Um dos brasileiros de maior êxito em Hollywood, com direito a indicação recente ao Globo de Ouro, pela sua interpretação como o famoso traficante Pablo Escobar na série Narcos, Wagner Moura decidiu dar uma pausa na carreira de ator para se dedicar ao filme Marighella, que marcará sua estreia como diretor.

O longa será baseado na vida de Carlos Marighella, ex-deputado e guerrilheiro baiano, que foi assassinado pela ditadura militar em 1969. Por se tratar de um projeto que aborda a vida de uma figura política importante, e ao ser comandado por Moura, um dos nomes mais ativos politicamente no atual meio artístico, o longa vem causando polêmica antes mesmo da estreia. Apesar de relatos históricos apontarem que Marighella era contrário à política “de direita”, Moura espera receber críticas dos dois principais lados políticos ao lançar o filme. “Estou preparado para ser odiado pela direita e criticado pela esquerda”, declarou o diretor em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, no último mês.

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Apesar de toda controvérsia em torno do filme, a Globo decidiu exibir a produção, e em formato de minissérie, uma estratégia que já vem se tornando comum na emissora nos últimos anos. De acordo com o colunista Fernando Oliveira, a atração deve ir ao ar apenas no ano que vem, em quatro episódios, e quatro meses após estrear nos cinemas.

Herson Capri, Luiz Carlos Vasconcellos, Ana Paula Bouzas, Humberto Carrão e Bruno Gagliasso estão no elenco do longa, que será protagonizado por Seu Jorge. Com produção da O2 Filmes, Marighella é orçado em R$ 10 milhões.

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