MC Lan surpreende e revela lado completamente inesperado: “Se mostrasse quem sou, não venderia”

29/03/2018 11h32

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MC Lan (Foto: Reprodução)

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Dono de hits como Rabetão, Xanaína, Open the Tcheka, Sua Amiga eu vou Pegar e Grave Faz Bum, MC Lan revelou um lado que ninguém conhecia na última quarta (28).

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Isso porque ele deu uma entrevista surpreendente no Programa Pânico na Jovem Pan. “Minha referência para fazer funk é rap e rock. Eu estava ouvindo muito Bob Dylan, é até estranho eu falar isso. Eu estou ouvindo muito Nina Simone para fazer minhas músicas. Parece que eu estou falando isso só para parecer inteligente, que estudou um dia antes, mas não, eu realmente ouço esses cantores para fazer música”, declarou.

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“O Marvin Gaye também falava de sexo na maneira dele. Não sei porque as pessoas não valorizam o Woody Allen. Eu quero que pela primeira vez um cara que poderia ter virado um nerd, que veio da favela e conversa com um nerd e com um “boy” da mesma maneira. Por isso que eu tatuei nas minhas costas a palavra “maquiavélico”, eu li Maquiavel, li Sun Tzu”, comentou.

“Para fazer o pontinho do Open The Tcheka, para se ter uma ideia, eu fiquei três horas assistindo Donnie Darko seguidamente, para tentar achar alguma coisa, e foi de lá que eu tirei a melodia. Se eu for na favela e falar de Donnie Darko o pessoal vai falar: “quem?”. Se eu falar para o pessoal assistir ninguém vai assistir, mas se eu conseguir de uma forma que a favela tivesse uma referencia do Donnie Darko. A referência do Donnie Darko na favela é Open the Tcheka”, disparou.

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Ele foi questionado por Emílio Surita sobre quem o incentivou a ler. “Eu comecei a ler de verdade quando me deram um livro, eu estava morando na rua ainda, ele me deu um Senhor dos Anéis, ele disse: ‘Sempre que senti fome, ascende um cigarro e lê um livro que passa a fome’. Quando eu fui ver só tava lendo, hoje em dia eu não faço mais nada na minha vida, o que eu mais faço é ler e escutar disco de coisa antiga, tentar saber alguma coisa que aconteceu, pesquisar filmes perturbadores, querer assistir alguma coisa estranha”, falou.

“Infelizmente se eu pudesse mostrar quem eu sou de verdade eu não ia vender tanto. O que vende é minhas tristezas, que eu morei na rua, fui preso, quis fazer dessas tristezas minhas um marketing meu, virei “o Ladrão”. Mas se as pessoas soubessem como existem coisas melhores para serem valorizadas, se eles soubessem como é dá hora ouvir o álbum do Pink Floyd inteiro, mas infelizmente a gente estava vivendo uma geração que daqui a pouco as músicas vão ser só monossilábicas. Você vai ver, um dia vou fazer uma música com Caetano Veloso, um solo de rock, um dia vou fazer uma loucura dessa”, concluiu.

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Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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