Prateleiras vazias e dívida impagável: Marca n°1 das donas de casa tem falência destruidora em país

Uma das maiores varejistas de itens para o lar, vista como uma das mais amadas entre donas de casa, tem fim devastador após falência e dívidas impagáveis
Conforme sempre mencionamos por aqui, até mesmo empresas consolidadas, consideradas pilares do mercado e queridinhas do público, podem enfrentar colapsos inesperados.
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A falência de grandes varejistas mostra que o mercado é dinâmico e exige constante adaptação às mudanças do consumidor e da concorrência.
Um exemplo disso é a Bed Bath & Beyond (BBBY), rede varejista americana fundada em 1971. Por décadas, ela foi considerada nº1 das donas de casa, especialmente na década de 90.
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Lojas vastas e repletas de produtos para casa a tornaram um destino para quem buscava listas de casamento e enxoval.
Mas, em abril de 2023, a empresa chocou o mercado ao declarar falência, encerrando uma trajetória marcada por sucesso e inovações no varejo.
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Dito isso, conforme exposto pelo portal IstoÉ Dinheiro e CNN, a equipe especializada em economia do TV Foco traz mais detalhes sobre o ocorrido e suas consequências.

A melhor de todas!
Desde sua fundação, a Bed Bath & Beyond se posicionou como uma marca acessível e prática para consumidores que buscavam desde utensílios de cozinha a itens decorativos para o lar:
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- A experiência de entrar em uma de suas lojas era uma combinação de funcionalidade e charme: prateleiras cheias, promoções constantes e cupons que atraíam clientes fiéis.
- Conforme dito acima, nas décadas de 90 e 2000, a empresa conquistou o coração das donas de casa, que viam suas lojas como um ponto obrigatório para montar casas e listas de presentes.
- Essa popularidade levou a BBBY a abrir o capital em 1992 e, anos depois, atingir o ápice de sua valorização no mercado em 2014, com ações negociadas a quase US$ 81.
Uma estratégia equivocada:
No entanto, o declínio começou em 2019, quando a empresa contratou Mark Tritton, ex-executivo da Target, para assumir o comando como CEO.
Tritton implementou uma estratégia focada em marcas próprias, substituindo os produtos de grandes fabricantes por itens exclusivos da BBBY.
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Embora essa abordagem tenha funcionado na Target, ela alienou os consumidores da Bed Bath & Beyond, que buscavam justamente a diversidade de marcas reconhecidas.

Essa mudança fez com que os clientes migrassem para concorrentes, incluindo gigantes do comércio eletrônico como a Amazon.
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As vendas começaram a despencar em cascata, e a empresa viu sua situação financeira se deteriorar rapidamente, chegando a um cenário devastador.
Em junho de 2022, Mark Tritton deixou o cargo e Sue Gove, membro do conselho, assumiu como CEO interina em outubro daquele ano.
Apesar de cortar custos, fechar lojas deficitárias e buscar empréstimos emergenciais, a BBBY não conseguiu se recuperar, pois suas dívidas já estavam impagáveis e só faziam aumentar.
O último sopro de vida:
Em 2022, a varejista já enfrentava uma crise sem precedentes. Durante o trimestre encerrado em 26 de novembro daquele ano, as vendas caíram 33%, resultando prejuízos de US$ 393 milhões.
Na tentativa de sobreviver, a empresa contraiu empréstimos emergenciais e, em fevereiro de 2023, anunciou um acordo de financiamento de US$ 1 bilhão.
Contudo, não conseguiu atrair os US$ 300 milhões adicionais necessários para sua reestruturação.
Em abril de 2023, a Bed Bath & Beyond deu seu “último sopro de vida” e entrou com pedido de falência sob o Capítulo 11 nos Estados Unidos.

Para manter algumas operações temporariamente, recebeu um financiamento de US$ 240 milhões da Sixth Street Specialty Lending Inc.
Suas 360 lojas Bed Bath & Beyond e 120 unidades buybuy BABY permaneceram abertas para liquidação de estoques antes do fechamento definitivo.
Manifestações:
Em comunicado oficial, Sue Gove lamentou a situação:
“Embora tenhamos trabalhado arduamente para melhorar nossa posição financeira e operacional, não conseguimos assegurar os fundos necessários para continuar funcionando de forma independente. Agradecemos a lealdade de nossos clientes e o esforço de nossa equipe ao longo de décadas.”
Funcionários e sindicatos expressaram preocupação com os milhares de empregos perdidos e o impacto nas comunidades locais.
Clientes, por sua vez, demonstraram nostalgia e tristeza, compartilhando memórias de suas compras em redes sociais e fóruns.
Quando a Bed Bath & Beyond acabou de vez?
Em agosto de 2023, a marca Bed Bath & Beyond chegou a ser adquirida pela Overstock.com, que transformou o site e o aplicativo da varejista em plataformas digitais.
A BBBY, no entanto, deixou de existir como rede física, encerrando um legado que marcou gerações de consumidores.
Considerações finais:
Bed Bath & Beyond, uma gigante do varejo de artigos para casa, declarou falência em 2023 após anos de declínio.
A mudança de marcas e a concorrência online da Amazon afundaram a Bed Bath & Beyond em dívidas e a afastaram dos clientes.
A falência da BBBY serve como um alerta sobre a importância da adaptação às mudanças do mercado e os riscos de decisões estratégicas malsucedidas, mesmo para empresas consolidadas.
Mas, para saber mais informações sobre outras falências e casos como essa, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.