperação policial no Rio de Janeiro.

O apresentador lamentou o número de mortes, pediu uma reflexão sobre o impacto social da violência e reforçou a importância de melhorias no Brasil.

“120 mortos numa operação policial no complexo do Alemão e da Penha. Por trás desse número, tem 120 mães que enterraram seus filhos. Você acha que com isso que elas sonharam quando essas crianças eram pequenas e corriam ali pelas vielas do Alemão ou da Penha? Claro que não”, disse Huck.

Em seguida, o apresentador defendeu o combate ao tráfico, mas cobrou mais planejamento e ações do estado.

“É preciso combater o narcotráfico com força total, é preciso coordenar ações entre todos os níveis de poder: municipal, estadual e federal. É preciso sufocar a parte financeira das organizações criminosas, das milícias, do tráfico e por aí vai, é preciso valorizar a polícia e o policial, mas é preciso mais do que isso”, disse o apresentador.

Por fim, Luciano Huck destacou a importância de oferecer caminhos alternativos à criminalidade no país.

“É preciso gerar oportunidade, dar perspectiva para quem nasce nesse recorte da cidade do Rio de Janeiro. Oferecer boas referências, abrir caminhos, mostrar que existem outros futuros possíveis. Porque quando o Estado se ausenta, outro poder ocupa esse lugar”, disse Huck, que continuou:

“E é justamente isso que precisa mudar. É preciso reconstruir o sentido de pertencimento. Fazer com que as crianças se sintam parte de algo maior, de um Rio de Janeiro maior, de um Brasil maior, onde o crime não esteja no horizonte”, finalizou o apresentador.

Mortes em megaoperação

De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, 121 pessoas morreram na megaoperação contra o Comando Vermelho. A ação também deixou quatro policiais mortos.

Além disso, o governo estadual divulgou perfis de 115 dos suspeitos mortos. Desses 97 tinham passagem pela polícia ou histórico de ato infracional.

Outros 10 suspeitos não possuíam antecedentes, mas, segundo o governo, teriam vínculos comprovados com o tráfico, identificados por fotos e postagens em redes sociais.

Sete nomes ainda não têm histórico criminal e não há informações sobre redes sociais, segundo informações do portal CNN.

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