“Lula: De Filho do Brasil a Pai do Mensalão” – por Neto Amorim

Produzido por Fábio Barreto, “Lula, o filho do Brasil” contou com nomes de peso no elenco, como Glória Pires,  Cléo Pires,  Juliana Baroni e Milhem Cortaz. Exibido no Festival Nacional, o longa cravou 22 pontos para a Rede Globo.

A Globo exibiu na última quarta (02), o filme que conta a história do presidente mais popular da história. Lula, o Filho do Brasil, foi lançado em 2010, atingindo cerca de 800 mil espectadores (número muito baixo do esperado). Para se ter uma ideia, Se Eu Fosse Você, obteve mais de 3 milhões de espectadores, e Se Eu Fosse Você 2, atingiu mais de 6 milhões, se tornando a quarta produção mais vista da história do cinema nacional. O filme do ex-presidente Lula não figura nem entre os 200 mais vistos do cinema brasileiro.

O fracasso de bilheterias foi justo, justíssimo, aliás. Independente do filme estar falando de Lula ou não, o fato é que a direção foi muito fraca. Momentos que deveriam emocionar o público, simplesmente passaram despercebidos, ou, foram tratados como momentos comuns. O filme foi tão mal feito, que se tornou inexpressivo.

Sabendo quem é Lula hoje, a produção causa um certo constrangimento, e de um modo geral, podemos dizer que é extremamente pretensiosa e mentirosa. É estranho pensar que aquele personagem heroico, com história de vida emocionante, viria a se tornar anos mais tarde, o mentor do maior esquema de corrupção da história da República Federativa do Brasil.  Até os “lulistas” mais fanáticos, no fundo sabem que ele não só sabia, como comandou o Mensalão.

Durante todo o filme, procurei o Lula populista que o povo elegeu, o Lula que bebe cachaça, que fala errado, o Lula que criou o PT, o Lula que foi amante da Rosemary, o Lula que  manipulou milhões de brasileiros com sua pose de santinho, mas na verdade usava o dinheiro público para colocar o seu partido no topo da política brasileira, o Lula inteligente que construiu uma imagem inabalável, que nem as provas mais concretas são capazes de derrubá-la. Enfim, assisti o filme e não encontrei o Lula verdadeiro…

Por fim, graças a Deus eu não fui um dos 800 mil que pagou pra ver esse filme com direção amadora, história manipuladora, e muito mal contada, diga-se de passagem. Se você ainda não assistiu Lula, o Filho do Brasil, aconselho à não assistir, por mais barata que seja a locação do DVD, você irá se arrepender…

*As opiniões expressas nessa coluna não refletem a opinião do Site TV Foco.

@netoamorim45