Marca nº1 de eletrodomésticos ressuscita após mar de dívidas e ficar por um triz da falência

Vida após colapso: Marca que encantou o Brasil nos anos 90 voltou — e quer o topo novamente em 2025; Saiba como gigante saiu do buraco após se afundar em adversidades
Por anos, ela figurou entre os itens mais desejados das famílias brasileiras. Seu nome atravessava salas, quartos e corredores, embalando músicas, festas e tardes de domingo.
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No entanto, ela desapareceu de forma abrupta, fazendo o som silenciar, as luzes se apagarem e sua marca sumir das prateleiras das principais varejistas do país, deixando para trás um rastro de nostalgia e aparelhos difíceis de substituir.
No entanto, ela reencontrou seu fôlego e, depois de amargar dívidas, perder relevância e quase virar peça de museu, a empresa retomou suas operações no Brasil, reconectou-se ao passado e agora aposta em um futuro competitivo — com estratégia local e produção em solo nacional.
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Trata-se da Aiwa, queridinha japonesa, que mostrou que ainda sabe fazer história.
A seguir, a partir de informações obtidas pelo Gazeta SP e Wiki, a equipe especializada em economia do TV Foco traz abaixo a trajetória completa da marca e como ela conseguiu se desafogar de um mar de dívidas e escapar do triz da falência.
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Dos dias de glória à queda abrupta:
Fundada em 1951, a Aiwa levou décadas até conquistar o Brasil, mas quando chegou, causou impacto.
Nos anos 90, seus produtos portáteis como o Walkman e o Discman se tornaram ícones culturais.
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Ao lado deles, os aparelhos de som com múltiplas funções — CD, rádio, vinil e fita cassete — ganharam status de artigo de luxo para a classe média brasileira.

Práticos, potentes e com design moderno, os equipamentos da marca marcaram época.
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Durante mais de uma década, a Aiwa liderou o segmento de áudio no varejo.
Tornou-se sinônimo de qualidade, acessibilidade e modernidade. Em poucos anos, consolidou-se como referência absoluta no setor.
Mas a curva ascendente logo perdeu força. Problemas de gestão, dívidas que se multiplicavam, erros estratégicos e o avanço da concorrência corroeram a base financeira da empresa a ponto de ficar por u m triz da falência.

Em 2002, a Sony assumiu o controle da marca. Três anos depois, tentou reinventá-la, sem sucesso. Em 2008, a Aiwa saiu de cena sem alarde.
Memória coletiva e resistência silenciosa:
Vale destacar que a marca sumiu, mas não desapareceu da memória coletiva, afinal de contas, milhares de brasileiros:
- Conservaram seus aparelhos;
- Buscaram peças de reposição;
- Relataram, com orgulho, histórias sobre seus antigos sistemas de som.
Embora não tenha havido manifestações públicas sobre tudo que aconteceu, a resistência se manteve silenciosa e duradoura e esse sentimento de nostalgia operou como ponte para a sobrevivência simbólica da marca.
A Aiwa virou lembrança afetiva — e esse afeto manteve vivo seu valor.
O retorno estratégico:
Foi aí que, em 2022, o jogo virou. O Grupo MK, dono da Mondial, assumiu a licença da marca no Brasil e reativou a produção em Manaus, utilizando a estrutura fabril antes operada pela Sony.
A escolha foi estratégica: infraestrutura consolidada, localização vantajosa e equipe técnica experiente.
A nova fase trouxe mudanças no portfólio:
- A empresa lançou televisores de alta performance;
- Fones de ouvido;
- Torres de som com conectividade moderna;
- Caixas acústicas projetadas para competir no mercado premium.
Também firmou parcerias com grandes canais de venda e iniciou uma ampla campanha de reposicionamento da marca, inclusive com patrocínio em arenas esportivas.

Como está a Aiwa em 2025?
Três anos após a retomada, a Aiwa já opera em ritmo de expansão.
Com produção consolidada e distribuição em todo o país, a marca se reposiciona como concorrente direta de nomes globais no mercado de áudio e vídeo.
Ainda que os números exatos de vendas por produto não tenham sido divulgados, os modelos de som de torre e os televisores conectados se destacam no portfólio.
O Grupo MK estima crescimento acelerado no curto prazo, com a meta de dobrar o faturamento nos próximos dois anos.
Novos segmentos, como ar-condicionado split, já entram no radar da empresa para ampliar sua presença no setor de eletrônicos.
Conclusão:
Em suma, a Aiwa desmoronou, desapareceu e, contra todas as expectativas, renasceu com vigor.
Afinal de contas, ela conseguiu se realocar no mercado com produção nacional, aposta no apelo nostálgico e investe em inovação.
Seu retorno não se apoia apenas na memória: ele se estrutura em estratégia, infraestrutura e ambição.
O som voltou a tocar — e a velha conhecida do Brasil quer fazer barulho novamente. Mas, para saber sobre outros casos parecidos como esse, clique aqui. *
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.