Fraude, lojas fechadas e fim nos supermercados: Marca rival da Bacio di Latte tem adeus confirmado após 15 anos

O adeus definitivo de marca rival da Bacio di Latte após 15 anos após fraude, lojas fechadas e encerramento nos supermercados
Após 15 anos de operação, uma das marcas rivais da Bacio di Latte encerrou suas atividades, deixando para trás um histórico marcado por promessas de expansão, denúncias de fraude e o fechamento de diversas lojas.
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O fim da marca nos supermercados confirmou o desfecho de uma trajetória turbulenta, que começou com ambições de conquistar o mercado premium de gelatos, mas terminou em colapso.
O TV Foco, a partir do seu time de especialistas das informações do UOL, detalha agora o fim da Diletto.
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Fim da marca Diletto
- A Diletto foi fundada em 2009 por Leandro Scabin, Fábio Meneghini e Fábio Pinheiro em São Paulo.
- A marca destacou-se por seus sorvetes artesanais de alta qualidade e sabores exclusivos.
- Entre os sabores oferecidos, destacam-se limão siciliano, macadâmia, pistache e coco da Malásia.
- As embalagens icônicas da Diletto exibiam um urso polar, simbolizando frescor.
- Os sorvetes conquistaram consumidores das classes A e B no mercado brasileiro.
- A Diletto posicionou-se como concorrente de marcas renomadas como Häagen-Dazs e Bacio di Latte.
- A marca tornou-se sinônimo de sofisticação e exclusividade no segmento de sorvetes.
- A estratégia de marketing da Diletto valorizou a experiência premium do consumidor.
A empresa promovia uma narrativa cativante sobre sua origem, afirmando que a receita dos sorvetes havia sido criada em 1922 por Vittorio Scabin, avô de Leandro, na região do Vêneto, Itália.
Segundo a história, Vittorio produzia sorvetes artesanais utilizando neve e frutas, tradição que teria sido retomada por seus netos no Brasil.
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A marca se consolidou tanto que os sorvetes e picolés concorriam com marcas como Häagen-Dazs e Bacio di Latte.
Marca perde sua força
Em 2014, uma consumidora paulista apresentou uma reclamação ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), alegando que a história era falsa e configurava publicidade enganosa.
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O Conar investigou e determinou que a Diletto esclarecesse que a narrativa do “nonno Vittorio” não correspondia à realidade. Essa revelação abalou a confiança dos consumidores e impactou negativamente a imagem da marca.
Crise financeira
Além da crise de credibilidade, a Diletto enfrentou desafios financeiros significativos. A empresa havia investido em uma fábrica de grande capacidade e adquirido milhares de freezers para expansão, financiados por empréstimos.
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Com a desvalorização do real frente ao euro, os custos de importação de matérias-primas europeias aumentaram substancialmente, agravando a situação financeira da empresa.
Tentativas
Em 2017, os sócios fundadores deixaram a empresa, que passou por tentativas de reestruturação. No entanto, a pandemia de 2020 resultou em uma queda acentuada nas vendas, dificultando ainda mais a recuperação.
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Atualmente, os supermercados de rede nacional raramente oferecem os produtos da Diletto, e a empresa não comunica ativamente com os clientes.
Além disso, a última postagem da Diletto nas redes sociais da marca foi em março de 2022.
Por fim, o caso Diletto destaca a importância da transparência e autenticidade nas estratégias de branding. Porém, a utilização de narrativas fictícias sem o devido esclarecimento pode configurar publicidade enganosa, comprometendo a confiança do consumidor e a reputação da marca.
Fim de uma era
Empresas precisam assegurar a veracidade de suas histórias de marca ou identificá-las claramente como ficção para evitar sanções e preservar a credibilidade.
Contudo, depois da reclamação realizada no CONAR sobre a história fictícia e a repercussão disso na mídia, a marca que estava presente em mais de 3.000 pontos de venda em 15 estados do país, incluindo também restaurantes e shoppings, além de quiosques próprios começou a sofrer danos à sua imagem, até quase sumir praticamente das prateleiras.
Qual é a maior marca de sorvete do Brasil?
A Froneri Brasil Distribuidora de Sorvetes e Congelados Ltda é considerada a maior marca de sorvetes do Brasil, liderando o mercado nacional.
De acordo com o Ranking Nielsen de 2021, divulgado pela Revista Super Varejo, a Froneri liderou o ranking na categoria sorvetes, consolidando-se como a maior fornecedora do país.

Além disso, a empresa produz, distribui e comercializa sorvetes de marcas como La Frutta Nestlé, Sorvetes Nestlé, Oreo, Nobrelli, Zooper, Fini Sorvetes, Mega Sorvetes Nestlé e Lacta Sorvetes.
CONCLUSÃO
Por fim, a trajetória da Diletto serve como um alerta para o mercado sobre os riscos de construir identidades de marca baseadas em informações não verificadas ou fictícias.
No entanto, a manutenção da confiança do consumidor depende diretamente da transparência e veracidade das informações divulgadas, sendo fundamental para a sustentabilidade e sucesso de qualquer empresa.
Veja também matéria especial sobre: Afundada em prejuízo e com falência decretada: O fim de marca gigante que já esteve na sua casa.
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Autor(a):
Wellington Silva
Wellington Silva é redator especializado em celebridades, reality shows e entretenimento digital. Com formação técnica em Redes de Computadores pela EEEP Marta Maria Giffoni de Sousa e atualmente cursando Análise e Desenvolvimento de Sistemas na FIAP, Wellington une sua afinidade com tecnologia à vocação pela escrita. Atuando há anos na cobertura de famosos, cantores, realities e futebol, tem passagem por portais dedicados ao universo musical e hoje integra o time de redatores do site TV Foco. Seu olhar atento à cultura pop e à vida das celebridades garante matérias dinâmicas, atualizadas e com forte apelo para o público conectado.Contato: @ueelitu